Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

domingo, 6 de novembro de 2011

252 - Vexame memorável

Um domingo para se esquecer, mas que dificilmente sairá da memória dos torcedores cruzeirenses. A derrota por goleada, neste domingo, para o Flamengo por 5 x 1, só afunda mais o time na luta desesperada contra o rebaixamento para a segunda divisão, fato inédito na história do clube na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro.
Com uma atuação desastrosa, o Cruzeiro levou um baile da equipe rubro-negra, principalmente no segundo tempo da partida, quando foi totalmente anulado pelo Flamengo. Com a vitória do Ceará sobre o Avaí por 2 x 1, a equipe mineira entrou na zona do rebaixamento e deixa a torcida preocupadíssima com a expressiva caída de produção do time que foi sensação no início do ano, na disputa da Copa Libertadores, quando mostrou o melhor desempenho, até ser eliminado pelo time do Once Caldas por 2 x 0, na Arena do Jacaré em maio deste ano. 
A fase da equipe azul é tão complicada que até o Montillo, o craque do time, que não se machucava nunca, sentiu uma fisgada na coxa esquerda e pode desfalcar o time na fase mais importante. Se isso não bastasse, o zagueiro Victorino perdeu um pênalty, o atacante Anselmo Ramon foi expulso depois de uma falta inocente, e o goleiraço Fábio, que raramente erra, cometeu um erro crasso ao entregar uma bola de presente para o adversário Thiago Neves, que fez um golaço.
É, a fase é péssima e parece piorar a cada dia que passa. A única vantagem é que o Cruzeiro ainda vai jogar com times que estão na briga direta contra o rebaixamento, o que pode fazer a diferença, mas sempre lembrando que o último jogo do campeonato é o clássico contra o arquirrival Atlético.
Thiago Neves foi um dos destaques do jogo,
marcando três belos gols

Ronaldinho não estava em um dia inspirado,
mas Deivid fez dois gols e afundou o Cruzeiro

