Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

2752 - Que tempos são estes, meu Deus?

Pode ser que em tempos idos, ainda sem a conexão atual a essa tecnologia estupenda que nos facilita o acesso em tempo real às mais diversas informações ocorridas no mundo inteiro, muita coisa trágica acontecida no planeta, e especialmente em nosso país, não chegasse ao nosso conhecimento. É muito provável isso. Mas é assustador e terrível para mim, deparar com algumas notícias de crimes os mais inacreditáveis divulgados pela imprensa nos últimos dias. 
Se já não bastassem os tantos covardes crimes de feminicídio que estampam as manchetes na mídia diariamente no Brasil, sobretudo aqui na nossa região Norte-Mineira, e os reiterados casos de racismo e homofobia, com agressões violentas e assassinatos de pobres jovens inocentes, agora passamos a nos assombrar com seguidos crimes violentos e inconcebíveis ocorridos no seio familiar. Não gostaria de estar aqui escrevendo sobre assunto tão desolador e delicado, mas é muito importante expor as vísceras de uma sociedade doente e podre para que possamos parar, refletir profundamente e compreender amplamente sobre o que estamos fazendo das nossas existências e das vidas de outrem. Essa violência exacerbada pode parecer distante para alguns, mas quem garante que um dia ela não se voltará contra eles também?
Nos últimos dias, fatos chocantes ocorreram no Brasil. Em um condomínio de classe alta de Valinhos (SP), um cidadão de 42 anos, amante de carros de luxo e de armas de fogo, foi morto pelo filho de apenas 15 anos, em suposta legítima defesa. O garoto e sua mãe eram vítimas constantes de violência psicológica e física do empresário. Em Vila Velha (ES), um jovem estudante de Medicina de 22 anos, com problemas psiquiátricos, matou os pais a facadas e em seguida cometeu suicídio. Deixou espelhos e portas da casa com inscrições de cruzes e o número 666, conhecido como o número da besta, além de frases apocalípticas. Em São Paulo (SP), uma mãe de 37 anos foi presa após matar o próprio filho de três anos, por asfixia, supostamente em um surto psicótico. Em Imbé (RS), outro absurdo. Um garotinho de sete anos está desaparecido, supostamente assassinado pela mãe e sua companheira, jogado nas águas do Rio Tramandaí. O garoto era espancado e amarrado com uma corrente para não sair de casa. Ainda era obrigado pela mãe a escrever em um caderno, frases ofensivas contra si próprio, tais como "Eu sou um idiota" e "Eu sou um filho horrível".
Como entender e aceitar que crimes tão cruéis, violentos e lamentáveis sejam cometidos no seio familiar? Onde foram parar a harmonia, a paz, o entendimento, a paciência, o amor, que deveriam prevalecer em um lar? Casos horrendos assim sempre aconteceram no mundo, a diferença é que agora, com o acesso fácil às informações, a gente toma conhecimento em tempo real, o que nos choca e nos deixa desnorteados com tamanha violência, desequilíbrio e desamor.
Aos pais, mais do que nunca é preciso amar verdadeiramente e conversar serenamente com os filhos, entender suas carências e dificuldades, apoiar seus talentos e habilidades, acompanhar suas atividades, ampará-los nos momentos difíceis e ensiná-los, desde pequenininho, a respeitar os demais e suas diferenças, sempre na cultura da paz e da convivência harmoniosa.
Um grande abraço espinosense.   



2751 - Thathi, "Igual Não Tem"

Nesses tempos sombrios de tantas vicissitudes, disparates contínuos e duras perdas humanas em série, parte disso fruto da imbecilidade e perversidade humanas, para não cairmos no abismo da depressão e da desesperança profundas, temos que nos oxigenar de mente, coração e alma com um dos melhores e comprovados remédios contra tão devastadores males, a música.
Para recuperar a sanidade, a alegria e a esperança em dias melhores, nada melhor que uma boa e linda canção como esta composição de Tatiane Alves da Silva e Renata Faustini de nome "Igual Não Tem".
Desde pequena, a música esteve presente na vida da menina baiana de Feira de Santana Tatiane Alves da Silva, cantora, compositora e produtora musical, que aos sete anos de idade já cantava em banda infantil. Tempos depois aprimorou o talento com a guitarra e o vocal em bares e shows em eventos. Tornou-se uma multi-instrumentista respeitada e aos poucos vai conquistando seu espaço no cenário musical brasileiro. Gravou com Herbert Vianna, Isabela Taviani e Saulo Fernandes. Teve a dádiva e a honra de dividir o palco com nomes consagrados da MPB como Caetano Veloso, Djavan, Nando Reis e Zeca Baleiro. Musicou o lindo poema "Recomece", do poeta e cordelista Bráulio Bessa, gravado com participação de Ana Vilela, e agora lança mais uma maravilhosa canção de nome "Igual Não Tem", com a sempre presente temática do Amor.
Thathi tem dois álbuns gravados, "Thathi Por Cima" e "Habithathi", e dois EPs, "Não Sei Se Te Contei" e "Tudo Que Já Estava Escrito Sobre O Amor". 
Para ampliar a esperança e acalentar o coração, nada como a música encantadora da baiana porreta.
Um grande abraço espinosense.
 



"Igual Não Tem"
Tatiane Alves da Silva e Renata Faustini

Eu que não acreditava mais no amor pra sempre
Que não imaginava conhecer mais gente
Igual a você, não tem ninguém
Eu que já estive em tantos lugares
Que tive alguns amores e tantos olhares
Igual ao seu, não tem mais ninguém
Joia rara, eu te vejo
Bem real, meu desejo
Minha calma, meu sossego
O seu beijo, meu apego

Amor, amor, amor, amor, amor, aaaaamor
Amar você é diferente
Você é o meu presente
Amor, amor, amor, amor, amor, aaaaamor
Igual a você, não tem ninguém

Eu que não acreditava mais, aconteceu
Surpreendentemente o amor me convenceu
Que igual a você, não tem mais ninguém
Joia rara, eu te vejo
Bem real, meu desejo
Minha calma, meu sossego
O seu beijo, meu apego

Amor, amor, amor, amor, amor, aaaaamor
Amar você é diferente
Você é o meu presente
Amor, amor, amor, amor, amor, aaaaamor
Igual a você, não tem ninguém

   



Um encontro com o grande Herbert Vianna, líder dos Paralamas do Sucesso.