Nesta sexta-feira à tardinha, vagabundeando em casa após mais um dia de trabalho, tive a grata satisfação de ser surpreendido com a visita do meu amigo-irmão da Turma da Resina, Mílton Barbosa, com o intuito de me presentear com uma edição do seu primeiro livro de poesias, recém lançado: "Meu Sertão, Vida e Sonhos". Estava em sua companhia meu amigo jornalista Wagner Oliva, de "O Jornal de Espinosa".
Um tempo atrás recebi, muito honrado, o convite para escrever a "orelha" do seu livro, ainda em produção. Não tive a menor dúvida, aceitei prontamente, mesmo com o receio de não possuir competência suficiente para a tarefa. Mas falar dos amigos e de suas realizações é sempre um prazer enorme, e eu não poderia me furtar a assumir esse compromisso.
Para prefaciar o seu livro, Mílton entregou a responsabilidade a um espinosense ilustre, de notável capacidade intelectual, Zé Lúcio Antunes, que, como sempre, demonstrou toda a sua sensibilidade e saber.
Na sua primeira obra literária, o dedicado cidadão espinosense Mílton Barbosa Lima, que divide seu tempo em várias áreas, desde o empreendedorismo até a política, teve a boa ideia de reunir e publicar 51 (cinquenta e um) poemas de sua autoria, que manifestam toda a sua sensibilidade para com os familiares, amigos e a terra onde nasceu.
No âmago dos seus versos, estão explicitados o amor aos filhos, à mãe, à esposa, ao pai, à neta, aos amigos, à nossa Espinosa e sua gente. Da sua generosidade gigante, há espaço para homenagens aos tropeiros de outrora, ao poeta baiano que partiu deixando saudades, ao Rio Verde que luta bravamente contra os predadores insensatos, à mais bela escola da cidade, à incansável senhora missionária dos ensinamentos de Cristo, ao jovem e humilde atleta que nos traz tamanho orgulho e ao meu saudoso menino que se foi abruptamente em direção ao Senhor.
As palavras, assim como as ações, deveriam ser sempre assim, direcionadas para a disseminação da paz, da harmonia e do amor. No livro de Mílton, esses sentimentos estão dispostos em abundância, para nosso deleite.
Para os que tem dificuldade de visualizar as coisas sem conotação ideológica, um pedido. Esqueçam o desencontro de ideias, de opiniões, de opções políticas, de paixões futebolísticas, de escolhas religiosas. Leiam esta publicação com a alma liberta de preconceitos, de cobranças, de hostilidade injustificada, de divergências quaisquer, mas tão somente com a boa vontade de entender os sentimentos que passeiam suavemente no coração de um homem comum, com todas as suas imperfeições, mas também e sobretudo, com os mais sublimes sentimentos humanos.
Um grande abraço espinosense.