Desde que descobri, ainda muito jovem, o encantamento gerado pela magia do cinema, sou completamente apaixonado por filmes os mais diversos, inclusive das boas e velhas histórias de far west, ou faroeste, western ou bang-bang, como queiram. Lembrei-me desses antigos filmes ainda ontem quando recebi do meu amigo e primo Carlos Magno, pelo Whatsapp, um vídeo de uma belíssima apresentação da The Danish National Symphony Orchestra, da DR SymfoniOrkestret, da The Danish National Concert Choir e de vários solistas conduzidos por Sarah Hicks no espetáculo "The Duel – Morricone Draws First", realizado em janeiro de 2018 em homenagem ao compositor.
A música tocada é um clássico maravilhoso saído da mente brilhante do grande compositor Enio Morricone, que se celebrizou por criar trilhas sonoras para o cinema, em especial para os filmes de faroeste. Esta música tornou-se mundialmente conhecida, e apreciada, no filme "For A Few Dollars More" ("Per Qualche Dollaro in Più" em italiano e "Por uns Dólares a Mais" em português). Estrelavam a produção do gênero "Spaghetti Western" lançada em 1965 e dirigida pelo italiano Sergio Leone, os atores Clint Eastwood ("Monco"), Lee Van Cleef ("Coronel Douglas Mortimer") e Gian Maria Volontè ("El Indio"). É o segundo filme da chamada "trilogia dos dólares", que tinha como personagem principal o "Man With No Name", ou o "Homem Sem Nome", interpretado com extrema competência pelo ainda não tão famoso astro Clint Eastwood.
Enio Morricone é um maestro e compositor italiano nascido em Roma aos 10 de novembro de 1928, 89 anos, portanto. É um profissional de raro talento, com uma versatilidade e produtividade impressionantes. Por mais de 50 anos produziu mais de 400 trilhas sonoras para dezenas de filmes, dirigidos por gente do quilate de Terrence Malick, Pasolini, John Carpenter, Samuel Fuller, Giuseppe Tornatore, Quentin Tarantino, Brian De Palma, Pedro Almodóvar, Barry Levinson, Sergio Leone e Bernardo Bertolucci, entre outros. Mesmo com tamanha demonstração de qualidade no trabalho, só mesmo em 2016 ele foi agraciado com o Globo de Ouro e o Oscar, pelo trabalho no filme "The Hateful Eight" ("Os Oito Odiados"), de Quentin Tarantino.
Morricone é mesmo digno de elogios, por ter criado tantas maravilhas que nos embalaram os sonhos na tela gigante do Cine Coronel Tolentino de tanta saudade em Espinosa. Tempos bons!
Um grande abraço espinosense.