Espinosa, meu éden

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

448 - Benito Di Paula, um expoente do samba

Talvez você nunca tenha ouvido falar de Uday Veloso, mas certamente já escutou ou cantarolou alguma canção composta pelo pianista, cantor e compositor Benito Di Paula. Com os seus indefectíveis bigode e cavanhaque e a grande cabeleira, Benito fez enorme sucesso nos anos 70 e compôs grandes sucessos da canção brasileira como "Retalhos de cetim", "Ah, como eu amei", "Sanfona branca", "Se não for amor", "Mulher brasileira", "Tudo está no seu lugar", "Beleza que é você, mulher", "Charlie Brown", "Bandeira do samba", "Do jeito que a vida quer", "Assobiar e chupar cana", "Osso duro de roer", ""Maria, baiana Maria" e "Violão não se empresta a ninguém", entre outras.

Nascido em 28 de novembro de 1941, o fluminense de Nova Friburgo, Benito Di Paula, começou a sua carreira atuando como crooner nas boates do Rio de Janeiro, lá pelos anos 60. Depois de se mudar para Santos, passou a cantar e tocar em casas noturnas da famosa cidade paulista, até se transferir para a capital e lançar o seu primeiro LP, em 1971, que continha alguns clássicos da MPB como "Apesar de você (Chico Buarque de Hollanda)", "Na tonga da mironga do kabuletê (Vinícius de Moraes e Toquinho)", "Jesus Cristo (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)" e "Azul da cor do mar (Tim Maia)", e mais quatro composições próprias, uma delas o sucesso "Violão não se empresta a ninguém". Daí em diante foram vários discos lançados e muitos grandes sucessos, com elevado número de cópias vendidas. 
Na TV Tupi, na década de 70, chegou a comandar o programa Brasil Som 75, destinado à divulgação da música brasileira, com grande sucesso. 
Benito Di Paula se destaca no mundo do samba também pela sua aparência totalmente diferenciada entre os sambistas, o que lhe valeu algumas duras críticas e a reputação de brega. Além de se vestir com esmero e elegância, geralmente de smooking, e de manter o bigode, o cavanhaque, a longa cabeleira e usar muitos anéis e pulseiras, ele ainda faz samba tocando piano, fato inexistente ou raríssimo no mundo do samba, pelo menos que eu saiba.
Depois de um longo período sem lançar discos, dez anos aproximadamente, em 2009 ele se apresentou no Vivo Rio, uma das maiores casas de show do Rio de Janeiro e, na oportunidade, gravou um DVD ao vivo com os maiores sucessos da sua carreira e mais quatro composições inéditas: "Quero ser seu amigo", "Pagode da cigana", "Ficar ficamos" e "Unidos de Tom Jobim", um tributo ao falecido maestro carioca.

 Discografia:
  • 1968 - Andança e Canção para o nosso amor
  • 1972 - Beleza que é você mulher - (Copacabana)
  • 1972 - Ela - (Copacabana)
  • 1973 - Benito Di Paula - (Copacabana)
  • 1973 - Um novo samba - (Copacabana)
  • 1974 - Gravado ao vivo - (Copacabana)
  • 1975 - Benito Di Paula e seus convidados - Brasil Som 75 - (Copacabana)
  • 1975 - Benito Di Paula - (Copacabana)
  • 1976 - Benito Di Paula - (Copacabana)
  • 1977 - Benito Di Paula / Assobiar ou chupar cana - (Copacabana)
  • 1977 - Jesus Papai Noel - Instrumental - (Copacabana)
  • 1978 - Benito Di Paula - (Copacabana)
  • 1978 - Caprichos de la vida - Copacabana)
  • 1979 - Benito Di Paula - (Copacabana)
  • 1980 - Benito Di Paula - (Copacabana)
  • 1981 - Benito Di Paula - (WEA)
  • 1982 - Benito Di Paula - (WEA)
  • 1983 - Bom mesmo é o Brasil - (WEA)
  • 1984 - Que brote enfim o rouxinol que existe em mim - (RGE)
  • 1985 - Nação - (RGE)
  • 1986 - Benito Di Paula / Instrumental
  • 1987 - Quando a festa acabar - (Copacabana)
  • 1990 - Fazendo paixão - (BMG Ariola)
  • 1992 - A vida me faz viver - (Copacabana)
  • 1994 - Pode acreditar - (RGE)
  • 1996 - Baileiro - (Paradoxx Music)
  • 1999 - Raízes do samba
  • 2009 - Ao vivo - (CD e DVD) (EMI Music)




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