Retornar às origens é sempre uma oportunidade ímpar e um momento de extremo prazer, mesmo que tal jornada lhe traga, simultaneamente, alegrias e tristezas, ao se deparar com a realidade atual do lugar que se conhece tão bem.
Entre o que me desapontou na volta à minha Espinosa, destacou-se a seca que afeta impiedosamente a economia local, com os rios poluídos e não mais perenes e as barragens do Estreito e da Cova de Mandioca bem vazias. Otimista, havia planejado um relaxante banho no Rio Verde Pequeno e outro no Rio São Domingos, ali no pequeno açude próximo à fazenda de Clóves Cruz, paisagem especial da minha juventude. Não deu ainda, não foi desta vez, mas vai acontecer em breve, eu acredito. A deterioração acentuada da velha Estação Ferroviária também me deixou triste. Mas o que mais me entristeceu nesta peregrinação à minha terra foi testemunhar o envelhecimento, a enfermidade, o sofrimento e a solidão de pessoas por quem tenho tanto amor. Ver pessoas amadas perdendo a saúde, a alegria de viver, a mobilidade, o vigor para o trabalho, o entusiasmo para o lazer e a esperança no futuro, é de doer o coração.
Vamos então para as alegrias. Entre as muitas delas, destaco as mudanças no panorama da cidade com a construção da Praça Yeyé Antunes no Bairro Santos Dumont e o asfaltamento de praças, ruas e avenidas, especialmente a Avenida Minas Gerais. Merece destaque também o bom leque de opções para alimentação e lazer na cidade, com muitos barzinhos e restaurantes com boa comida, preços acessíveis e alguns deles com ótima música ao vivo, como no caso do Pérola Foods, onde assisti com bastante satisfação as apresentações da cantora Hallecia Araújo e do cantor Gutto Diaz.
Mas o mais prazeroso mesmo de voltar a Espinosa é o reencontro com os familiares e amigos. Reencontrá-los e ter o prazer de bater um saboroso e saudável papo, acompanhado de uma cerveja estupidamente gelada como só se vê em Espinosa, é um programa deveras estimulante e gostoso. Alguns desses encontros eu consegui fotografar, outros não. Peço desculpas aos amigos e familiares que encontrei e não registrei o encontro. Em algumas dessas situações eu me distraí e me esqueci de fotografar; em outras simplesmente fiquei com receio de receber uma negativa das pessoas. Perdoem-me, então. Aos amigos que não conseguiram me encontrar, não se preocupem, logo estarei de volta, só não sei quando, isso se Deus me permitir, obviamente. Valeu, minha Espinosa!
Um grande abraço espinosense.
Um grande abraço espinosense.