Foi com imenso pesar que recebi há poucos minutos a confirmação do falecimento de Dona Hilda, carinhosamente chamada de Bila pelos familiares. Ela faleceu ontem aqui em Montes Claros e seu corpo está sendo velado nas dependências da Funerária Fagundes, com o sepultamento marcado para ocorrer no Cemitério Novo a partir das 14 horas.
A triste notícia vem pouco tempo depois que o seu esposo Adolar da Costa Ramos também nos deixou, abalando sobremaneira seus filhos e demais familiares. A sociedade espinosense lamenta profundamente mais essa perda significativa de uma cidadã exemplar.
Aos meus amigos Walter e Aírton, a Ângela e aos demais familiares, externo aqui os meus sentimentos de pesar pela enorme perda e peço a Deus que lhes confortem neste terrível momento de sofrimento e tristeza, concedendo-lhes muita fé, força, serenidade e resignação.
Que Deus a acolha no seu Reino e que ela descanse em paz ao lado de Seu Adolar.
Amo fotografia! É através dessa maravilhosa criação humana que registramos e visualizamos imagens espetaculares da Natureza, dos lugares e das pessoas queridas (ou não) durante nossa caminhada neste planeta enorme, esférico e extremamente lindo, mesmo que continuamente destruído e poluído a cada segundo por seres ignorantes, desatinados, egoístas e mercenários.
Hoje trago para vocês uma velha fotografia que redescobri em uma pesquisa realizada nesses dias de isolamento social por conta da pandemia do Coronavírus. Ela nos mostra uma reunião familiar em um lugar que me traz ótimas recordações: a comunidade do Urubu, na zona rural de Espinosa. Lá, em companhia dos eternos amigos-irmãos da Rua da Resina, protagonizamos aventuras as mais felizes e divertidas, com jogos de futebol, partidas de sinuca e muita farra e bagunça, sempre em clima de paz, companheirismo e alegria. Era lá no Urubu que o nosso time do Vitória, que na época era como o Íbis, com derrotas e mais derrotas na trajetória, se aproveitava do frágil time local para se reabilitar e se reencontrar com a vitória.
Mas deixemos minhas ótimas e saborosas lembranças de lado e vamos nos concentrar nos personagens da velha fotografia. Nela aparecem vários e ilustres integrantes da família Xavier dos meus queridos amigos-irmãos Sebastião Nunes Xavier e Dalton Nunes Xavier (que não aparece na foto), este último já descansando no Reino do Criador. Seu Normino e Paulo, que estão presentes na imagem, também já descansam ao lado do Pai. Na foto ainda consegui identificar Levi, Boy, Ninha, Ana Rita, Maria José, Quinha e outros que infelizmente não consegui recordar os nomes. A estes, peço desculpas.
Sinto saudades dessa turma toda, mas gostaria de registrar minha saudade especial de minha amiga Ana Rita, pessoa querida que há muito tempo não vejo. A todas essas ilustres figuras, onde estiverem, o meu carinho e consideração.
Um grande abraço espinosense.
Atualização: Com a especial colaboração de Maria José Nunes, diretamente de Belo Horizonte, vamos identificar os ilustres personagens da fotografia.
Da esquerda para a direita estão: Seu Joaquim, Levi, Boy, Ninha, Ana Rita, Maria José, Nô de Valdemar (sentados); Quinha, Paulo, Maria das Graças de Geraldo, Regina de Valdemar, Lúcia, Seu Normino, Tião, Guilherme, e lá trás, Jacinto de Joaquim e Izabel de Valdemar. Os agradecimentos a Maria José pela ajuda especial.
Se existiu uma coisa abominável neste mundo, certamente foi a escravidão. Como aceitar passivamente que seres humanos foram tratados como escravos em algum momento da nossa história? Essa mancha sangrenta, indecorosa e absurda jamais será apagada e deve ser combatida dia após dia em todo o mundo, com toda a firmeza e indignação.
Nas últimas semanas os Estados Unidos da América estiveram em completa ebulição, com milhares de pessoas nas ruas protestando veementemente contra o racismo, o preconceito e a violência policial, desde que cidadãos negros foram assassinados covardemente por policiais brancos, uma constante na terra da Ku Klux Klan. Ontem, manifestantes saíram mais uma vez às ruas das cidades norte-americanas para protestar no dia em que se comemora o fim da escravidão no país. Esta data, 19 de junho, é conhecida como "Juneteenth" ou "Dia da Liberdade", e celebra a libertação dos negros no Texas, em 1865, último estado americano a reconhecer o fim da escravidão.
Em meio a esse cenário de tristeza e revolta, o jovem garoto negro Keedron Bryant, de apenas 12 anos de idade, apresentou uma canção de sua autoria com uma letra simples, mas poderosa e significativa, explicitando seus temores de viver e crescer como um homem negro nos Estados Unidos. A canção é um apelo emocionante de um garoto negro reivindicando o básico, a chance de viver em paz e harmonia em seu próprio país, sem ser massacrado violentamente pelas forças de segurança. A música está atraindo a atenção e os elogios de milhões de pessoas pelo mundo, inclusive de figuras importantes da música e da política. Ele até já conquistou um contrato com uma gravadora, a Warner Records.
A canção do jovem Keedron Bryant se chama "I Just Wanna Live" ("Eu Só Quero Viver") e ecoa com estardalhaço no mundo como um pedido de socorro ao Criador em meio à tanta brutalidade, violência e insensatez. Que Deus ilumine a mente de toda a Humanidade para que consigamos exterminar definitivamente toda a forma de racismo do mundo!
Um grande abraço espinosense.
"I Just Wanna Live"
Keedron Bryant
I just wanna live
God protect me
I'm a young black man
Doing all that I can
To stand
Oh, but when I look around
And I see what's being done
To my kind
Every day
I'm being hunted as prey
My people don't want no trouble
We've had enough struggle
I just wanna live
God protect me
(Just stay right by my side)
I just wanna live
God protect me
(Just stay right by my side)
So many thoughts in my head
Will I live? Or will I end up dead?
It's an unequal sequel
No matter where I be
There's no place safe for me
Oh, oh, oh-oh
I'm not asking for too much
So Lord please, help
I just wanna live
God protect me
(Just stay right by my side)
I just wanna live
God protect me
(Just stay right by my side)
"Eu Só Quero Viver"
Keedron Bryant
Eu só quero viver
Deus me proteja
Eu sou um jovem negro
Fazendo tudo o que posso pra
ficar de pé
Oh, mas quando olho em volta
E vejo o que está sendo feito
À minha espécie
Todo dia
Eu estou sendo caçado como presa
Meu povo não quer problemas
Nós já tivemos luta suficiente
Eu só quero viver
Deus me proteja
(Apenas fique ao meu lado)
Eu só quero viver
Deus me proteja
(Apenas fique ao meu lado)
Tantos pensamentos em minha cabeça
Eu vou viver? Ou vou acabar morto?
É uma sequência desigual
Não importa onde eu esteja
Não há lugar seguro para mim
Oh, oh, oh-oh,
Eu não estou pedindo muito
Então, Senhor, por favor, ajude
Eu só quero viver
Deus me proteja
(Apenas fique ao meu lado)
Eu só quero viver
Deus me proteja
(Apenas fique ao meu lado)
