Debaixo do sol causticante da manhã do feriado da quinta-feira que comemorou a Independência do Brasil, os jovens estudantes espinosenses marcharam pelas ruas, praças e avenidas da cidade de Espinosa, passando em frente ao palanque onde estavam as maiores autoridades da administração pública, entre elas o prefeito municipal Mílton Barbosa Lima.
Com participação maciça de alunos e professores das várias escolas da cidade, o desfile, belo e deveras criativo, abrilhantou a festa cívica e tentou demonstrar o amor e o respeito do corpo discente pelo país, mesmo em tristes tempos de processos obscenos na política em que milhões são desviados dos cofres públicos em proveito de poucos privilegiados canalhas.
É sempre gratificante assistir ao espetáculo da homenagem ao país feita pelos estudantes e professores, mas como não sou hipócrita, confesso nunca ter gostado de participar desse verdadeiro suplício. São horas e horas de espera e marcha sob um sol escaldante e, em outras eras, com discursos quilométricos de algumas autoridades. Lembro-me bem que quando o grande orador, já falecido, Senhor Geraldo Anacleto se apossava do microfone para fazer o seu discurso, a gente já desanimava por completo por saber que aquilo seria bastante demorado. Honestamente, não tenho a mínima saudade desse tormento. Mas atualmente, pelo menos para mim, é satisfatório perceber a dedicação e a criatividade dos mestres na organização do desfile e também uma ótima chance de reencontrar pessoas que há muito tempo não via, como meu amigo Bá. Gratificante isso, mesmo. Fica aqui registrado os meus parabéns a todos os envolvidos nesta festa da cidadania.
O Hino da Independência é uma canção patriótica oficial que foi criada para comemorar a declaração da independência do Brasil. A música foi composta em 1822 por Dom Pedro I e a letra é do poeta Evaristo da Veiga. Coincidentemente o ano da sua criação, 1822, é o mesmo do número desta postagem.
Um grande abraço espinosense.
Hino da Independência
1
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a Mãe gentil!
Já raiou a Liberdade
No horizonte do Brasil,
Já raiou a Liberdade
Já raiou a Liberdade
No horizonte do Brasil!
Refrão
Brava gente brasileira
Longe vá, temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
2
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
(Refrão)
3
O real herdeiro Augusto
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos tiranos
Em despeito dos tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
(Refrão)
4
Ressoavam sombras tristes
Da cruel Guerra Civil,
Mas fugiram apressadas
Vendo o anjo do Brasil.
Mas fugiram apressadas
Mas fugiram apressadas
Vendo o anjo do Brasil.
(Refrão)
5
Mal soou na serra ao longe
Nosso grito varonil;
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros logo
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
(Refrão)
6
Filhos clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil,
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
(Refrão)
7
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
(Refrão)
8
Mostra Pedro a vossa fronte
Alma intrépida e viril:
Tende nele o digno chefe
Deste Império do Brasil.
Tende nele o digno chefe
Tende nele o digno chefe
Deste Império do Brasil.
(Refrão)
9
Parabéns, oh brasileiros,
Já com garbo varonil
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
(Refrão)
10
Parabéns; já somos livres;
Já brilhante, e senhoril
Vai juntar-se em nossos lares
A assembleia do Brasil.
Vai juntar-se em nossos lares
Vai juntar-se em nossos lares
A assembléia do Brasil.
(Refrão)