Assim como os seres humanos, as cidades também evoluem, normalmente para melhor, mas às vezes e infelizmente para muito pior. Nas cidades é muito comum que paisagens que tão bem conhecemos na infância sofram mudanças significativas e irreversíveis, quando não desaparecem completamente para dar lugar a novos cenários. Um exemplo desta verdade irrefutável, bastante desalentadora para mim e para todos que viveram sua infância na Rua da Resina nos anos 70, foi a demolição do velho e imponente casarão que por muito tempo serviu de residência para a minha saudosa avó Madrinha Judith e meu tio Luizão. Virou pó para dar lugar a uma construção, atualmente inacabada. Restaram as lembranças de momentos maravilhosos ali vividos em companhia de gente muito querida.
Dia desses, chamou-me a atenção, na excelente página do Facebook criada pelo amigo Rogério Souza, denominada "Fatos e Fotos Antigas de Espinosa", algumas imagens postadas por Adriano Martins, internauta que se destaca por nos presentear com imagens belíssimas e históricas da nossa cidade. Algumas delas mostravam a fachada do antigo posto de gasolina Shell de Carlito Cruz na Praça Coronel Joaquim Tolentino, a Praça da Matriz. Na velha imagem, aparecia uma placa com o nome de Wilson da Cruz Tibo sobre a construção, o que me deixou intrigado. Só depois de ler alguns comentários é que descobri que, ao contrário do que eu imaginei a vida inteira, Carlito não foi o primeiro proprietário do posto, mas sim o senhor Wilson. Vivendo e aprendendo e descobrindo coisas novas a cada instante, assim é a vida. Pensando nisso, ao visitar Espinosa recentemente, ao passar por ali, resolvi registrar outra imagem, atual, do mesmo cenário, para comparar o que mudou nesses tempos todos. E como tudo mudou! Eu já não tenho 10 anos de idade, o posto não existe mais e o apreciado casal Carlito e Cici descansa na mais completa paz junto aos Céus. E aqueles picolés saborosos de groselha, leite e coco fabricados por Dona Cici ficaram apenas na saudade, uma pena.
Tudo muda o tempo todo no mundo! As cidades e as pessoas, infelizmente nem sempre para melhor.
Um grande abraço espinosense.
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