Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

domingo, 28 de janeiro de 2024

3385 - Clipe novo d´A Outra Banda da Lua: "Sol Na Mulera"

Quem ama verdadeiramente boa música tem em Montes Claros um terreno fértil para se deliciar com artistas de qualidade nos mais diversos âmbitos. Uma maneira prazerosa de conhecer essa galera talentosa e produtiva da capital Norte-Mineira é frequentando os muitos botecos da cidade. Mas há também uma plataforma bem mais ampla e fácil de descobrir e curtir os cantores e compositores criativos da cena musical montes-clarense, a Internet.




A Outra Banda da Lua é um dos destaques deste cenário musical fervilhante. Foi de onde saiu, catapultada para o sucesso, a taiobeirense Marina Sena, atualmente um fenômeno nas paradas de sucesso das plataformas de streaming. Com uma nova e mais ampla formação, com a participação de Mateus Sizilio, Edssada, Matheus Bragança, André Oliva, Daniel Martins, Dau, Tainá de Castro e Caril, A Outra Banda da Lua acabou de lançar no YouTube uma nova canção, batizada de "Sol Na Mulera". A música, composição de Lucas Tirí, Caio Bastos e Matheus Bragança, brinca, de forma descontraída e bem-humorada, com a nossa condição sertaneja de enfrentar quase todo o ano a quentura do Sol na cabeça, quase fritando nossos miolos nestes tempos de aquecimento global e temperaturas abrasadoras.
O clipe tem a participação do ator Ramon GG pilotando uma moto debaixo do Sol escaldante dos Montes Claros.
Um grande abraço espinosense.


Centenário de Espinosa - Postagem 40

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Apesar de ser uma pequena cidade do interior das Minas Gerais, por pouco não localizada no querido estado vizinho da Bahia e bastante distante das capitais Belo Horizonte e Salvador, a nossa Espinosa teve a oportunidade de receber artistas de renome nacional para shows e apresentações. Tivemos a presença ilustre de artistas famosos como Moacir Franco, Bartô Galeno, Waldick Soriano, Jerry Adriani, José Augusto, Amado Batista, Elke Maravilha e o grande cantor Nélson Gonçalves. Nélson na verdade se chamava Antônio Gonçalves Sobral. Nasceu em Sant'Ana do Livramento (RS) em 21 de junho de 1919 e faleceu no Rio de Janeiro em 18 de abril de 1998, aos 78 anos. O "Metralha", apelido preconceituoso que lhe deram por causa da gagueira, fez quase tudo na vida, de engraxate a lutador de boxe, mas nunca desistiu de provar o seu talento como cantor. Venceu o vício em cocaína, mas perdeu a luta para o vício do cigarro, que contribuiu para a sua morte. Fez enorme sucesso por décadas, sendo reconhecido como um dos melhores intérpretes da música brasileira, gravando dezenas de álbuns e centenas de músicas e vendendo milhões de cópias por todo o país.




Mas como um astro do cenário musical brasileiro foi parar na pequena e interiorana Espinosa? Política! É que Nélson Gonçalves, apesar de gaúcho, tentou se eleger como deputado por Minas Gerais, saindo em busca de votos pelas muitas cidades do estado, inclusive Espinosa. Em um dia de domingo, após fazer sua campanha pela cidade, ele fez uma apresentação ao lado dos músicos d´Os Cardeais no espaço de eventos do Espigão Palace Hotel. Apesar de ter mostrado aos espectadores todos os seus excelentes dotes artísticos, sendo fortemente aplaudido e cortejado com todo respeito e carinho, seus votos foram mínimos na cidade e no estado, sem conseguir atingir sua pretensão de se tornar legislador eleito por Minas Gerais.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 39

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Não tenho e nunca tive o menor talento para ser artista ou comunicador, mas tive a experiência de trabalhar em uma rádio em Espinosa. Foi por pouquíssimo tempo, apenas dois meses, entre setembro e outubro de 1981. Nesta época, após um longo tempo de implantação e regularização das exigências estatais para o funcionamento da emissora, eu consegui a oportunidade de ser funcionário da saudosa Rádio Educadora de Espinosa, ZYL329. E não, nada das funções de locutor, programador ou apresentador de programa. Fui apenas e tão somente um simples e fiel auxiliar de escritório subordinado ao grande Hildebrando Cerqueira, o Bandim. Ajudava a cuidar das finanças da instituição, ainda se equilibrando após a estreia, com pouca adesão de anunciantes. Mas além do sagrado pagamento dos salários, há que se louvar o espírito cooperativo dos administradores e funcionários da nossa rádio, idealizada e tornada real pelas mãos do abençoado Padre Martin Kirscht, com a cooperação e atuação indispensável dos senhores Juraci Barbosa Lima e Otacílio Lage.       






O querido Padre Martin Kirscht se foi um dia, assim como seu sonho. Depois de muitos bons serviços prestados à nossa comunidade, a Rádio Educadora de Espinosa desapareceu no tempo e no espaço. Nem mesmo a construção em que ela funcionou resistiu, sumindo inexoravelmente da paisagem. Onde ela funcionou, hoje há apenas o espaço vazio de um lote vago na Avenida Minas Gerais, ao lado do Cemitério do Bonfim. Para os que ali trabalharam, ficaram as boas recordações. Entre tantos que fizeram parte deste projeto que foi bom enquanto durou, estavam Juraci Barbosa, Otacílio Lage, Bandim, Farias de Morais, Lúcio Balieiro, João Batista, Lindolfo Costa, Luciano Alves, Tércio, Clerinha, Edmílson Martins, Valdivino Nunes etc. Peço perdão aos demais não aqui listados, mas todos eles estão para sempre eternizados nesta aventura positiva e sonhadora que nos permitiu viver o Padre Martin. Que Deus o tenha!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.