Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

domingo, 31 de maio de 2020

2422 - Canção do 14 Bis, álbum de Lady Gaga e a despedida de Evaldo Gouveia

O Brasil e a Música Popular Brasileira perderam anteontem um dos seus mais talentosos e fecundos compositores. Faleceu no dia 29 de maio em Fortaleza, aos 91 anos, o cantor, compositor e músico cearense Evaldo Gouveia, criador de numerosas e famosas canções, muitas ao lado do grande parceiro Jair Amorim, já falecido. Entre suas tão apreciadas e conhecidas canções estão "Alguém Me Disse", "Que Queres Tu de Mim", "O Trovador", "Brigas", "Bloco da Solidão", "Sentimental Demais" etc. 

"Vamos beber, vamos cantar
Por que viver
É uma eterna despedida..." (Mesa de Bar)


"Serenata da Chuva"
Evaldo Gouveia e Jair Amorim

Só lá fora à chuva que cai
Só eu pego o meu violão
Ah, tanjo o bordão e esta canção, tão triste sai

Sou um seresteiro à sonhar, só sem ter ninguém sem luar
Canto e a chuva fria cai, canto nesta noite assim
Chove solidão, dentro de mim

Onde andará, neste momento o meu amor, em que pensará
Longe de mim, sem meu calor
Tão sozinho agora estou, canto e a chuva não tem fim
Chove esta saudade, sobre mim

Canto e a chuva fria cai, canto nesta noite assim
Chove esta saudade, sobre mim






Comemorando seus 40 anos de estrada na Música Popular Brasileira, a banda mineira 14 Bis lançou em abril uma canção inédita após 14 anos. A música "Estrela do Dia (Mariana)", composição de Sérgio Magrão e Cezar de Mercês é o primeiro single do CD e DVD "14 Bis Acústico Ao Vivo", projeto criado para comemorar os 40 anos de carreira do grupo que deverá ser lançado ainda este ano. 

"Estrela do Dia (Mariana)"
Compositores: Sérgio Magrão e Cezar de Mercês

Mariana
Mariana
O teu olhar
Me chama
Clareando
O meu sonho
Teu beijo é um sopro de vida.
Na espuma branca, dos mares, do tempo,
É a tua imagem, que vem me guiar!

Brilha o sol na neblina,
É a luz que ilumina, o meu sonhar!
Brilha Estrela do Dia, doce melodia.
Despertar!





Em um estilo completamente diferente dos artistas anteriormente citados, a estrela da música Pop Lady Gaga lançou anteontem seu mais novo álbum, o sexto de estúdio, denominado "Chromatica". São várias faixas com o mais dançante Pop e algumas participações especiais, uma delas com o ícone Elton John. A artista inglesa afirmou que o álbum contém músicas divertidas e enérgicas, e quer apenas que as pessoas dancem e se sintam felizes, esquecendo das dores do mundo.
Músicas do álbum "Chromatica":
1) Chromatica I
2) Alice
3) Stupid Love
4) Rain On Me (feat. Ariana Grande)
5) Free Woman
6) Fun Tonight
7) Chromatica II
8) 911
9) Plastic Doll
10) Sour Candy (feat. BLACKPINK)
11) Enigma
12) Replay
13) Chromatica III
14) Sine From Above (feat. Elton John)
15) 1000 Doves
16) Babylon.






"Free Woman"
Lady Gaga

(I'll remember that, I'll remember that)
(I'll remember that, that I)
(I'll remember that, I'll remember that)
(I'll remember that, that I)

I walk the downtown, hear my sound
No one knows me yet, not right now
But I am bound to set this feeling in motion
I walk the downtown, hear my sound

I say that I want it, want it (Be free)
Don't fight it, fight it
But if I'm gonna go for it
I'll remember that, that
I say that I want it, want it (Be free)
Don't fight it, fight it
But if I'm gonna go for it
I'll remember that, that I

I'm not nothing without a steady hand
I'm not nothing unless I know I can
I'm still something if I don't got a man
I'm a free woman, oh-oh (Be free)[Post-Chorus]
Oh yeah
(Be free)

This is my dancefloor I fought for
A heart, that's what I'm livin' for
So light up my body and kiss me too hardly
We own the downtown, hear our sound

I say that I want it, want it (Be free)
Don't fight it, fight it
But if I'm gonna go for it
I'll remember that, that
I say that I want it, want it (Be free)
Don't fight it, fight it
But if I'm gonna go for it
I'll remember that, that I

I'm not nothing without a steady hand (I'm a free woman)
I'm not nothing unless I know I can (I'm a free woman)
I'm still something if I don't got a man
I'm a free woman, oh-oh (Be free; c'mon, woo)[Post-Chorus]
I'm a free woman
I'm a free woman (Be free)
I'm a free woman
I'm a free woman, oh-oh (Be free)
Oh yeah (I'm a free woman)

