Ele é um cidadão universal que por acaso pousou na cidade baiana de Salvador num dia 26 de junho de 1942, há exatos 80 anos. Sua trajetória fala por si e dispensa comentários. Tudo sobre ele já foi dito, escrito, produzido.
Gil é gênio e mora no meu coração. Obrigado, Mestre, por tanta alegria e prazer me proporcionados pela sua mente brilhante e criativa em todos esses anos. Que Deus o abençoe e lhe permita viver bem mais anos com boa saúde e clarividência.
Para quem o desconhece, basta ouvi-lo tocar e cantar. É isto que proponho a vocês. Escutem o Gil, e só!
Um grande abraço espinosense.
Esta é uma das canções maravilhosas do Gil de que mais gosto, "Super-Homem, a Canção".
Na pequena cidade de Catolé do Rocha, na Paraíba, nascia no dia 26 de janeiro de 1964 o menino esperto e inteligente que adulto se transformaria em um dos mais inspirados compositores da rica Música Popular Brasileira. O jornalista, músico, cantor, compositor e escritor Francisco César Gonçalves deixou sua cidadezinha no Sertão e foi se formar em Jornalismo na capital paraibana João Pessoa, na Universidade Federal da Paraíba. Dali rumou para a metrópole paulista para trabalhar e alçar novos voos, até finalmente desenredar e aceitar a irrefreável veia artística adormecida em sua alma poética e frutífera. Do à época constante dedilhar do violão saíram as belas composições que desaguariam no primeiro álbum, lançado em 1995, "Aos Vivos", gravado ao vivo no formato acústico com as participações de Lenine e do instrumentista Lany Gordin. Explodiram no gosto do público as canções "Mama África" e "À Primeira Vista", que o catapultaram para o sucesso e a notoriedade. Outros álbuns o sucederam com a mesma qualidade técnica e a mesma profundidade na cultura popular brasileira, com versos lúcidos e afiados e o suingue contagiante. Em 1996 lançou o segundo disco, "Cuscuz Clã". O terceiro, "Beleza Mano", aprofundou-se na cultura negra e contou com participações especiais do cantor e compositor Lokua Kanza, do Congo, e do coral negro da Família Alcântara, do maestro, compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro Paulo Moura, além dos rappers Thaíde e DJ Hum. "Mama Mundi", lançado em 2000, vem com sua foto de rosto detrás de um estiloso par de óculos na capa e canções de alta sensibilidade no teor. Dois anos depois, veio o quinto trabalho de estúdio, o álbum "Respeitem Meus Cabelos, Brancos", reafirmando com propriedade e firmeza sua bela natureza negra. A produção foi do inglês Will Mowat, com participações especiais de Nina Miranda e Chris Franck, integrantes da banda Smoke City.
O sexto disco saiu do forno em novembro de 2005, com o nome "De Uns Tempos Pra Cá". Um ano depois lançou o DVD "Cantos e Encontros de Uns Tempos Pra Cá", gravado durante show no Auditório do Ibirapuera, na capital paulista.
Para animar o povo e colocá-lo para dançar com alegria e malemolência, gravou em 2008 o disco dos três "F", "Francisco Forró y Frevo", focando o trabalho nos ritmos brasileiríssimos que animam as maiores festas populares do Brasil, utilizando sem moderação a sua criatividade de misturar tudo com facilidade e perícia. Outro DVD veio em 2012, "Aos Vivos Agora".
Depois de um hiato de oito anos sem lançamento de canções inéditas, Chico criou o "Estado de Poesia" em 2015, trazendo de tudo um pouco: Reggae, Frevo, Toada e Samba. Com este repertório gravado ao vivo e lançado em 2017, Chico César ganhou o Prêmio da Música Brasileira 2018 na categoria melhor álbum de Pop/Rock/ Reggae/ Hiphop/ Funk com o disco "Estado de Poesia – Ao Vivo".
Em 2019 ele lança um petardo crítico ao país afundado na escuridão, o álbum "O Amor É um Ato Revolucionário", contendo 13 faixas, todas de sua autoria.
Com toda sua inquietude à flor da pele, o artista paraibano não para de produzir música. Idealizou juntamente com o cantor e compositor Geraldo Azevedo em 2019 a turnê "Violivoz", que voltou à estrada em outubro de 2021, após uma pausa por conta da pandemia.
A inédita canção "Vestido de Amor" é o primeiro single do seu décimo álbum de estúdio que será lançado em setembro. A música foi gravada nos Studios Ferber, produzida e mixada pelo produtor francês Jean Lamoot e com as performances de Zé Luís Nascimento (na bateria), Jean-Baptiste Soulard (na guitarra) Natalino Neto (no baixo), Albin De Ll Simone (nos teclados) e o quarteto Aestesis no coral formado por Abel Zamora, Céleste Lejeune, Camille Chopin e Jonas Mordzinski. O vídeo da música totalmente alto-astral tem a magnífica participação da bela Fantine Camus.
Chico César é um poeta universal, mas com tamanha criatividade que não se restringe em uma única atividade. Ele tornou-se escritor de múltiplos públicos, lançando um livro de poemas eróticos e outro de contos para crianças. O compositor é um cidadão e artista do mundo que além do talento musical e o amor incondicional à música e à arte, também batalha por um mundo mais justo socialmente, sempre se posicionando abertamente contra a ignorância e a injustiça. Vida longa e sucesso ao artista popular do mundo, Chico César!
Um grande abraço espinosense.
VESTIDO DE AMOR Chico César
Eu vou vestido de amor Para o amor encontrar O corpo leve em voo E a alma flutuar
O sol e a lua que sou E as estrelas, quiçá A luz profunda do amor Que junta o céu e o mar
O que me veste é tão leve Leva a mansidão de amar A imensidão de ser vida viva Para o amor encontrar
Se vem comigo me diga, digo Sinto a energia do ar Um fogo novo eterno antigo Que nunca vai apagar