A impressionante história de sobrevivência de alguns jovens jogadores de rúgbi uruguaios da equipe Old Christians Club no meio da neve no ano de 1972, voltou ao centro das atenções com o recente lançamento do filme "A Sociedade da Neve", que recria o desastre aéreo com a queda do avião bimotor Fairchild FH-227D nas montanhas geladas da Cordilheira dos Andes, no Chile. Quem puder, não deixe de assistir ao filme, um trabalho espetacular do diretor Juan Antonio Bayona, que está disponível na Netflix e está concorrendo a várias premiações no mundo do cinema.
Um brasileiro, o editor de livros e cicloviajante Maurício Decker, resolveu prestar sua homenagem aos bravos e corajosos 16 sobreviventes da tragédia aérea uruguaia, indo de bicicleta até o local onde ainda se encontram destroços do avião e corpos dos falecidos. Ele saiu da residência de um dos heróis da história, Roberto Canessa, em Montevidéu, no Uruguai, pedalou cerca de 1.800 km e caminhou outros 60 km até chegar ao local exato onde caiu a aeronave. Depois de muita preparação e suor, com muitos obstáculos vencidos, o ciclista deixou no memorial criado no local a sua presença registrada com uma camisa azul com o número 29 às costas, relativo ao número de vítimas fatais, e a expressão Andes 1972.
Admiro a coragem, a força mental, a determinação e a resiliência desses aventureiros que, contra todas as adversidades, vão até o fim para realizarem os seus sonhos. Queria muito ter esta intrepidez e perseverança. Como infelizmente não as tenho, só me resta admirar e aplaudir de pé estas incríveis, abençoadas e iluminadas figuras humanas.
Um grande abraço espinosense.