Quando observamos velhas fotografias encontradas no fundo do baú, uma característica marcante nos salta aos olhos: a elegância das pessoas, mesmo daquelas menos favorecidas economicamente, no tocante às roupas. As mulheres, sempre com seus longos vestidos bem costurados, feitos à mão pelas costureiras de então. Os homens, sempre elegantes e bem vestidos com os seus ternos bem cortados por ases da tesoura, os já quase inexistentes alfaiates. Com a chegada das fábricas de confecções que vendem a roupa pronta, já confeccionada, os alfaiates e costureiras tiveram o seu campo de trabalho bastante reduzido. Quem hoje em dia manda fazer roupa sob medida? Algumas mulheres ainda usam essa possibilidade, mas quanto aos homens, isso se torna cada vez mais raro.
Tenho o orgulho de ter na família dois especialistas na confecção de roupas. A minha saudosa mãe, Dona Zu, criou a todos nós, seus três filhos, com a labuta diária na função de costurar para as mulheres de Espinosa. Já o meu Tio Luizão, por muito tempo, trabalhou como alfaiate ali na esquina da nossa famosa Rua da Resina com a Rua Arthur Bernardes.
Nas fotografias abaixo, pode-se notar o requinte das roupas dos músicos, com os seus ternos e as suas gravatas bem alinhadas e a elegância do militar, bem como os hoje desaparecidos suspensórios na roupa do garotinho, que mesmo de pés descalços esbanja sua elegância. Coisas de Espinosa.
A propósito, alguém poderia identificar esses distintos personagens?
Um grande abraço espinosense.