Espinosa, meu éden

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terça-feira, 31 de maio de 2022

2972 - "Hoje Eu Sei" que a Vanessa da Mata tem uma voz divina

Vanessa Sigiane da Mata Ferreira nasceu em um lar humilde de uma pequenina cidade do Mato Grosso de nome Alto Garças no dia 10 de fevereiro de 1976. Desde pequena descobriu o encantamento pela música, que seria sua profissão lá adiante. O caminho percorrido desde então foi pedregoso, com aprendizados constantes em vários projetos musicais em bandas ou em carreira solo, de Uberlândia onde morou na juventude, passando por São Paulo até chegar à Cidade Maravilhosa. O reconhecimento do talento enfim chegou, após o início da amizade e da parceria com o grande Chico César, com a composição conjunta de "A Força Que Nunca Seca", gravada pela suprema Maria Bethânia. A qualidade das suas composições abriu oportunidades de tornar-se conhecida e de receber convites para participações especiais em apresentações de ícones da MPB como Mílton Nascimento, Bethânia e Baden Powell. Trabalho aplaudido, era hora de alçar o voo solo. E o sucesso veio com o primeiro álbum lançado pela Sony em 2002, batizado com seu nome. "Não Me Deixe Só", "Onde Ir", "A Força Que Nunca Seca", essas músicas lindas confirmaram a força e a beleza do talento ímpar da compositora e a formosura de uma afinada e estupenda voz de mezzo-soprano. Os álbuns lançados adiante, as turnês pelo país e as músicas incluídas em trilhas sonoras de novelas de TV só amplificaram o seu trabalho musical, desaguando no amor do público e no reconhecimento dos críticos. 
 


Discografia
Ano   - Álbuns
2002 - Vanessa da Mata
2004 - Essa Boneca Tem Manual
2007 - Sim
2009 - Multishow Ao Vivo
2010 - Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias
2013 - Vanessa da Mata canta Tom Jobim
2014 - Segue o Som
2017 - Caixinha de Música (Ao Vivo)
2019 - Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina 

Vanessa da Mata voou em plena liberdade, fez parceria com Gilberto Gil em "Quando Amanhecer", gravou disco cantando a obra de Tom Jobim, explodiu de sucesso com a maravilhosa parceria com Ben Harper no hit "Boa Sorte/Good Luck", foi premiada com o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro, com "Sim", escreveu livros como "A Filha das Flores", cantou com Ivete Sangalo no trio elétrico no Carnaval de Salvador e teve a honra de, a convite da Portela, representar a cantora Clara Nunes na avenida, em seu desfile em homenagem à Bahia em 2012. 
Há duas semanas, Vanessa da Mata disponibilizou mais um vídeo no YouTube, desta vez da canção "Hoje Eu Sei", com roteiro seu e direção de Bruno Fioravanti. A canção é uma composição em parceria de Vanessa com Jonas Myrin e trata da necessidade da aceitação do eu interior, do autoconhecimento, da transformação da alma e da desconexão de gentes e coisas negativas. O cenário é belíssimo, as cavernas do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães na cidade de Pedras, no Mato Grosso. A música integra o mais recente álbum da cantora, de 2019: "Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina".



Superadas as angústias da adolescência e em paz consigo mesma, a diva Vanessa continua sua trajetória musical compondo, cantando e levando sua música e sua voz estupendamente linda a todos os cantos do Brasil, espalhando paz, amor, luz, prazer e esperança de dias melhores. Sob a proteção dos orixás, ela mostra o caminho a ser seguido por todos nós: "Que o mundo está doente, todos sabem, mas não tratam, o mundo precisa de mais amor por favor". É isso! Como já nos diziam Ronaldo Bastos e Beto Guedes: "A lição sabemos de cor, só nos resta aprender".
Um grande abraço espinosense


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"Hoje Eu Sei"
Vanessa da Mata e Jonas Myrin

A minha vida hoje eu sei
Quem é dor, quem é luz, quem é fuga
Quem estraga ou quem estrutura
Quem é adubo, terra ou rosa
Hoje eu sei quem é conto, romance ou prosa
O silêncio amigo ou a cobra
Só não sei quem é o mistério
 
Ninguém me ensinou a amar
Me cuidar ou escolher 
Das sutilezas entre tédio e paz
Sempre acompanhada e só, 
Merecia muito mais, de mim mesma
 
O tempo entregou você
Depois que aprendi dizer não
E retirei o que me atrasava
 
Limpei minha estrada antiga
Mudei minhas velhas formas
Fiz a faxina pra você entrar
 
Ninguém me ensinou a amar
Me cuidar ou escolher 
Das sutilezas entre tédio e paz
Sempre acompanhada e só, 
Merecia muito mais, de mim mesma
 
O tempo entregou você
Depois que aprendi dizer não
E retirei o que me atrasava
 
Limpei minha estrada antiga
Mudei minhas velhas formas
Fiz a faxina pra você entrar
 
Lá, lá, lá...
 
Aonde a fome vivia
Joguei minhas cores fartas 
E como a natureza é sábia
Tem mazelas, mas tem cura
A solidão fazia casas
Plantei minhas jaboticabas lá