Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 3 de fevereiro de 2024

3388 - "Quem Hoje Me Vê Ganhando", um Samba bamba

O inquieto, criativo e prolífero José Ribamar Coelho Santos, o Zeca Baleiro, acabou de lançar no YouTube um vídeo mostrando mais uma das suas incontáveis belas canções. A música "Quem Hoje Me Vê Ganhando" é uma das 11 que integram "O Samba Não É de Ninguém", álbum de sambas autorais lançado no ano passado pelo artista maranhense.

1) "Santa Luzia" (Zeca Baleiro) - 4:09
2) "Quem Hoje Me Vê Ganhando" (Zeca Baleiro) - 4:42
3) "Casa no Céu" (Zeca Baleiro e Eliakin Rufino) - 2:35
4) "O Samba Não É de Ninguém" (Zeca Baleiro) - 3:53
5) "Amorosa"(Zeca Baleiro) - 3:35
6) "Pedra Fria" (Zeca Baleiro) - 3:24
7) "Flores da Razão" (Zeca Baleiro) - 4:42
8) "A Voz do Morro Não Morreu" (Zeca Baleiro) - 3:35
9) "Eu Pensei Que Você Fosse a Lua" (Zeca Baleiro e Salgado Maranhão) - 4:06
10) "Triste Lupicínio" (Zeca Baleiro) - 4:02
11) "Duas Ilhas" (Swami Jr. e Zeca Baleiro) - 4:37

Cantor, compositor e produtor musical, Zeca é, seguramente, um dos maiores expoentes da atual Música Popular Brasileira, surfando sempre no topo dos vários ritmos que se propõe a compor e cantar, do Pop ao Samba, do Rock ao Carimbó, do Brega ao Chique, sempre demonstrando a sua incrível capacidade criativa. Neste disco, ele se apresenta como um talentoso compositor de Samba, com oito criações solitárias e mais três em parcerias com Eliakin Rufino, Salgado Maranhão e Swami Jr., acompanhado por um time de bambas nos instrumentos.
Música boa existe e em boa quantidade, sim! Se escutar por aí alguém dizer que não há mais boa música no ar, rebata a informação imediatamente: é fake News! Zeca Baleiro prova o contrário. 
Um grande abraço espinosense.




QUEM HOJE ME VÊ GANHANDO
Zeca Baleiro

Quem hoje me vê ganhando
Não sabe o que eu já perdi
Eu levo a vida tocando
Cantando o que já vivi
Prazeres, pesar, amores
Lágrimas rimar sei bem
As dores que têm no mundo
O mundo que nas dores tem

Ah, coração
Caixa de miudezas
Na imensidão
Remando o barco das incertezas
Decerto que o sol virá 
E a lua vem o breu iluminar
Eu sei porque 
A madrugada é minha irmã
E a solidão do amor
Só vai ter fim
Quando chegar outra manhã

Centenário de Espinosa - Postagem 52

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Com o progresso e o desenvolvimento do município de Espinosa ao longo do tempo, com uma acentuada melhoria de vida do povo, aumentou e muito a quantidade de automóveis e motocicletas em poder da população, o que aumenta naturalmente o risco de acidentes nas ruas e avenidas da cidade. Mas antigamente, mesmo com poucos veículos nas ruas, ocorriam alguns acidentes de trânsito. Um desses foi documentado em fotografias e envolveu um Jeep e um Opala, dois exemplares icônicos dos anos de outrora. As imagens da colisão indicam que parece não ter havido vítimas, mas apenas danos materiais, graças a Deus.
Conforme dados do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do ano de 2022, Espinosa contava com 17.823 veículos, sendo 4.806 automóveis, 1.423 caminhonetes, 368 caminhões, 180 ônibus e micro-ônibus, 1.001 motonetas e 9.632 motocicletas.  






Estes exemplares dos velhos tempos praticamente desapareceram das nossas ruas, com a natural e necessária evolução, com a fabricação de carros modernos, menos poluentes e mais seguros. Estamos vivendo agora no mundo uma nova revolução no campo automobilístico, com a produção dos silenciosos, tecnológicos, econômicos e ecológicos carros elétricos. Em breve, estes novos modelos estarão aposentando os atuais veículos, como ocorreu há algum tempo com os velhos Jeep e Opala e afins. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 51

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Sei não, mas acredito que muita gente da nossa centenária Espinosa desconhece que, em uma das muitas praças que existem na nossa cidade, existe uma homenagem à Bíblia. A conhecida "Praça de Paulo Cruz", ou "Praça do Alto do Grupo", ou ainda seu nome correto, Praça José Osvaldo Tolentino, tem em sua parte central um pequeno monumento ao Livro Sagrado. Sobre uma base de tijolos e concreto, paira aberto um simulacro de um livro com as inscrições bíblicas "O Senhor é meu pastor, nada me faltará" (Salmo 23) e "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14:6).
O homenageado com o nome da praça é o jovem José Osvaldo Tolentino, professor e vereador que foi assassinado por um aluno seu de nome Juarez em plena sala de aula, fato trágico, covarde e violento que comoveu a cidade no final dos anos 60. Infelizmente, foi mais um dos casos de violência extrema ocorridos em nosso município.
José Osvaldo nasceu em Espinosa aos 14 de dezembro de 1941, filho do casal Durvalino Silveira Tolentino e Noemi Caldeira Tolentino. Em 1966 formou-se Contabilista na Escola Técnica de Comércio Minas Gerais em Belo Horizonte. Retornando a Espinosa, foi eleito vereador e atuou como professor de Português e Inglês no então Colégio Estadual Dom Lúcio Antunes de Souza, hoje Joaquim de Freitas. Foi durante uma aula de Português no dia 23 de setembro de 1969 que o jovem e inteligente professor de 27 anos foi atacado por um aluno, recebendo tiros de revólver que lhe tiraram a vida tragicamente.    







O assassinato do professor José Osvaldo chocou a sociedade espinosense. Como um jovem aluno pôde matar friamente um professor em plena sala de aula? Hoje se discute muito o limite da liberdade dos estudantes nas escolas. Antigamente, os abusos eram cometidos por alguns professores, com punições pesadas aos alunos rebeldes, como o de ajoelhar em grãos de milho, pancadas com réguas de madeira, puxões de orelhas e o uso da temida palmatória. Com a evolução necessária, essas práticas violentas foram abolidas das escolas e os estudantes ganharam mais liberdade e espaço de reivindicação e opinião. Infelizmente essas prerrogativas resultaram em excesso e abusos cometidos por alunos insubmissos, radicais e desequilibrados, que passaram até a agredir professores e auxiliares da educação. Nem 8 nem 80! O que deve sempre prevalecer é o equilíbrio de liberdade e controle entre mestres e alunos, com as discordâncias sendo resolvidas com sensatez, respeito e diálogo, para que a aquisição de conhecimentos, razão maior da existência da escola, se dê de forma pacífica, harmoniosa e bem-sucedida, nunca com intolerância, ódio e violência.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.