Uma notícia arrasadora veio de Espinosa na última segunda-feira (ontem) à noite, deixando-me totalmente incrédulo. Relutei bastante até tomar a decisão de postar aqui essa triste notícia, pois o nosso blog foi criado para apresentar fatos e matérias de alegria, bom humor e otimismo e não para mostrar acontecimentos terríveis como esse. Mas é preciso divulgar a informação e noticiar a verdade, mesmo que isso nos doa o coração.
O mecânico Geraldo Eustáquio Sá de Carvalho, bastante conhecido na cidade pelo seu apelido de "Geu", foi o protagonista de uma tragédia de grandes proporções nesta noite de segunda-feira em Espinosa, ao assassinar com uma facada o seu filho Kauan Emanoel, de apenas dois anos, e logo após cometer suicídio por enforcamento na garagem da sua residência. A suposta causa de tamanha loucura seria a separação dele e da mãe da criança, com quem vivia.
Conheço Geu há muito tempo, sempre com a imagem de um sujeito muito trabalhador, tranquilo, respeitado, de muitas amizades, dedicado desportista que sempre trabalhou como árbitro de futebol e de futsal, se destacando no cenário esportivo da cidade. Disputei inúmeros jogos em que ele foi o árbitro, sempre com atuação séria e competente. Não tinha com ele, contudo, relação mais estreita. Mas fiquei totalmente estarrecido e sem querer acreditar no que eu estava lendo no site do Ronda News de Espinosa, hoje de manhã. Como pôde acontecer uma coisa dessa, meu Deus? Como um cara de boa índole como Geu pôde perder a razão e conseguiu perpetrar essa tragédia? Em sã consciência, é inadmissível essa sua atitude desequilibrada emocionalmente. Mas quem pode julgar alguém se não podemos saber com certeza o que se passa em sua mente? Informações vindas de Espinosa revelam que ele passava por uma situação de depressão, o que pode ter desencadeado tamanha insensatez.
A propósito, merece estudos urgentes a enorme quantidade de auto-extermínios acontecidos desde muito tempo em Espinosa, por várias razões tais como dificuldades financeiras, desilusões amorosas ou efeitos depressivos.