Um dia de sábado recheado de emoções, esse da primeira semana de junho. Logo cedo um compromisso imperdível, a tradicional pelada de futebol society junto aos companheiros na AABB. Para não perder o costume, mais quatro gols marcados em homenagem ao meu Ricardinho.
Daí em diante, a preparação de espírito para assistir ao espetáculo da final da Champions League, um dos mais organizados e prestigiados eventos esportivos do planeta, com a expectativa de testemunhar mais uma partida histórica. E não deu outra, um jogão. Talvez não tão bom tecnicamente jogado como eu esperava, mas uma grande partida de futebol, com boas oportunidades de gols de ambos os lados e defesas espetaculares dos goleiros, duas delas resultando em gols nos rebotes.
Depois da bela apresentação artística na abertura do evento, a tão cobiçada taça chegou ao gramado pelas mãos de Karl-Heinz Riedle, campeão com o Borussia Dortmund em 96/97. Logo em seguida, jogadores de Barcelona e Juventus subiram as escadarias do lendário Estádio Olímpico de Berlim para se perfilarem e ouvirem o lindo e conhecido hino da Champions League. Um espetáculo mesmo antes de começar a partida.
Início de jogo e a Juventus surpreendeu o Barcelona com uma marcação adiantada, que provocou muitos erros de passes do time catalão. Mas não se pode vacilar com o Barcelona. Logo aos 3 minutos, no seu primeiro ataque, uma rápida troca de passes com lançamento de Messi e toques de Alba, Neymar e Iniesta, e a bola é rolada para a conclusão certeira de Ivan Rakitic, que abriu o placar da decisão. A Juventus sentiu o golpe. O Barcelona passou a dominar o jogo, girando as jogadas entre a direita e a esquerda, com aquela tradicional posse de bola. Aos 13 minutos, Buffon fez uma defesa sensacional com a mão esquerda, após chute de Daniel Alves, evitando mais um gol. A Juventus estava completamente dominada, sem criar chances de gol e sem importunar o goleiro Ter Stegen. E assim terminou o primeiro tempo.
O segundo tempo começou com a Juventus partindo para o ataque, tentando sufocar o Barcelona. Mesmo com uma pressão maior do time italiano, o Barcelona continuava com o domínio do jogo. Mas eis que aos 9 minutos, o bote mortífero da Juventus veio com Morata, após chute à queima-roupa de Tévez defendido por Ter Stegen. Tudo igual na decisão. O futebol é mesmo impressionante. O goleiro fez uma defesa extraordinária e a bola vai parar exatamente nos pés do atacante Morata que, sozinho, colocou a Juventus de novo na disputa. Aí a "Velha Senhora" despertou e passou a acreditar em um resultado positivo ainda nos 90 minutos e equilibrou o jogo. Criou boas chances, mas Lionel Messi é sempre mortal. Aos 22 minutos, Messi recebeu a bola em um contra-ataque, arrancou, protegeu e bateu forte para uma ótima defesa de Buffon, mas no rebote Suárez fez o segundo gol do Barça, 2 x 1.
Neymar ainda faria o terceiro, mas invalidado pelo árbitro que percebeu o toque de mão do atacante. E a partida continuou sem uma definição, com o Barcelona com maior posse de bola e a Juventus esperando uma única chance no contra-ataque. Mas o tiro de misericórdia veio aos 50 minutos do segundo tempo, quando a Juventus estava em peso no ataque, em uma última tentativa de empatar o jogo e provocar a prorrogação. No contra-ataque, o Barcelona matou o jogo com um gol de Neymar. Aí já não tinha tempo para mais nada, só comemorar a quinta conquista da Champions League pelo time catalão. Uma última conquista para o grande ídolo Xavi, que teve a honra de levantar a taça de campeão da Champions League. Ele está deixando o clube que defendeu desde 1998, sendo o atleta que mais vezes defendeu as cores azul e grená, atuando em 767 jogos e conquistando 25 títulos.
É a segunda "tríplice coroa" da história do Barcelona, que além da Champions League ganhou o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei nesta temporada.
Barcelona 3 x 1 Juventus
Local: Estádio Olímpico, em Berlim (Alemanha)
Data: 6 de junho de 2015 (sábado)
Barcelona: Ter Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta (Xavi); Neymar, Messi e Suárez. Técnico: Luis Enrique.
Juventus: Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Evra; Pogba, Pirlo, Marchisio e Vidal (Pereyra); Tévez e Morata (Llorente). Técnico: Massimiliano Allegri.
Gols: Rakitic, 3 minutos do primeiro tempo. Morata, 9, Suárez, 19 e Neymar, aos 50 minutos do segundo tempo
Árbitro: Cüneyt Çakir (Turquia)
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (ambos TUR)
Cartões amarelos: Vidal e Pogba (Juventus) e Suárez (Barcelona)
E para fechar o sábado, mais uma partida emocionante entre Atlético e Cruzeiro, desta vez pelo Brasileirão. Com posições opostas na tabela de classificação, o Atlético entre os primeiros e o Cruzeiro entre os últimos, o suposto favoritismo era do time alvinegro. Mas como mostra a história, não há favoritos em clássicos. Depois de 11 partidas consecutivas sem vencer o eterno rival e sem jamais ter ganho um clássico no Estádio Independência (desde a reinauguração em abril de 2012), o Cruzeiro finalmente quebrou o tabu com uma vitória irrepreensível por 3 x 1, gols de Jemerson (contra), Gabriel Xavier e Marquinhos.
