Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

terça-feira, 17 de maio de 2011

130 - Espinosenses pelo mundo: Catarino Cardoso dos Santos

Andei procurando na Internet por espinosenses ilustres espalhados pelo mundo. E encontrei alguns. Hoje registrarei a história de um deles, que se tornou o primeiro prefeito da cidade de Cacoal, em Rondônia. Muitos filhos de Espinosa mudaram-se para Rondônia, na década de 70, quando o governo brasileiro lançou uma campanha para atrair desbravadores para povoar a região. Um desses bravos colonizadores da floresta era o Sr. Catarino Cardoso dos Santos, que se tornou o primeiro prefeito da cidade. A seguir, um pouquinho da história da cidade rondoniense. Fonte: http://www.cacoal.ro.gov.br/
Bandeira da cidade de Cacoal, em Rondônia

Vista do centro da cidade de Cacoal
Cacoal é a quarta maior cidade do Estado de Rondônia. A cidade surgiu com a implantação do Projeto Integrado de Colonização PIC Gi-Paraná, em 1972. Foi elevada à categoria de Município no dia 11 de outubro de 1977 e sua instalação ocorreu no dia 26 de novembro do mesmo ano. Está situada na porção mais à leste da região central do Estado.
A vila de Cacoal surgiu na década de 60, quando se iniciou a abertura da BR-364, mas a denominação da região existe desde o tempo de Marechal Rondon. Conta o professor e historiador, Amizael Gomes da Silva, no livro: “No Rastro dos Pioneiros: um pouco da história de Rondônia”, que Rondon teria recomendado ao guarda-fio Anízio Serrão, que construísse uma casa e requeresse o local próximo à margem do rio Machado, onde havia notado grande quantidade de cacau nativo. Serrão requereu o local para si e denominou-o Cacoal. Isso ocorreu em 1912.
Cacoal está localizada na porção centro-leste do Estado, na microrregião de Cacoal e na mesorregião do Leste Rondoniense.
Vista aérea da cidade de Cacoal-RO

Prédio da Prefeitura Municipal de Cacoal

Praça no centro de Cacoal

Parque Sabiá, opção de lazer para os cacoalenses
Localiza-se a uma latitude 11º26'19" sul e a uma longitude 61º26'50" oeste, estando a uma altitude de 200 metros. Possui uma área de 3.793 km² representando 1,6% do Estado. Seu território tem como limite as cidades de Presidente Médici ao noroeste, Espigão d'Oeste ao leste, Castanheiras e Ministro Andreazza ao oeste, Pimenta Bueno ao sudoeste e Rolim de Moura ao sul.
Sua população, de acordo com o censo do IBGE 2008, é de 76.155 habitantes. O município é uma parte do Brasil representada pelo seu povo oriundo da maioria dos estados, principalmente Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais e dos estados do Nordeste. As etnias indígenas, habitantes que já estavam aqui na época da ocupação da região, dão o toque especial das misturas de raças que faz de Cacoal um pedacinho original do Brasil.
Quem conhece Cacoal hoje, dificilmente imagina que um dia, não muito longe, isso aqui foi uma região inóspita, onde crianças sequer bebiam leite, pois até 1960 não existia vaca na região. Hoje, são cerca de 400 mil cabeças e estima-se uma produção diária de 90 mil litros de leite.
Conforme relatos de seringueiros, as mercadorias básicas eram sal, farinha de mandioca, fumo e munição. Poucos conseguiam comprar outros produtos, como açúcar, café, feijão e arroz. Esses produtos eram privilégios apenas de alguns. As mercadorias eram adquiridas em Manaus e Porto Velho, onde se comercializava a borracha. Existiam também os marreteiros que percorriam os rios e trocavam as mercadorias por borracha, diamantes e ouro. Os marreteiros passavam poucas vezes por ano e quando a mercadoria acabava os moradores recorriam a alimentação alternativa como a caça, a pesca, entre outras. Há relatos que o saco da embalagem do sal era fervido para aproveitar os últimos resquícios do produto e a água era utilizada nos alimentos para dar gosto. Mulheres retiravam leite de castanha-do-pará para dar às crianças, mas muitas adoeciam com febre forte, diarréia e vômitos. O remédio era erva que muitas vezes não funcionava e muitas crianças não resistiam e acabavam morrendo.
São relatos assim que retratam a saga de inúmeras famílias que em nome de um sonho sacrificaram-se para a geração de hoje usufruir. De 7.500 habitantes, em 1975, o município saltou para 76.155 (IBGE de 2008). Hoje, dezenas de farmácias, duas faculdades e duas universidades, além de dezenas de escolas de pré-escolar, de ensino fundamental e médio, inclusive na área rural, não nos deixam esquecer da primeira professora Coleta Machado de Almeida, entre tantos outros empreendedores privados e sociais que ajudaram a construir Cacoal, a Capital do café.

