Com muito tempo de atraso, só agora assisti ao drama do cinema brasileiro, "Paraísos Artificiais", cujas temáticas são a venda e o uso de drogas sintéticas por jovens e adultos, principalmente em festas "raves", e os relacionamentos familiares e amorosos de jovens desestruturados. Com filmagens realizadas na Praia do Paiva, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e em Amsterdam, na Holanda, o filme de Marcos Prado foi produzido por ele e por José Padilha, com roteiro também de sua autoria ao lado de Cristiano Gualda e Pablo Padilha e belíssima fotografia de Lula Carvalho.
O filme conta, sem concessões ou disfarces, o universo dos prazeres da juventude em meio a muito sexo, música eletrônica e drogas, muitas drogas. A trama é mostrada em três fases distintas, com atuações bem convincentes do elenco, com destaque para a belíssima atriz Nathália Dill, que surpreende com uma atuação marcante. A mostra do universo das festas "raves" e do consumo de entorpecentes sintéticos em grande quantidade, leva a uma reflexão profunda sobre os comportamentos por vezes tresloucados dos nossos jovens.
A produção pode até chocar alguns mais conservadores, mas nada mais que a realidade é abertamente mostrada durante o pouco mais de hora e meia de duração. Merece uma atenta observação e reflexão.
Um grande abraço espinosense.
Elenco:
Nathália Dill (Érika)
Luca Bianchi (Nando)
Lívia de Bueno (Lara)
Bernardo Melo Barreto (Patrick)
César Cardadeiro (Lipe - ET)
Roney Villela (Mark)
Divana Brandão (Márcia)
Cadu Fávero (Ânderson)
Emílio Orciollo Netto (Mouse)
Erom Cordeiro (Carlão)
Matthias Gottfried (Cornélius)
Yan Cassali (Tomás)