A Internet é uma maravilha dos tempos modernos, uma rede mundial cibernética que nos permite estudar, divertir, empreender, lucrar, conseguir o sucesso e ainda se relacionar diretamente com pessoas do mundo inteiro. Isto é ótimo! Mas como tudo na vida, além do lado do bem, existe o lado perverso e negativo desta ferramenta genial inventada há tão pouco tempo e que alterou substancialmente a vida de todos nós.
Existe por aí, pelo menos na fachada, gente que é como um super-herói, forte, valente, resistente, obstinado, imune a críticas, ataques pessoais e vicissitudes da vida, sempre preparado para superar com tranquilidade e desprezo atitudes racistas, homofóbicas e preconceituosas. Mas se existem esses supostos super-heróis infalíveis, também existem pessoas dotadas de imensa sensibilidade e fragilidades emocionais que têm dificuldade de lidar com situações de estresse e ofensas, como o maldito Bullying ou Cyberbullying, por exemplo. A depressão, ao contrário do que pensam os super-heróis, não é frescura, fraqueza ou falta de fé em Deus. A depressão é um transtorno psicológico, uma doença mental que precisa de tratamento constante e do apoio incondicional da família e dos amigos à pessoa atingida por este mal tão agravado nos tempos modernos. Se houvesse mais empatia, os super-heróis talvez descobrissem um dia como é difícil e sofrido para uma pessoa comum sofrer ataques e perseguições contínuas, como virou rotina na Internet após a criação das redes sociais.
Há poucos dias, ocorreu uma tragédia, depois que um perfil de fofocas e alguns insensíveis internautas haters espalharam uma fake News contendo um print falso de um suposto diálogo amoroso no Instagram entre o famoso humorista e influencer Whindersson Nunes e uma estudante de Araguari, no Triângulo Mineiro. O artista, assim como a jovem mineira Jéssica Abadia Vitória Dias Canedo, de 22 anos, imediatamente reagiram e desmentiram a publicação, o que não impediu que os agressores continuassem com as postagens e os ataques a ambos na Web. O desfecho foi terrível. No dia 22 de dezembro, a menina, que não possuía a devida fortaleza emocional, não suportou a pressão e tomou a drástica e lamentável decisão de tirar a própria vida, deixando em prantos e desespero sua mãe e demais familiares e amigos.
O triste e trágico acontecimento nos mostra que já passou da hora de haver uma regulamentação séria e abrangente das redes sociais, que se transformaram em terra sem lei, com gente canalha, inescrupulosa e malévola se aproveitando da impunidade e da clandestinidade para destilar ódio, mentiras e violência. Se toda nossa vida é regulamentada, desde a família, o trânsito, o trabalho, o ensino, a saúde, o esporte, por que a Internet não pode ter regras e punições específicas para os que cometem crimes cibernéticos como invasão de computadores, disseminação de vírus, furto de dados, incitação ou apologia ao crime, pirataria digital, divulgação de fotos íntimas ou pornografia infantil, criação de perfil falso, calúnia, difamação, injúria e este maldito e mortal Cyberbullying?
Todos temos garantida na Constituição a Liberdade de Expressão, o que não significa que temos o direito de atingir reputações alheias com a disseminação irresponsável e odiosa de notícias falsas, de deturpação de fatos, de ataques à honra de outrem com a injúria, a difamação e o Cyberbullying, o que configura crime e é inaceitável que permaneça impune.
Espero que nenhuma pessoa mais perca sua vida de forma tão triste, vítimas dessas figuras abjetas que inundam as redes sociais com seus instintos de imenso ódio e descompromisso com a vida humana. Que a regulamentação seja implementada o quanto antes e que esses criminosos sem compaixão sejam exemplarmente punidos e banidos da Internet. Chega de tamanha odiosidade!
Que eu, você e todo mundo nos conscientizemos que não é aceitável nem admissível que tanta gente espalhe tamanho ódio e maldade nas redes sociais sem que sejam penalizadas resolutamente. Que tenhamos consciência de que pessoas estão morrendo por conta desses ataques violentos e desalmados, de forma gratuita, sem o menor escrúpulo. Vamos espalhar por aí Verdade, Amor e Paz, não mentira, violência e ódio, como bem nos ensinou Jesus Cristo. Chega de maldade!
Que a Jéssica descanse em paz e que sua mãe e família consigam superar tamanha dor com a fé em Deus!
Um grande abraço espinosense.
