Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

2113 - O dia em o Atlético se tornou a Seleção Brasileira

Em seus 110 anos de história, o Clube Atlético Mineiro, carinhosamente Galo para os seus milhões de apaixonados torcedores, foi protagonista de inúmeras batalhas, conquistas, fracassos e fatos por demais interessantes. Foi um dos poucos times do mundo a conseguir bater a incrível e poderosa equipe brasileira Campeã do Mundo em 1970, vencendo o esquadrão de Pelé, Gérson, Tostão e cia. O jogo amistoso aconteceu em 3 de setembro de 1969 no Mineirão, para festejar a classificação da Seleção para a Copa do Mundo de 1970 no México e celebrar o 147º aniversário da Independência do Brasil. O Atlético venceu a partida por 2 x 1, com gols de Amauri e Dadá Maravilha para o Galo e o Rei Pelé descontando para a Seleção Canarinho. Apitou Amilcar Ferreira o jogo em que houve um público de 71.533 espectadores no Mineirão. O Atlético comandado por Yustrich, jogou com Mussula, Humberto Monteiro, Grapete, Normandes (Vantuir) e Cincunegui (Zé Horta); Oldair e Amauri; Vaguinho, Laci, Tião (Caldeira) e Dadá Maravilha. A Seleção Brasileira do técnico João Saldanha atuou com Félix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Joel e Rildo (Everaldo); Wilson Piazza, Gérson (Rivelino) e Pelé; Jairzinho, Tostão (Zé Maria) e Edu (Paulo César). A partir desse resultado, a Seleção Brasileira nunca mais iria enfrentar um time brasileiro em amistosos.

O autor do gol da vitória: Ronaldo Drummond (Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Bem, esse aí foi um grande feito na gloriosa história do Atlético envolvendo a Seleção Brasileira, mas houveram outros. Um deles, também de imensa importância, está completando exatos 50 anos hoje. No dia 19 de dezembro de 1968, com a presença de 37.592 pagantes no Estádio Mineirão, o Clube Atlético Mineiro representou o país vestindo a camisa amarela da Seleção Brasileira diante da  Iugoslávia, então vice-campeã europeia. Dois dias antes, no dia 17 de dezembro, houve um outro jogo amistoso entre a Iugoslávia e o Brasil, desta vez no Maracanã. O jogo terminou empatado em 3 x 3, com gols de Carlos Alberto Torres, Pelé e Babá, para o Brasil; e Spasovski, Dzajic e Bukal para a Iugoslávia. No Mineirão, sob a arbitragem de Ramón Barreto, o Atlético começou perdendo por 2 x 0, isso com menos de 10 minutos de partida. Josip Bukal marcou aos 5 minutos e Nenad Bjekovic marcou aos 8 minutos do primeiro tempo. Empurrado pela torcida, o Atlético chegou ao empate ainda na primeira etapa, com gols de Vaguinho, aos 32 minutos,  e Amauri Horta, aos 45 minutos de jogo. O gol da vitória viria no segundo tempo através do ponta-direita Ronaldo Drummond aos 9 minutos. Após uma bela troca de passes entre Vaguinho, Lola e Amauri, a bola sobrou para Ronaldo bater forte e estufar as redes do goleiro iugoslavo Ivan Curkovic, decretando a vitória atleticana pelo placar de 3 x 2. Um dos maiores destaque desta partida foi o excelente jogador de meio-campo Amauri Horta, que participou dos três gols atleticanos, marcando o segundo, de cabeça. Depois desse triunfo glorioso, jamais outro clube teve a honra de vestir o uniforme da Seleção Brasileira de Futebol.  


Resumo da partida
Seleção Brasileira (Atlético) 3 x 2 Iugoslávia
Motivo: Amistoso internacional
Data: 19 de dezembro de 1968
Local: Mineirão, 21h30
Público: 37.592
Renda: NCr$ 116.870
Árbitro: Ramón Barreto 
Auxiliares: Armando Marques (BRA) e Miguel Angel Comesaña (ARG)
Gols: Josip Bukal (5 min) e Nenad Bjekovic (8 min) para a Iugoslávia (1º tempo); Vaguinho (32 min) e Amauri Horta (45 min) (1º tempo) e Ronaldo Drummond (9 min - 2º tempo) para a Seleção Brasileira (Atlético)
Seleção Brasileira (Atlético): Mussula, Vander, Grapete, Normandes (Djalma Dias) e Décio Teixeira; Vanderlei Paiva e Amauri; Lola, Vaguinho, Tião (Caldeira) e Ronaldo Drummond.
Treinador: Yustrich.
Iugoslávia: Ivan Curkovic, Andjelko Tesan, Rajko Aleksiv, Miroslav Pavlovic (Dragan Holcer) e Dujkovic; Paunovic e Nenad Bjekovic (Ilija Katic); Spasovski, Vahidin Musemic (Rudolf Belin), Nujkic (Acimovic)  e Josip Bukal.
Treinador: Rajko Mitić. 

Relembrar grandes feitos sempre é saudável, assim como lutar para que outras grandes vitórias se concretizem no futuro. Espero que o Atlético consiga superar seus graves problemas financeiros, realizar o sonho do estádio próprio e formar uma grande e competitiva equipe para alcançar grandes conquistas pelo mundo e enriquecer ainda mais sua brilhante trajetória. Que assim seja!
Um grande abraço espinosense.