O mês de junho chega trazendo aquele friozinho gostoso que, em Espinosa, é coisa rara, só acontecendo nesta curta época do ano. Mas junho também chega trazendo toda a tradição das festas juninas em nossa cidade, com as comemorações dos dias de Santo Antônio (13), São Pedro e São Paulo (29) e São João Batista (24). As comemorações do dia de Santo Antônio casamenteiro se caracterizam pelas simpatias utilizadas pelas mulheres que estão à procura de namorados ou maridos. Uma das mais conhecidas é a de se colocar uma imagem do santo de cabeça para baixo atrás da porta até que o pedido se realize. A festa de São Pedro e São Paulo, mesmo com algumas fogueiras sendo acesas e fogos de artifício sendo queimados, não tem o mesmo apelo da mais concorrida e animada comemoração de Espinosa, a festa de São João, que ganhou até a decretação de feriado na cidade.
Nos tempos idos da minha infância, as fogueiras eram itens obrigatórios nas portas de todas as casas, resultando em um maravilhoso espetáculo de luzes e alegres reuniões dos moradores. Ali, sentados nas cadeiras e nos bancos de madeira em suas portas, os moradores se animavam conversando, bebendo quentão e comendo leitão assado, canjica, pamonha, pipoca e milho cozido, enquanto a meninada se divertia desvairadamente soltando traques, bombinhas, estalos de salão e pulando a fogueira durante toda a noite. Sem esquecer das batatas doces cozidas na fogueira. As ruas eram todas enfeitadas com bandeirolas coloridas e a alegria contagiava a todos, adultos e crianças. Muitas brincadeiras eram utilizadas nesta época do ano, com destaque para a corrida do ovo na colher, o pau-de-sebo e o quebra-pote.
Hoje em dia as festas acontecem mais nos clubes e nas escolas, com bandas mais modernas, mas que ainda mantém um pouco da tradição ao usar sanfona, triângulo e zabumba, tocando o tradicionalíssimo forró pé-de-serra. Faz parte da festa a tradicional quadrilha, que reúne casais de dançarinos, damas e cavalheiros, obedecendo às evoluções dos marcadores. As roupas dos homens consistem basicamente de camisas quadriculadas e calças remendadas com panos coloridos, enquanto as mulheres se vestem com longos vestidos de chita, sem esquecer o indispensável e tradicional chapéu de palha.
Uma das maiores atrações dos festejos de São João, ainda hoje em alguns lugares, é a encenação do casamento na roça, com todo o seu roteiro hilariante. O casamento caipira surgiu como uma paródia dos casamentos clássicos. O enredo clássico mostra o pai, rude e moralista, obrigando, com uma espingarda em punho, o namorado a casar com a sua filha, depois de tê-la engravidado. Com a presença do delegado, do padre e de toda a família da noiva, o insolente garanhão, totalmente alcoolizado, tenta a todo custo se desvencilhar da situação, gerando muitas gargalhadas da plateia.
Consegui uma fotografia de um casamento na roça estrelado, na quadra da AABB, pelos queridos amigos e colegas do Banco do Brasil de Espinosa nos anos 80, em que atuaram Walter Pinto (como o padre), Marly (a noiva), Tiãozinho (o noivo), Geraldão (o delegado), Rose e Xará (os pais da noiva) e os demais convidados Dino e Zá, Cláudio e Tina, Quites e Iara e Serjão e Tânia. Uma atuação digna de um Oscar da Academia de Hollywood. Saudades dessa turma de amigos especiais espalhados por essa nossa Minas Gerais.
Um grande abraço espinosense.
Uma das maiores atrações dos festejos de São João, ainda hoje em alguns lugares, é a encenação do casamento na roça, com todo o seu roteiro hilariante. O casamento caipira surgiu como uma paródia dos casamentos clássicos. O enredo clássico mostra o pai, rude e moralista, obrigando, com uma espingarda em punho, o namorado a casar com a sua filha, depois de tê-la engravidado. Com a presença do delegado, do padre e de toda a família da noiva, o insolente garanhão, totalmente alcoolizado, tenta a todo custo se desvencilhar da situação, gerando muitas gargalhadas da plateia.
Consegui uma fotografia de um casamento na roça estrelado, na quadra da AABB, pelos queridos amigos e colegas do Banco do Brasil de Espinosa nos anos 80, em que atuaram Walter Pinto (como o padre), Marly (a noiva), Tiãozinho (o noivo), Geraldão (o delegado), Rose e Xará (os pais da noiva) e os demais convidados Dino e Zá, Cláudio e Tina, Quites e Iara e Serjão e Tânia. Uma atuação digna de um Oscar da Academia de Hollywood. Saudades dessa turma de amigos especiais espalhados por essa nossa Minas Gerais.
Um grande abraço espinosense.