Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 88

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nas minhas reminiscências da infância em solo espinosense, nunca consegui visualizar em minha mente a famosa Beira da Lagoa, quando ainda o terreno onde está construída a Praça Antonino Neves era completamente tomado pela água. Somente através da excelente página "facebookiana" "Fatos e Fotos Antigas de Espinosa", criada pelo amigo Rogério Souza, é que consegui finalmente descobrir como era totalmente e de fato a grande lagoa que tomava conta do enorme espaço diante da linda casa de Moacir Brito, indo até as portas das casas de Tone Labareda e Valdemar Silva estendendo-se até o início da ladeira da então inexistente Praça Vereador José Osvaldo Tolentino. Não me recordo também da Igrejinha de Santa Terezinha, derrubada pela enchente de 1968, quando eu tinha apenas cinco anos de idade. Só me vem à memória a praça já aterrada e com infraestrutura pronta, já com a residência magnífica de Moacir Brito pronta e os prédios da Cotesp e do Cine Coronel Tolentino construídos.        













Mas ainda peguei um tempo bom em que a parte lateral e traseira do Cinema, paralela à Avenida João Araújo Lins até a subida para o "Grupo Escolar" Comendador Viana ainda estava intacta, ainda sem quaisquer construções, apenas com um aterro de rua ligando a Rua Raul Soares, Rua de Baixo como era chamada antigamente, ao futuro Bairro Santos Dumont, à época chamado de "Campo de Avião". Havia cruzando, outro aterro de rua ligando a casa de Paulo Cruz, hoje a Travessa Castelo Branco, à rua que leva ao Araponga, Rua Agostinho Tolentino Neto. Ali ainda restava um tanto da lagoa, inclusive com uma pequena ilha, onde costumávamos nadar e tomar banho sem medo de ser feliz ou ser atingido por alguma infecção virulenta. Mas nem só de banho e nado usufruíamos da lagoa. Logo atrás do prédio do Cinema havia um campo de futebol de bom tamanho onde jogávamos sempre, às vezes descalços, outras vezes de kichute, aquele velho, desconfortável e quente calçado de lona e borracha, criador de calos nos dedos e no calcanhar. O terreno era excelente para jogar bola, pois era macio e nivelado. No tempo seco, os redemoinhos constantes levantavam a poeira aos céus, para nossa alegria. No tempo chuvoso era ainda mais divertido, pois o piso da lagoa ficava extremamente escorregadio e aí fazíamos a maior festa, jogando descalço, enlameando-nos todos e levando os maiores tombos. Atualmente a Praça Antonino Neves e as ruas e avenidas localizadas no local exato da grande "Beira da Lagoa" estão completamente tomadas por construções residenciais e comerciais, sempre expostas a inundações como a "tsunâmica" enchente de 1968, que entrou para a nossa centenária história.
A famosa "Beira da Lagoa" cedeu espaço para a "Praça da Liberdade" florescer, local que se tornou um dos mais animados "points" da noite espinosense, onde se encontram vários barzinhos e lanchonetes, propícios para um reencontro com os amigos queridos, seja nas festas do Carnaval, do nosso próximo Centenário ou em um dia qualquer da semana. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

Centenário de Espinosa - Postagem 87

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

A nossa história está marcada pela religiosidade do nosso povo temente a Deus. Basta dar uma volta pela cidade e pela zona rural para perceber a enorme quantidade de templos religiosos das mais diversas crenças. Panorama nada diferente do Brasil, onde, conforme dados colhidos no Censo 2022 pelo IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existem mais templos religiosos do que a soma de instituições de ensino e unidades de saúde. Segundo o levantamento nacional, o Brasil tinha 579,8 mil estabelecimentos religiosos em 2022, mais que a soma dos 264,4 mil estabelecimentos de ensino e dos 247,5 mil de saúde. E isso é ruim? Claro que não! As religiões sempre serão um refúgio para que as pessoas consigam suportar as vicissitudes e angústias da vida. Quanto mais a Palavra de Deus for corretamente divulgada, melhor será o mundo e mais boa e justa será a vida de todos nós, seus filhos. O problema está nos vigaristas, trapaceiros, velhacos, inescrupulosos, ensandecidos, embusteiros e charlatães que se aproveitam sorrateiramente da boa fé dos incautos fiéis para surrupiar dinheiro e ganhar poder. 
Em Espinosa, felizmente, não temos conhecimento de gente desta laia, ainda. O que temos são exemplos de pastores e padres sérios, honestos e compenetrados na tarefa árdua de espalhar a Palavra de Deus e os ensinamentos de Paz, Amor e Justiça do Nosso Senhor Jesus Cristo. Pastor João Martins, Dom Lúcio Antunes de Souza, Padre Guilhermino, Padre Puche, Monsenhor Tolentino e Padre Martin Kirscht são exemplos claros e inequívocos de como devem ser os homens que se propõem a pregar de forma verdadeira a Santa Palavra, sem se deixar contaminar pela usura ao dinheiro e ao poder, permanecendo firmes na fé e na tarefa de apaziguar e influenciar certamente as almas pecadoras.
Entre tantos desses homens de convicção e boa vontade que pregaram em Espinosa e que daqui saíram pelo país na tarefa de evangelizar, um se destacou sobremaneira, o cidadão alemão Martin Kirscht. 







 



A comunidade espinosense sempre amou e reconheceu o trabalho e a importância do Padre Martin Kirscht. Ele sempre foi e será muito respeitado por todos por sua trajetória religiosa à frente da Igreja Católica local, deixando realizadas obras de significativo valor como a Igreja do Espírito Santo e a Rádio Educadora. Como reconhecimento à sua serena, produtiva e íntegra atuação em terras brasileiras, especialmente na nossa Espinosa, recebeu homenagem da Câmara de Vereadores e o seu nome está eternizado no Asilo e na Rua Padre Martin Kirscht, nada mais justo.
São várias as vertentes religiosas da cidade, com sacerdotes e guias espirituais sérios, justos e virtuosos, comprometidos verdadeiramente com a divulgação dos ensinamentos de Jesus Cristo. Como católico, infelizmente não conheço os pastores de outras religiões para relacioná-los aqui, mas registro alguns padres católicos que têm alguma relação com a nossa Espinosa, a quem agradecemos pela sagrada e árdua missão de evangelizar o povo de Deus: Almerindo, Paulo, Marcelo, Martin Kirscht, Iranildo, Eliezer, Laércio, Wellington, Rogério, Genivaldo, José Puche, Guilhermino, Monsenhor Tolentino etc.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.