Com grande parte do mundo isolada em casa na tentativa de fugir da contaminação planetária da assustadora pandemia do Coronavírus, eis que uma excelente e reconfortante notícia nos chega no paralisado cenário musical. A banda britânica Pearl Jam acaba de lançar seu 11º álbum, "Gigaton", o primeiro gravado em estúdio desde "Lightning Bolt", de 2013. O disco foi produzido por Josh Evans e traz 12 canções:
1. Who Ever Said (5:11)
2. Superblood Wolfmoon (3:49)
3. Dance of the Clairvoyants (4:25)
4. Quick Escape (4:46)
5. Alright (3:43)
6. Seven O'Clock (6:14)
7. Never Destination (4:17)
8. Take The Long Way (3:41)
9. Buckle Up (3:36)
10. Comes Then Goes (6:02)
11. Retrograde (5:22)
12. River Cross (5:54)
Na capa, uma imagem desalentadora, retrato de um mundo sem noção da destruição causada pelos seus próprios habitantes. A imagem foi clicada em Svalbard, na Noruega, pelo fotógrafo, cineasta e biólogo marinho canadense Paul Nicklen e mostra uma enorme geleira derretendo por conta do aquecimento global, processo ainda rechaçado por alguns incrédulos.
Eddie Vedder, Mike McCready, Stone Gossard, Jeff Ament e Matt Cameron oferecem aos milhões de fãs no seu mais recente trabalho, canções roqueiras com suas batidas expressivas, músicas serenas com suas suaves harmonias e letras afiadas e diretas, com as cutucadas de sempre nos poderosos e as preocupações ambientais, temas sempre atuais.
Como sempre não escondi, reafirmo que não tenho conhecimento suficiente de música ou capacidade para fazer críticas elaboradas sobre o trabalho de nenhum artista, sobretudo do Pearl Jam, ainda mais sendo um apaixonado fã da banda e especialmente do Eddie Vedder. Então qualquer álbum dos caras será sempre bem vindo e apreciado. É assim um tanto radical, como "não ouvi mas já gostei". E o interessante é que às vezes gosto de algumas músicas de cara, logo ao escutar pela primeira vez. Em outras situações, passo a gostar com o tempo, depois de escutá-las várias vezes. E não só em relação ao Pearl Jam, mas de todos os artistas que aprecio.
A tristeza veio quando fui pesquisar na Internet o valor do disco em CD e vinil. Assustei-me com os valores. O CD está com o preço de R$ 164,00 e o vinil com R$ 277,00. Completamente inacessíveis! A melhor maneira de adquirir o álbum é pela loja do Google, play.google.com pelo valor de R$ 21,99.
Neste deserto atual de lançamentos na indústria da música, é uma dádiva poder receber música inédita e de boa qualidade em casa, do bom e eterno Rock and Roll, para aliviar o estresse e a monotonia de ficar preso em casa no isolamento social provocado pela pandemia do Coronavírus. Que tudo termine da melhor maneira possível para todos os habitantes deste nosso lindo planeta!
Um grande abraço espinosense.