Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Muitos empresários nascidos em Espinosa e outros que vieram de outras localidades do país foram e são de fundamental importância no desenvolvimento da nossa cidade. Sonharam e realizaram seus projetos econômicos construindo empresas sólidas e bem-sucedidas, gerando lucro e criando empregos, colaborando para o progresso do município, o que é louvável.
Um desses cidadãos de fibra e determinação foi o saudoso José Leão Pereira, o Deca. Chegou em Espinosa nos anos 80, se não me engano, iniciando seu empreendimento simples de venda de mosquiteiros em um cômodo alugado entre a casa de Zé da Água e o Centro Social Araci Antunes Sepúlveda, na Praça Coronel Joaquim Tolentino. Bastante comunicativo e alegre, Deca conquistou o respeito e a simpatia do povo espinosense, casando-se posteriormente com a nossa conterrânea Jandira, com quem gerou dois filhos, Júnior e Manuela. Deca, empresário de visão, visualizou oportunidades de crescimento profissional no ramo gráfico, fundando a Dejan Gráfica, que logo tornou-se um sucesso regional. Também resolveu ampliar os negócios investindo, com apoio do Banco do Brasil, na criação de novas empresas no ramo de lojas de papelaria e móveis de madeira e serviços funerários e de velórios.
Encontrávamos Deca no Bakana de Waldir e Lia Mendes quase todas as semanas por um período. Íamos ali ocasionalmente no início da noite, após um longo dia de trabalho, saborear uma cerveja e um pedaço dos famosos frangos assados do Bakana e melhor ainda, encontrar com os amigos para bater um papo rico, alegre, descontraído e, por que não, às vezes intenso e acirrado, porém sempre em ambiente de amizade, paz e harmonia.
Por estas inexplicáveis coisas do destino, o amigo Deca perdeu a vida de forma trágica em um acidente automobilístico na rodovia MGC-122, já bem próximo de Espinosa, em um domingo, 20 de novembro de 2011, deixando órfã a comunidade espinosense e desolada a sua família, um baque pesado para todos nós que o apreciamos. Deca se foi prematuramente, mas deixou seu exemplo positivo e sua trajetória de determinação, trabalho e integridade. Que Deus o tenha!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.