Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 27 de novembro de 2010

63 - O famoso Realmatismo Futebol e Cerveja

A pedido do meu grande amigo Robinho.

Lá pelo final dos anos 90, ao sentir uma dificuldade imensa em conseguir motivar e reunir o desinteressado pessoal de Espinosa para jogar futebol de salão e/ou futebol society na AABB, resolvi dar uma de "cartola" e criei um time, carinhosamente cognominado de Realmatismo Futebol e Cerveja. A idéia era simples: juntar uma dezena de amigos para praticar futebol, fazer novas amizades entre os times adversários e, claro, logo após as partidas, tomar uma cervejinha e bater aquele papo, na maior confraternização. E isso foi feito. Consegui juntar não só grandes amigos, mas grandes craques do futebol: Mílton, Galego, Robinho, Wagner, Fonso, Walter, Rubens, Célio e Alair.

Em pé: Fonso, Wagner e Walter,
Agachados: Rubens, Eustáquio, Robinho e Alair.

A partir de então, providenciei a compra do uniforme (despesa dividida entre todos) e a criação do logotipo que mostrava em primeiro plano uma bola, em seguida uma garrafa de cerveja. Primeiro o futebol, depois a farra.
O engraçado de tudo era que, eu como dono do time, ficava responsável por tudo. Desde a responsabilidade de arrumar adversário, marcar a partida, avisar os companheiros, providenciar bola, quadra ou campo, árbitro (Orlando) e até a abertura do boteco da AABB nos dias e horário dos jogos. 
E ainda havia alguém sempre querendo me tirar do time titular. Vê se pode acontecer uma coisa dessas? (rs).

Em pé: Rubens, Wagner, Robinho, Mílton
Agachados: Fonso, Alair, Eustáquio e Célio.
Por um tempo não muito longo, mas inesquecível, fizemos partidas memoráveis e de altíssimo nível, contra fortíssimos adversários, quase todos de idade bem menor que a nossa. Mas a minha saída de Espinosa fez com que a turma se dispersasse, deixando o poderoso Realmatismo desaparecer. Mas ficou a saudade e as lembranças de momentos difíceis de esquecer.  A tristeza é de não ter uma fotografia de melhor qualidade para deixar registrado um timaço de futebol, tanto no futsal, quanto no society.
Foi um período dos mais prazerosos na minha vida, poder conviver com pessoas maravilhosas, por quem tenho enorme carinho e amizade e que sempre estarão em meu coração.

62 - A guerra contra o tráfico no Rio

Depois de mais de três décadas de complacência e aceitação do domínio dos traficantes nas comunidades dos morros da cidade maravilhosa, finalmente o governo decidiu combater duramente a criminalidade e o império do tráfico de drogas. Depois de anos e anos de convivência conturbada entre traficantes e moradores, eis que o poder público toma uma decisão que merece aplausos. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com apoio do Ministro da Defesa, Nélson Jobim, inicia uma política de segurança pública que consiste na ocupação de comunidades do morro onde imperava o comando de bandidos, fazendo ali a implantação das UPPs-Unidades de Polícia Pacificadora, ferindo de morte a criminalidade carioca. A mais recente batalha está acontecendo nos últimos dias nas comunidades da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, com a utilização de milhares de integrantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Federal, numa megaoperação conjunta que, até o momento, está-se saindo extremamente bem sucedida, ganhando enorme credibilidade junto à população carioca.

Foram disponibilizados pelo governo federal, 800 homens da Brigada de Paraquedistas do Exército, 2 helicópteros da Aeronáutica, 300 policiais da Polícia Federal, além de cerca de 10 blindados da Marinha que estão sendo fundamentais para o sucesso da intervenção nas favelas.
A atuação do secretário da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame e do comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, bem como de todos os oficiais e policiais envolvidos na operação merecem elogios. A atitude de retaliação dos traficantes de incendiar carros, ônibus e caminhões, tentando causar pânico na população, demonstra que eles acusaram o golpe desferido pelos agentes da segurança pública, contribuindo para que a população apóie as ações dos órgãos do governo, levando a crer em uma reviravolta jamais vista na capital fluminense, com o retorno da paz às comunidades instaladas nos morros da cidade.

É o que esperamos e torcemos para que se concretize, com a tranquilidade e paz finalmente voltando a ser rotina na mais bela cidade brasileira.