O enredo do clássico foi o mesmo de sempre. Marcação forte, muitas faltas, duras divididas, tensão e nervosismo de ambas as partes, chances perdidas, defesas espetaculares, polêmicas na arbitragem e o mais importante, gols.
O Atlético chegou ao seu gol logo aos 12 minutos do primeiro tempo, depois de um bate-rebate na defesa do Cruzeiro, com um chute cruzado rasteiro de Luan no canto direito de Fábio. A vantagem no placar não mostrava a realidade do jogo, já que o Cruzeiro parecia mais determinado em vencer a partida, jogando com uma garra impressionante e ganhando quase todas as divididas. E as chances de gol começaram a aparecer, primeiro com Alisson chutando no travessão e logo depois com uma chance incrível com Leandro Damião, que de forma inacreditável, cabeceou para fora. O Cruzeiro finalmente empatou a partida no finalzinho do primeiro tempo, depois de uma bola chutada por William desviar no zagueiro Jemerson e passar para o fundo das redes do goleiro Victor. Tudo igual no placar: 1 x 1. Assim terminou a primeira etapa do jogo.
Nem bem havia começado o segundo tempo e Patric errou na saída de bola, dando a chance para o belo gol de Gabriel Xavier, que tinha acabado de substituir Alisson no intervalo. O Cruzeiro passou à frente no placar, com o time do Atlético meio desnorteado em campo. Até conseguiu criar uma boa oportunidade de gol com Dátolo, aos 13 minutos, mas Fábio, que completava 633 jogos com a camisa do Cruzeiro se igualando ao volante Zé Carlos, evitou o tento atleticano com uma arrojada defesa. Para consolidar a vitória indiscutível, o Cruzeiro fez mais um gol aos 26 minutos, com Marquinhos pegando de primeira um passe de Leandro Damião pelo alto, sem chances para Victor.
A vitória estava assegurada e era só segurar o resultado até o final para quebrar um tabu que já estava incomodando a torcida cruzeirense. Com os três pontos conquistados, o Cruzeiro subiu para a 11ª posição na tabela do Brasileirão, a depender do fechamento da rodada. O seu próximo adversário será o Vasco, no sábado às 21 horas em São Januário. O Atlético recebe o Santos no Independência, na quarta-feira, às 19h30. O alvinegro ocupa a 5ª posição na tabela neste momento.
Um grande abraço espinosense.
Atlético 1 X 3 Cruzeiro
Atlético: Victor; Patric, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca, Dátolo (Guilherme), Luan e Giovanni Augusto (Maicosuel); Carlos (Thiago Ribeiro) e Lucas Pratto.
Técnico: Levir Culpi
Cruzeiro: Fábio; Mayke, Bruno Rodrigo, Manoel e Pará; Willians e Charles; Marquinhos, Alisson (Gabriel Xavier, depois Allano) e Willian; Leandro Damião (Joel).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Motivo: sexta rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Independência
Data: sábado, 6 de junho
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (PE)
Assistentes: Clovis Amaral da Silva e Albino Andrade Albert Junior (PE)
Gols: Luan, 12, Jemerson (contra), 46min do primeiro tempo; Gabriel Xavier, 2, Marquinhos, 27min do segundo tempo
Público: 20.092 pagantes
Renda: R$ 979.435
Confira os últimos treze confrontos entre Galo e Raposa:
Cruzeiro 4 x 1 Atlético – 1º turno do Brasileirão 2013 - Mineirão
Atlético 1 x 0 Cruzeiro – 2º turno do Brasileirão 2013 - Independência
Atlético 0 x 0 Cruzeiro – 1ª fase do Mineiro 2014 - Independência
Atlético 0 x 0 Cruzeiro – 1º jogo da Final do Mineiro 2014 - Independência
Cruzeiro 0 x 0 Atlético – 2º jogo da Final do Mineiro 2014 - Mineirão
Atlético 2 x 1 Cruzeiro – 1º turno do Brasileirão 2014 - Independência
Cruzeiro 2 x 3 Atlético – 2º turno do Brasileirão 2014 - Mineirão
Atlético 2 x 0 Cruzeiro – 1º jogo da Final da Copa do Brasil 2014 - Independência
Cruzeiro 0 x 1 Atlético – 2º jogo da Final da Copa do Brasil 2014 - Mineirão
Cruzeiro 0 x 0 Atlético – 1ª fase do Mineiro 2015 - Mineirão
Atlético 1 x 1 Cruzeiro – 1º jogo da Semifinal do Mineiro 2015 - Independência
Cruzeiro 1 x 2 Atlético – 2º jogo da Semifinal do Mineiro 2015 - Mineirão
Atlético 1 x 3 Cruzeiro – 1º turno do Brasileirão 2015 - Independência