Ronaldinho Gaúcho, bem marcado, pouco produziu

251 - Os inesquecíveis Trapalhões

A turma mais nova talvez nunca tenha ouvido falar da trupe de comediantes d´Os Trapalhões, que por muito tempo foi um tremendo sucesso na televisão e no cinema brasileiros, a ponto de se tornar o programa de humor a permanecer por mais tempo no ar (30 anos) e conquistar sete das dez maiores bilheterias de todos os tempos da história da cinematografia do país. Lembro-me bem do cinema de Espinosa superlotado, com dezenas de crianças sentadas no chão, para assistir aos filmes de Didi e sua turma. Era uma febre nacional. Como eu já ri desses caras. Humor da melhor qualidade e sem apelação.
O grupo de humoristas teve, no seu período de maior sucesso nesses trinta anos, os integrantes Didi Mocó (Renato Aragão), Dedé Santana, Mussum e Zacarias, mas outros artistas também atuaram no programa, como Wanderley Cardoso, Ivon Curi e Ted Boy Marino, além de vários coadjuvantes, entre eles Jorge Lafond, Tião Macalé (do bordão Ih! Nojento!), Roberto Guilherme (Sargento Pincel), Emil Rached, Carlos Kurt e Felipe Levy.
Os humoristas e seus personagens:
DIDI MOCÓ - Interpretado por Renato Aragão, o personagem era um cearense esperto que sempre se saía bem das situações, ao contrário dos colegas e dos inimigos. Também utilizava um linguajar bem peculiar, cheio de palavras modificadas por ele e de expressões que ficaram famosas como: "Ei, psit" ou "Ô da poltrona". Era chamado pelos outros como "Cardeal",  "Cearense", "Cabecinha" ou "Cabeça-chata", referindo-se à sua condição de retirante nordestino.
DEDÉ - Interpretado por Manfried Sant´anna, era o personagem mais sério da turma e sempre funcionava como "escada" para as piadas de Didi. Sua masculinidade era sempre ironizada por Didi, que criava apelidos como "Divino".
MUSSUM - Interpretado pelo integrante do grupo musical "Originais do Samba", Antônio Carlos Bernardes Gomes, o personagem era um bem-humorado negro carioca, nascido no Morro da Mangueira e apreciador de uma boa cachacinha, a que ele denominava somente de "mé". Era conhecido também por incluir no final de algumas palavras as letras "i" e "s", resultando em bordões como "cacildis" e "forévis". Devido ao fato de ser negro, era sempre alvo de piadas e apelidos, como ser chamado ironicamente de "Maizena" por Didi, ou mesmo "Azulão", "Mumu da Mangueira" ou "Cromado", fato que hoje seria considerado politicamente incorreto.
ZACARIAS - Interpretado por Mauro Faccio Gonçalves, o personagem era um mineirinho baixinho, bastante desconfiado, de voz fina, meio afeminado, com personalidade de criança e que usava peruca.
O início do grupo se deu em 1966, na TV Excelsior, ainda com o nome de "Adoráveis Trapalhões" e com a primeira formação: Wanderley Cardoso, Ivon Curi, Ted Boy Marino e Didi Mocó. Passou depois a ser apresentado na TV Record, em 1972, com o nome de "Os Insociáveis". Em 1974, o grupo foi trabalhar na TV Tupi e assumiu ali o nome definitivo de "Os Trapalhões". Finalmente, o programa foi para a Rede Globo em 1977, já com a formação clássica com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, onde conseguiu um sucesso pleno e duradouro, permanecendo no ar até o ano de 1997. O programa "Os Trapalhões" estreou em 13 de março de 1977, em um domingo, antes do "Fantástico". O programa passou por muitas modificações na sua estrutura ao longo do tempo, sobretudo pelas constantes trocas na sua direção geral.  O programa passou por um período delicado quando os Trapalhões decidiram se separar. Dedé, Mussum e Zacarias romperam com a Renato Aragão Produções, empresa que cuidava dos negócios do grupo, formaram sua própria empresa e optaram por seguir sozinhos na carreira cinematográfica e deixar o programa. A separação durou cerca de seis meses, período em que Renato Aragão estrelou sozinho o programa. No final de 1983, por iniciativa própria, os humoristas decidiram voltar com o quarteto.
Durante a existência do programa, o grupo perdeu dois de seus integrantes. Zacarias faleceu no dia 18 de março de 1990, de insuficiência respiratória, antes mesmo de iniciar a temporada do programa daquele ano.
Em 29 de julho de 1994, quando Mussum morreu, em decorrência de problemas no coração, Renato Aragão revelou que achou que sua carreira havia chegado ao fim. Depois de prosseguir durante um tempo, o humorista decidiu parar de gravar o programa. Nesse ano, o programa deixou de gravar quadros para exibir apenas reprises, que continuaram até a reestreia do programa, em 1995. O humorístico seria extinto definitivamente em 1997.
Para suprir a lacuna deixada pelo fim d´"Os Trapalhões", a TV Globo criou o programa "A Turma do Didi", que é apresentado aos domingos, por volta do meio-dia, com o antigo personagem "Didi Mocó" sendo o protagonista. Ele estreou em 25 de outubro de 1998. Tempos depois, em 2008, o ex-companheiro Dedé Santana voltou a trabalhar junto com Renato Aragão.
O primeiro filme d'Os Trapalhões foi realizado em 1965 e contava apenas com a dupla Didi e Dedé. Com a formação clássica (que contava ainda com Mussum e Zacarias), foram realizados vinte e três filmes, entre 1978 e 1990. Mais de cento e vinte milhões de pessoas já assistiram aos filmes d'Os Trapalhões, sendo que sete filmes estão na lista dos dez mais vistos na história do cinema brasileiro.
São eles:
4.º lugar – O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão, de 1977, com 5,8 milhões de espectadores
5.º lugar – Os Saltimbancos Trapalhões, de 1981, com 5 milhões
6.º lugar – Os Trapalhões na Guerra dos Planetas, de 1978, com 5 milhões
7.º lugar – O Cinderelo Trapalhão, de 1979, com 4,7 milhões
8.º lugar – Os Trapalhões na Serra Pelada, de 1982, com 4,7 milhões
9.º lugar – O Casamento dos Trapalhões, de 1988, com 4,5 milhões
10.º lugar – Os Vagabundos Trapalhões, de 1982, com 4,4 milhões

