Infelizmente a Seleção Brasileira não estava em campo no Estádio Nacional em Santiago para decidir a Copa América 2015, buscando trazer mais uma taça para o nosso país, muito em função da pobre safra de jogadores da atualidade, sem a existência de grandes craques, como jamais aconteceu na história do rico futebol brasileiro. Temos apenas Neymar que possa honrar o título de verdadeiro craque da bola nos tempos atuais, o que é uma lástima.
Mas Argentina e Chile não tem nada com isso e fizeram da decisão da Copa América um grande espetáculo esportivo, nem tanto pela qualidade do futebol apresentado, que deixou a desejar, mas principalmente pela animação da torcida chilena que coloriu o Estádio Nacional com suas camisas vermelhas. Em uma partida muito amarrada, sem grandes chances de gol criadas pelas duas equipes, o Chile teve mais o comando do jogo, não dando espaço para que Lionel Messi fizesse as suas jogadas. O confronto entre os dois finalistas aconteceu com baixo nível técnico, com poucos espaços para a criação de jogadas ofensivas, o que resultou em muita marcação e poucos lances de emoção e o resultado em 0 x 0 nos 90 minutos. E veio a prorrogação.
Nada mudou no tempo extra. A partida continuou com marcação cerrada, poucas oportunidades criadas de lado a lado, muitas faltas e sem ninguém se expondo demais para evitar quaisquer erros que pudessem resultar em gol do adversário. E a grande decisão foi para os pênaltis.
Fernández fez o primeiro para o Chile. Messi fez para a Argentina. Vidal converteu o segundo para o Chile. Romero quase defendeu. Higuaín chutou por cima do travessão, nas alturas, e perdeu. Aránguiz bateu forte, no canto esquerdo de Romero, e fez o seu. Banega bateu fraco e Bravo defendeu. Foi a vez de Alexis Sánchez bater com extrema categoria e decretar a primeira conquista da Copa América pelo Chile, para delírio dos mais de 45 mil espectadores no estádio. O título já tinha dono e era a hora tão aguardada por anos e anos para a festa chilena começar, merecidamente.
Chile: Claudio Bravo, Isla, Medel, Silva e Beausejour; Díaz, Vidal, Aránguiz e Valdívia (Matías Fernández); Vargas (Henríquez)e Alexis Sánchez.
Técnico: Jorge Sampaoli.
Argentina: Romero, Zabaleta, Demichelis, Otamendi e Rojo; Mascherano, Biglia, Pastore (Banega) e Messi; Agüero (Higuaín) e Di Maria (Lavezzi).
Técnico: Gerardo "Tata" Martino.
Cartões amarelos: Medel, Silva, Aránguíz e Díaz (Chile) e Rojo, Banega e Mascherano (Argentina)
A campanha do Chile:
2 x 0 Equador
3 x 3 México
5 x 0 Bolívia
1 x 0 Uruguai (Quartas de final)
2 x 1 Peru (Semifinal)
A campanha da Argentina:
2 x 2 Paraguai
1 x 0 Uruguai
1 x 0 Jamaica
0 x 0 Colômbia (Pênaltis 5 x 4 - Quartas de final)
6 x 1 Paraguai (Semifinal)
Os artilheiros da Copa América 2015 foram Vargas (Chile) e Guerrero (Peru) com 5 gols.
Antes, na disputa do terceiro lugar, o Peru do técnico Ricardo Gareca bateu o Paraguai do técnico Ramón Díaz por 2 x 0, gols de Carrillo e Guerrero, e ficou com a terceira posição do torneio continental.
Um grande abraço espinosense.