Por quase 11 anos ele foi nosso companheiro e amigo fiel, auxiliando de forma substancial no nosso enfrentamento ao luto quando Ricardinho se foi abrupta e precocemente. Presente da querida amiga de nosso filho Renato, a Alana, o cãozinho da raça Shih tzu, de pelos pretos e brancos, foi imediatamente batizado por ele de Martin. E apesar de algumas mordidas, teimosias e desentendimentos com seus filhotes Hunter e Nina, ele alegrou consideravelmente a nossa existência diária com sua lealdade, carinho e companheirismo.
Percebemos nos tempos atuais um enorme recrudescimento na "humanização" dos animais de estimação, com enorme reflexo na Economia. Aumentou, e muito, o interesse da população mundial em criar um animalzinho em casa, especialmente um cachorro, transformando-se em uma tendência global denominada "fenômeno da humanização". Quem passa a viver ao lado de um cachorro, ou gato, ou outro bicho qualquer, imediatamente se apaixona e passa a senti-lo como um filho ou outro integrante da família. A gente se apega tanto e passa a sentir tanto amor por eles que às vezes, em muitos casos, o caso descamba para o exagero. Tem gente que cuida e trata o chamado pet como se humano fosse, até fazendo festa de aniversário e vestindo-o com um figurino completo. Todo excesso é prejudicial, mas é louvável que os animais que tanto amamos sejam tratados com carinho e responsabilidade, com todos os cuidados de saúde sendo realizados constantemente. Infelizmente, eles têm vida mais curta e logo se vão, deixando um sentimento profundo de tristeza no coração da gente.
Vou sentir muito a falta de Martin. Dos vários momentos em que ele ficava ao meu lado, depois de eu chegar da pelada na AABB, para me ajudar a tirar os meiões e brincar sacudindo-os com os dentes. Ou de quando, sempre, ele se deitava perto de mim no chão enquanto eu assistia aos jogos de futebol na TV, apoiando sua cabeça nas minhas pernas. Ou quando eu jogava a bolinha para ele pegar, e ele, teimoso e estressado, nunca devolvia para eu jogar novamente. São coisas bem simples e insignificantes, mas que causam sentimentos de afeição e ternura inexplicáveis.
Martin se foi, depois de alguns dias de desânimo e prostração. Deixou a gente muito triste, especialmente sua tutora Cléa Márcia, que está inconsolável, pois era ela quem dispensava os maiores cuidados a ele. Martin nos fez muito felizes e tornou as nossas vidas muito mais interessantes e prazerosas. Só temos o que agradecer pela sua companhia nesse pequeno intervalo de 11 anos de convivência diária.
Que descanse em paz, pequeno grande "filho" amigo! Que Hunter e Nina, seus filhos, ajudem a nos consolar da sua perda.
Um grande e tristonho abraço espinosense.



