Espinosa, meu éden

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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

3899 - Tristeza geral na Música, morreu Lô Borges

No Dia de Finados, 2 de novembro de 2025, o Brasil perdeu um dos seus mais criativos e prolíficos inventores de belas canções da Música Popular Brasileira. Morreu o mineirinho gente boa Salomão "Lô" Borges Filho. A morte se deu por complicações após uma reação alérgica por uso de medicamentos. Uma pena! E uma perda enorme para quem ama boa música!
Lô é um dos líderes do famoso "Clube da Esquina" que reuniu uma turminha apaixonada por música e amizade que criou lindas canções que se eternizaram no coração das pessoas. Nascido na sua amada capital mineira Belo Horizonte, Lô teve a bênção divina de conhecer um rapazinho um pouquinho mais velho mas com a mesma genialidade para conceber canções, o amigo do peito Mílton Nascimento. Junto com mais gente extremamente talentosa com os acordes e com os versos poéticos, que se encontrava ali no cruzamento das ruas Divinópolis com Paraisópolis, no bairro de Santa Tereza, como Beto Guedes, Toninho Horta, Márcio Borges, Wagner Tiso, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Murilo Antunes, Nivaldo Ornelas, Tavinho Moura, Flávio Venturini e Paulo Braga, Lô fez a música voar e ecoar por todos os cantos do mundo, atraindo a atenção para essa rapaziada sagaz das Minas Gerais. Os álbuns "Clube da Esquina I (1972) e Clube da Esquina II (1978)" encantaram os amantes de lindas canções, trazendo sofisticação e inovação na mistura de ritmos com uma mineiridade singular e uma linguagem poética cativante.   





É uma pena que o tempo passe e a morte chegue para todos nós. Gente assim como Lô Borges, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Chico Buarque e Caetano Veloso, seres humanos diferenciados, com uma aura e um brilho intensos e mágicos, não deveriam sofrer a ação do tempo. Lô se foi agora, deixando seu eterno e querido amigo Milton em uma situação preocupante, com problemas sérios de saúde, o que é triste para quem os ama. Mas o legado que deixa, certamente irá nos consolar por muito e muito tempo.
Lamento até hoje não ter ido ao show de despedida dos palcos de Bituca no Mineirão no dia 13 de novembro de 2022. Assisti pela TV e me emocionei uma meia dúzia de vezes. Mas, felizmente, tive o prazer e o privilégio de assistir a um show do Lô Borges aqui em Montes Claros no dia 18 de maio de 2024, no Centro de Eventos do Parque de Exposições João Alencar Athayde. Ele tocou e cantou alguns dos seus maiores sucessos ao lado dos músicos Henrique Matheus (guitarra e vocais), Robinson Matos (bateria), Renato Valente (baixo) e Felipe D´Angelo (teclados e vocais).
Que o grande Lô descanse na mais completa paz, a mesma paz que ele sempre trouxe aos nossos corações com sua incrível capacidade de criar coisas belas. Obrigado e até um dia!
Um grande abraço espinosense.


3898 - Chico Chico e suas novas canções

Com produção musical do tecladista e arranjador Pedro Fonseca, já está no mundo o terceiro álbum do jovem senhor músico, cantor e compositor carioca de 32 anos Francisco Ribeiro Eller, artista talentoso e carismático que já havia gravado outros dois discos na sua ainda curta trajetória artística sob o codinome Chico Chico (@duasvezeschico), Pomares", de 2021, e Estopim, de 2024. 



A mais nova pérola musical do rapaz vascaíno que passou por uma redescoberta após uma profunda análise que o lançou na sobriedade, vem bilíngue, em Português e Inglês, com 20 canções bem diversas nos ritmos e estilos musicais. É o disco "Let It Burn/Deixa Arder", já disponível nas plataformas de streaming desde 24 de outubro. A capa é assinada pelo designer Christian Proença. São incríveis 20 músicas:
1) "Tanto Pra Dizer" (Chico Chico e Sal Pessoa)
2) "Farsa" (Chico Chico)
3) "Não Carece" (Chico Chico)
4) "Tempo de Louças" (Chico Chico)
5) "Two Mother’s Blues" (Chico Chico)
6) "Lugarzinho" (Chico Chico) - com Richard Scofano
7) "Hora H" (Chico Chico)
8) "Zero Jogo" (Chico Chico)
9) "Parabelo da Existência" (Chico Chico, Helber Quiroga e Oscar Vasconcellos) - com Josyara
10) "Heal Me" (Chico Chico, Pedro Fonseca e Kadu Mota)
11) "Four and Twenty" (Stephen Stills) 
12) "Vila do Sossego" (Zé Ramalho)
13) "Girl From the North Country" (Bob Dylan)
14) "Na Minha Idade" (Sal Pessoa)
15) "A Felicidade (Chico Chico e Sula Turner)
16) "Acaso Inevitável" (Chico Chico e Sal Pessoa)
17) "Canção de Ninar" (Chico Chico e João Mantuano)
18) "Reason to Moan" (Chico Chico, Kadu Mota e André Pereira)
19) "Rita e Luísa" (Chico Chico)
20) "Let it Burn" (Chico Chico)
A música que mais me tocou foi o Blues "Two Mother’s Blues", em que Chico Chico fala sobre a tristeza de ter perdido ainda muito cedo o pai (uma semana antes de ele nascer) e a mãe (aos 8 anos), mas em compensação a vida lhe deu duas mães. Muito lindo.



Caramba, é emocionante demais para eu falar de Chico Chico. Já o amava desde criança, quando vi e senti o enorme amor e cuidado que a mãe tinha por ele. É um menino bonito, com uma aura brilhante, um carisma extraordinário e um despojamento gigante, além de é claro, possuir o talento herdado da saudosa mãezinha que tanta falta faz e que tanta alegria e prazer me proporcionou com sua voz maravilhosa. Então, é só curtir o som do cara e direcionar a ele todas as melhores e mais poderosas energias para que ele consiga conquistar o sucesso, dinheiro e reconhecimento e o mais importante, saúde e paz. Que Deus lhe proteja, Chico Chico! E obrigado pela serenidade que você me traz com sua música e sua energia! Mamãe Cássia deve estar deveras orgulhosa do seu amado Chicão. 
Um grande abraço espinosense.