Sr. Catarino Cardoso dos Santos
Catarino Cardoso dos Santos, 1° prefeito de Cacoal
Agricultor, nasceu em Espinosa, Minas Gerais, no dia 16 de junho de 1920. Radicou-se em Cacoal em 1973. Tornou-se um dos líderes da comunidade e em 26 de maio de 1974 foi nomeado administrador da Vila de Cacoal. Em 11 de outubro de 1977, a Vila de Cacoal passa a categoria de Município, quando então é nomeado como primeiro prefeito. Permaneceu no cargo até 19 de abril de 1978.

353 - Zé Cobrinha subiu aos céus azuis de Espinosa

Acabo de saber, através do Facebook, do falecimento do grande espinosense José de Sá, mais conhecido como Zé Cobrinha, personagem dos mais queridos da nossa comunidade. Em sua homenagem, republico aqui umas postagens sobre ele e um vídeo feito pelo Zé Lúcio com uma entrevista com ele. Vai deixar muitas saudades! O bom é que enquanto esteve entre nós, ele só distribuiu balas aos meninos e alegria aos nossos corações com a sua presença de espírito e as suas histórias engraçadíssimas. Que DEUS o acolha bem.
Um grande abraço espinosense.

Postagem publicada em 17 de maio de 2011

Começo hoje a publicar algumas histórias e "causos" acontecidos em nossa cidade. São situações interessantes, embaraçosas, algumas engraçadas, outras nem tanto, mas que mostram a verdadeira história de muitos de nós, espinosenses. Em algumas delas eu era parte integrante do cenário. Talvez a memória falhe em algum momento e os relatos não tenham acontecido exatamente como descritos aqui, mas aceito humildemente as correções. Em alguns casos, pode ser que a ficção se misture à realidade, pode ser. Para evitar possíveis constrangimentos e reações adversas, usarei em alguns casos nomes fictícios dos protagonistas e coadjuvantes. Espero que gostem, comentem e mandem também seus "causos". Um grande abraço espinosense.

Vou iniciar estes "causos" com uma história contada pelo próprio personagem, razão pela qual irei divulgar o seu nome. Personagem alíás dos mais famosos e interessantes da nossa história: Zé Cobrinha.
Considerado o maior mentiroso da cidade, ele adora contar causos um tanto quanto extravagantes, mas sem nenhuma maldade ou danos a qualquer pessoa. Apenas umas boas potoquinhas, que não fazem mal nenhum, apenas desintoxicam a mente. 
Com sua grande fama de potoqueiro inveterado, Zé Cobrinha estava passando tranquilamente na rua, quando alguém lhe chama e faz uma proposta quase irrecusável:
_ Zé, eu lhe dou dez reais pra você contar uma mentira agora.
Sem vacilar, imediatamente o sério Zé Cobrinha responde:
_ Eu não, Sêo Rodolfo acabou de me oferecer cem reais agorinha mesmo ali na esquina e eu não quis.

Zé Cobrinha é o "Cara".  Coisas de Espinosa!
O famoso Zé Cobrinha ao lado de João Carlos, Eustáquio e Zinho

Postagem publicada em 3 de novembro de 2011

Uma verdadeira unanimidade na cidade, o motorista aposentado José de Sá, o famoso Zé Cobrinha, com 83 anos recém completados, é uma figura extremamente carismática, popular e admirada por todos. Com fama de ser o maior mentiroso da cidade, o que não é verdadeiramente falso, suas histórias alegram a todos aqueles que tem o privilégio e a alegria de usufruir da sua excelente companhia. É fácil encontrá-lo sempre ali próximo ao "corte" da linha férrea, disputando suas partidinhas de buraco com os amigos e esbanjando alegria e bom-humor. Gente da melhor qualidade.

PERFIL:
Nome completo: José de Sá
Filiação: João Batista de Sá e Maria Ursina de Andrade
Local e data de nascimento: Espinosa-MG, aos 15 de outubro de 1928
Estado civil: solteiro
Time do coração: Cruzeiro
O que mais gosta: jogar buraco e dar balas para a meninada
O que mais detesta: bebida, cigarro
O melhor de Espinosa: o povo da cidade
O pior de Espinosa: nada
Estilo musical: não gosta de música