Hoje, com toda a tecnologia disponível, é muito fácil registrar os bons (ou maus) momentos das nossas vidas com uma câmera fotográfica, nas reuniões de familiares e amigos ou em qualquer outro lugar. Ou até com o aparelho de telefone celular, tão comum hoje em dia. Não mais se usa filme fotográfico ou aquelas câmeras enormes de antigamente que eram dificílimas de carregar. E o trabalho que dava para revelar os filmes? E a famosa Rolleiflex, famosa câmera fotográfica que aparece na letra da música de um clássico da Bossa Nova, "Desafinado"? E a câmera que iria revolucionar a história da fotografia ao revelar o filme instantaneamente, a Polaroid? E a Xeretinha, que era descartável? Coisas do passado. A fotografia digital veio revolucionar e democratizar o acesso de uma grande massa de pessoas ao mundo das imagens.
A fotografia, uma de minhas paixões, não apenas registra um momento qualquer de nossas vidas, mas imortaliza um instante, cria um laço sentimental com pessoas e com a nossa história de vida, denuncia abusos, glorifica gestos heroicos, transmite emoções e causa mudanças significativas na história de nações e pessoas em todo o mundo.
Aqui estão algumas das mais importantes imagens da história:
A fotografia de um casal se beijando apaixonadamente na Times Square em 14 de agosto de 1945, transmitia a ideia do feliz reencontro após a guerra. Fotografia de Víctor Jorgensen.
No famoso Massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em 1989, na China, um desconhecido cidadão impede a passagem dos tanques de guerra, numa demonstração de coragem e heroísmo. Fotografia de Stuart Franklin-Magnum.
Em 1993, a fotografia de uma menina quase à morte devido à fome no Sudão, espreitada por um abutre, chocou o mundo. Fotografia de Kevin Carter.
A menina Pham Thi Kim Phuc em fuga desesperada depois do bombardeio americano no Vietnã em 8 de junho de 1972. Fotografia de Nick Ut.
Thich Quang Duc, um monge budista, ateia fogo ao seu corpo em um protesto
contra a perseguição religiosa empreendida pelo
governo do Vietnã do Sul, em 1963. Fotografia de Malcolm Browne.
A imagem da intolerância e da imbecilidade do ser humano: bebedouros separados para brancos e negros no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos em 1950. Fotografia de Elliott Erwitt-Magnum-Latinstock.
Uma imagem marcante da luta da sociedade brasileira contra a ditadura militar, tirada na Passeata dos Cem Mil no dia 26 de junho de 1968, no Rio de Janeiro. Fotografia de Evandro Teixeira.
A incrível corrida do ouro no garimpo de Serra Pelada, no Pará, fotografada em abril de 1986. Fotografia de Sebastião Salgado.
A seguir uma breve história da fotografia, conforme a wikipedia.org.
Por volta de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício.
A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente como o preto sobre o branco, no início do século XIX. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce.
Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um
processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando,
juntas ou em paralelo, ao longo de muitos anos.
O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI, para esboçar pinturas. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Após a morte de Niépce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio, que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia.
O britânico William Fox Talbor, desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.
No Brasil, o francês radicado em Campinas, Hércules Florence, conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos. Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" (foi o legítimo inventor da palavra), não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976, por Boris Kossoy.
A fotografia se popularizou como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um impactante discurso de marketing, onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotógrafos profissionais, com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis, criados por George Eastman.
A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata. O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935, baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963, uma verdadeira revolução.
A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas
no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas,
acelerando processos e facilitando a produção, manipulação,
armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo.
A imagem logo abaixo mostra uma pose de vários senhores engravatados, duas crianças e uma senhora em um lugar indeterminado de Espinosa. Esta foto foi-me cedida por Tim de Disson, a quem mais uma vez agradeço a gentileza. Se não me engano, o senhor de óculos parece ser Sêo Crispim Vieira, fotógrafo e comerciante espinosense que morava na Rua da Resina. Se alguém identificar esse pessoal, mande mensagens, por favor.
Um grande abraço espinosense.
Recebi e-mail de minha amiga Luciana Maria Ramos Cruz Silva, identificando alguns personagens da fotografia acima, de acordo com informações da sua irmã Zélia. Assim, estão na foto Dona Olíbia do Cartório, Sêo José Figueiredo, Sêo Crispim Vieira (em pé), senhor não identificado, Sêo Osvaldo Mascate, o jovem Juracy Barbosa, Sêo Teotônio Barbosa (nosso poeta), criança não identificada e Sêo Juvenal Ribeiro da Cruz. Pelos senhores presentes na foto, imagino que tenha sido tirada na Rua Dom Lúcio.
À Luciana, o meu agradecimento pela relevante colaboração.