Espinosa, meu éden

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

1409 - A história de Nílton Santos, a Enciclopédia do Futebol, está em "Ídolo"

O cinema nacional continua em frenética efervescência, com produções e mais produções sendo realizadas e lançamentos e mais lançamentos sendo disponibilizados ao público nas salas dos cinemas do país. São sobretudo filmes de comédia, o que não impede que outros gêneros também apareçam com alguma frequência e importância, como os filmes de drama, de aventuras policiais, de amores e sensualidade e os muitos documentários, especialmente os que mostram a vida dos nossos artistas da música e também do futebol, como a recente produção "Ídolo", que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. 
O documentário mostra a longa e brilhante trajetória do melhor lateral-esquerdo da história do futebol mundial, toda ela defendendo tão somente as cores do Botafogo de Futebol e Regatas e da Seleção Brasileira. O filme, dirigido por Ricardo Calvet e Ricardo Macedo, mostra imagens inéditas da carreira do grande jogador brasileiro, em meio a entrevistas e depoimentos de amigos, companheiros de bola e admiradores, entre eles Djalma Santos, Pepe, Zagalo, Amarildo, Carlos Alberto Torres, Júnior e Zico.

FICHA TÉCNICA:
Roteiro e direção: Ricardo Calvet
Direção de produção: Juliana David e Ricardo Calvet
Produção executiva: Ricardo Macedo e Ricardo Calvet
Fotografia: Ricardo Macedo
Pesquisa Audiovisual: Antonio Venâncio
Montagem: Luiz Guimarães Castro
Som direto: Leandro Peska
Finalização: João Daflon
Desenho de som e mixagem: Denilson Campos e Rodrigo Noronha
Trilha Original: Pedro Igel
Músicas Adicionais: Grupo Mandaia e Pedro Igel


Nílton dos Santos, nascido em 16 de maio de 1925, no Rio de janeiro, foi um dos maiores ídolos do Botafogo e da Seleção Brasileira, sendo eleito pela FIFA no ano de 2000 como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos. Ele participou de quatro Copas do Mundo, 1950, 1954, 1958 e 1962, conquistando o título nos dois últimos, na Suécia e no Chile, ao lado de outros craques espetaculares como Pelé, Didi e Garrincha. Como reconhecimento ao seu futebol de muita técnica e precisão, foi cognominado de "A Enciclopédia do Futebol". 
Foram 17 anos dedicados exclusivamente ao Botafogo, com 718 jogos disputados e 20 títulos conquistados. A estreia se deu em uma partida contra o América-MG, com derrota por 2 x 1, em 21 de março de 1948. A sua despedida oficial dos gramados aconteceu em 13 de dezembro de 1964, em uma partida contra o Flamengo, no Maracanã (vitória do Botafogo por 1 x 0), quando foi homenageado com a entrega de um troféu. Ainda fez um último jogo, um amistoso contra o Bahia, mas parou por aí, aos 39 anos. 
Com a camisa da Seleção Brasileira, foi convocado pela primeira vez para a disputa do Sul-Americano de 1949. Disputou 82 jogos, anotou quatro gols e conquistou 16 títulos. 
Depois de encerrada a carreira de atleta profissional, Nílton tentou a carreira de técnico, sem sucesso. Montou então uma loja de material esportivo, onde ele mesmo atendia os clientes. Mais adiante trabalhou com crianças carentes, mostrando todo o seu sentimento de solidariedade e humildade.   
Aos 88 anos, no dia 27 de novembro de 2013, Nílton Santos faleceu no Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória, após anos de enfrentamento ao Mal de Alzheimer. Ele descansa o sono eterno no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo, no Rio.
Um grande abraço espinosense.

Só fera: Garrincha, Zito, Nílton Santos, Pelé, Zagalo, Pepe e Didi

Nílton Santos é homenageado na despedida contra o Flamengo, no Maracanã

Nílton Santos como capitão da Seleção Brasileira