Os Trapalhões possuem dois livros que retratam seu trabalho. O primeiro, lançado em 1996, tem o nome "Ô Psit, o Cinema Popular dos Trapalhões", da gaúcha Fatimarley Lunardelli. A obra, com tom acadêmico, desvenda as fórmulas usadas pelo quarteto para fazer sucesso também nas salas de cinema. O segundo livro, "Os Adoráveis Trapalhões", é de 2007, e foi escrito por Luís Joly, cuja obra conta o nascimento, o auge e a separação do grupo, desde a formação original até a última fase da carreira.
Foram lançadas também revistas em quadrinhos da turma dos trapalhões pelas Editoras Bloch (1976 a 1987) e Abril (1988 a 1993).
Entre 1974 e 1996 foram lançados 17 álbuns com músicas dos Trapalhões.
São trinta e oito os filmes lançados pelos Trapalhões, de 1966 a 1991:
  1. Na Onda do Iê-iê-iê (1966) 
  2. A Ilha dos Paqueras (1966) 
  3. Adorável Trapalhão (1967) 
  4. Dois na Lona (1968) 
  5. Bonga, o Vagabundo (1971) 
  6. Ali Babá e os Quarenta Ladrões (1972) 
  7. Aladim e a Lâmpada Maravilhosa (1973) 
  8. Robin Hood, o Trapalhão da Floresta (1973) 
  9. O Trapalhão na Ilha do Tesouro (1974) 
  10. Simbad, o Marujo Trapalhão (1975) 
  11. O Trapalhão no Planalto dos Macacos (1976) 
  12. O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (1977) 
  13. Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (1978) (Início formação clássica)
  14. O Cinderelo Trapalhão (1979) 
  15. O Rei e os Trapalhões (1979) 
  16. Os Três Mosqueteiros Trapalhões (1980) 
  17. O Incrível Monstro Trapalhão (1980) 
  18. O Mundo Mágico dos Trapalhões (1981) 
  19. Os Saltimbancos Trapalhões (1981) 
  20. Os Vagabundos Trapalhões (1982) 
  21. Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) 
  22. O Cangaceiro Trapalhão (1983) 
  23. Atrapalhando a Suate (1983) 
  24. O Trapalhão na Arca de Noé (1983) 
  25. Os Trapalhões e o Mágico de Oróz  (1984) 
  26. A Filha dos Trapalhões (1984)
  27. Os Trapalhões no Reino da Fantasia (1985)
  28. Os Trapalhões no Rabo do Cometa (1986)
  29. Os Trapalhões e o Rei do Futebol (1986)
  30. Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987) 
  31. Os Fanstasmas Trapalhões (1987) 
  32. Os Heróis Trapalhões - Uma Aventura na Selva (1988) 
  33. O Casamento dos Trapalhões  (1988) 
  34. A Princesa Xuxa e Os Trapalhões (1989) 
  35. Os Trapalhões na Terra dos Monstros (1989) 
  36. Uma Escola Atrapalhada (1990) (Final formação clássica)
  37. O Mistério de Robin Hood (1990) 
  38. Os Trapalhões e a Árvore da Juventude (1991)
Fonte: wikipedia.org

Pra relembrar, aqui estão alguns vídeos da turma:





250 - As maravilhas da feira de Espinosa

Nada como um vagaroso passeio pelos corredores do Mercado Municipal de Espinosa em dia de feira, no sábado, para sentir cheiros, descortinar cores, experimentar sabores e reencontrar pessoas de quem gostamos muito. É uma experiência sem precedentes, que por mais que se repita, sempre é completamente nova a cada acontecimento. A cada visita uma nova visão das coisas se apresenta, assim como a mudança das estações na natureza. Para uma viagem a este sentimento indescritível, que tal uma seleção de imagens das delícias oferecidas nas barraquinhas da feira? Divirtam-se!
Uma visão da parte externa do mercado em dia de chuva

Aqui se encontra de tudo para alimentar o corpo e a alma

O feijão, o açúcar e a farinha vendidos ainda no saco à moda antiga

Mandioca, manga, maxixe e banana e mamão lá no fundo

Farinha de mandioca de ótima qualidade

Biscoitos caseiros, bolo e a chamada "peta" deliciosa

Queijos bola e de trança, sabor excepcional

O saboroso requeijão da nossa região

Verduras como alface, sem agrotóxicos, na bacia

Aqui tem de tudo um pouco: abóbora, pimentão, batata, tomate...

Repolho, abóbora, batata-doce, pepino, chuchu, pimentão...

Tem mais: cenoura, batata, alho e tomate

Melancias e laranjas de sabor especial

Não poderia faltar o tradicional beiju

As réstias de alho e cebola

Bastante apreciado na nossa região, o maxixe

Aqui se acha de tudo, ao gosto da freguesia

Que tal um peixinho para fritar em casa?

Se você gosta de carne de porco, que tal uma dobradinha?

Vai carne de sol ou uma linguicinha?

E um espetinho de gato? Ops, de boi?

Quer levar uma lembrança da cidade? Que tal um carro de boi?

Para esfregar o corpo no banho, que tal uma bucha natural?

Faz mal, mais que tal um cigarrinho de fumo de rolo?