A dura caminhada do Clube Atlético Mineiro em busca do inédito título continental foi vitoriosa nesta primeira fase da mais importante competição da América. Mesmo com duas partidas ainda por fazer no grupo 3 da Copa Libertadores da América, contra o Arsenal, no Independência (dia 3 de abril), e contra o São Paulo, no Morumbi (dia 17 de abril), o Atlético já conseguiu a classificação para a próxima fase, as oitavas de final, como também conquistou a posição de primeiro colocado em seu grupo. No Campeonato Mineiro o time está, no momento, com a segunda colocação, com grandes chances de se classificar à segunda fase, as semifinais.
Mas não é somente essa estatística que está enlouquecendo de alegria a imensa, apaixonada e cada vez mais entusiasmada Massa Atleticana. É a qualidade do futebol apresentado pela equipe desde o ano passado, que está deixando alucinado o torcedor alvinegro das Gerais. Depois que o gênio da bola Ronaldinho Gaúcho caiu dos céus na Cidade do Galo, o treinador Cuca conseguiu armar um time extremamente competitivo, confiante e coeso, que encanta a todos com um futebol harmonioso, participativo e sempre em busca do gol. Os bons resultados alcançados no ano passado e nas primeiras partidas deste ano, criam uma grande expectativa na torcida de que títulos poderão ser conquistados. Mas os mistérios do futebol mostram que nem sempre aqueles que apresentam o melhor futebol chegam à conquista de títulos. O Brasil de 1950, a Hungria de 1954, a Holanda de 1974, os Atléticos de 1977 e 1980, a inesquecível Seleção Brasileira de 1982 foram tristes exemplos da complexidade injusta do futebol.
Mas mesmo que, infelizmente, os títulos não venham, já terá valido a pena assistir a cada apresentação do esquadrão alvinegro, quase sempre jogando para a frente, sufocando o adversário, com muita determinação, garra, união e a elegância e a genialidade do nosso carismático camisa 10, Ronaldinho Gaúcho.
É óbvio que os adversários, principalmente a torcida azul aqui de Minas, estão incomodados com o sucesso atual do Atlético, com muita gente por aí fazendo promessas e torcendo obstinadamente para que o Galo seja o mais breve possível eliminado da Copa Libertadores. Pode acontecer, pois a partir da próxima fase os jogos serão no mortal esquema de jogos eliminatórios, sempre surpreendentes. Tudo pode acontecer, portanto.
Então, só nos resta vibrar, nos alegrar, nos emocionar, nos extasiar perdidamente com as rápidas jogadas do Bernard, com as importantes defesas do Víctor, com as arrancadas do Réver, com os desarmes do Pierre e do Leandro Donizete, com os gols do Diego Tardelli e com os dribles e passes mágicos do Ronaldinho Gaúcho. Cada jogo é uma história de alegria incontida, de uma emoção arrebatadora, de um momento mágico do esporte e da vida gloriosa do Clube Atlético Mineiro. Muitos adversários não conseguem entender esse sentimento diferenciado que é torcer pelo Galo. Jamais entenderão! Talvez nem nós saibamos explicar, mas que é bom, ah! isso é.
Um grande abraço espinosense atleticano.
Não poderia deixar de registrar aqui a minha alegria ao ver as cenas de bastidores do clássico Atlético e América neste domingo, em que o Galo venceu por 5 x 2. Torcedores atleticanos e americanos convivendo amistosa e respeitosamente, em completa harmonia. São cenas assim que não me deixam perder a esperança de um dia ainda poder estar no Mineirão lotado e presenciar as torcidas de Atlético e Cruzeiro se misturando no estádio, torcendo pelos seus times, cantando os hinos dos clubes, vaiando o adversário, xingando o árbitro, demonstrando toda a sua paixão clubística, mas tudo isso com o maior respeito pela torcida rival e em plena paz, sem a mínima demonstração de violência. Eu ainda continuo otimista! Quem sabe um dia?