I'm not nothing without a steady hand (I'm a free woman)
I'm not nothing unless I know I can (I'm a free woman)
I'm still something if I don't got a man
I'm a free woman (Oh), oh-oh (Be free)

Um grande abraço espinosense.

terça-feira, 26 de maio de 2020

2421 - A importância do Abraço

Dia desses foi Dia do Abraço. Mas que dia não é dia do abraço? Que dia não é dia de amar os seres humanos como a nós mesmos? Que dia não é dia de amar as pessoas como se não houvesse amanhã? Que dia não é dia de espalhar carinho, exercer a solidariedade e praticar a empatia? Que dia não é dia de saudar e agradecer a vida, dádiva maior que Deus nos deu?
Nesse triste cenário de separação e afastamento forçado das nossas pessoas mais amadas, por conta da pandemia do Coronavírus que afeta o mundo inteiro, os abraços foram praticamente banidos da nossa convivência diária. Mas se os abraços não podem nem devem ser realizados temporariamente, o amor e o carinho continuam firmes e fortes. E os abraços virtuais podem ser realizados sem moderação. Foi com essa ideia na cabeça que o cantor e compositor baiano Del Feliz lançou uma nova versão de sua canção "Pra Gente Se Abraçar", para divulgar o projeto "São João na Rede", uma série de lives a serem realizadas no período junino, já que os shows estão proibidos de acontecer no momento, por conta do isolamento social. O projeto foi idealizado por Climério de Oliveira e o clipe conta com a participação especial de Elba Ramalho, que canta ao lado de Del, e com imagens de vários artistas nordestinos, como Gilberto Gil, Lucy Alves, Margareth Menezes, Waldonys, Tom Oliveira, Flávio José, Genival Lacerda, entre outros.
Para quem não conhece, o cantor e compositor Del Feliz Ramos de Oliveira Santos nasceu no povoado de Barreiros, na cidade baiana de Riachão do Jacuípe. Influenciado pela mãe e pelos tios amantes da música, tornou-se um artista popular e devoto do Forró. Na vida, fez de tudo um pouco até se transformar em músico reconhecido. Foi catador de lixo, radialista, feirante, ajudante de pedreiro, ajudante de padeiro, pintor, faxineiro, diarista, balconista, fotógrafo, administrador, camelô. Mas jamais desistiu e conseguiu se firmar na carreira de músico, já tendo lançado 19 CDs e 3 DVDs, chegando a participar do programa The Voice Brasil, da TV Globo.
Se a gente não pode se abraçar em pele, carne e osso, que seja virtualmente, mas jamais deixando de construir e aproveitar dos prazerosos contatos carnais e amorosos. Viva o Abraço e viva o Forró!
Um agradecimento especial à minha querida amiga e ex-colega de trabalho, Regina Oliveira Magalhães, que me enviou o vídeo.
Um grande abraço espinosense.



sábado, 23 de maio de 2020

2420 - O Santa Cruz de Betão

O ex-prefeito Florindo Silveira Filho, conhecido carinhosamente como Betão, sempre foi um entusiasta do esporte em Espinosa. Ele comandou por um longo período uma das equipes mais conceituadas na história do futebol espinosense, o Santa Cruz, lá por volta dos anos 70, quando o chamado esporte bretão entusiasmava a população nas tardes de domingo no Campão. A rivalidade entre o seu Santa Cruz e o Espinosense parecia algo como Atlético e Cruzeiro na cidade, com torcedores fanáticos de lado a lado. Tive o prazer de acompanhar muitos jogos de ambas as equipes no Campão, espaço que deixou de existir para dar lugar ao nosso Mercado Municipal durante a administração do prefeito Paulo Cruz. 
Esta fotografia que publico abaixo foi me passada pelo amigo Iury Silveira, filho de Betão, e mostra o time do Santa Cruz com uma formação completa, com titulares e reservas. Entre os titulares, três dos maiores craques que eu vi jogar em Espinosa: os meio-campistas Sidney e Roberto Pé-Duro e o zagueiro Téo. É claro que há outros grandes jogadores na imagem, mas estes três citados são os melhores, na minha modesta opinião. Não posso deixar de registrar o meu prazer de poder ter jogado ao lado de todos eles, de outra geração e já veteranos, mas ainda com a velha habilidade e qualidade técnica. Serão eternamente meus ídolos. Uma pena que Téo (assim como Paulão e Bertoldo) já não esteja mais entre nós. Bons tempos! Boas lembranças! Bons momentos!
O meu agradecimento ao Iury pela grande colaboração ao nosso blog. Valeu!
Um grande abraço espinosense.   


Santa Cruz - Péba, Roberto, Dai, Roberto Pé-Duro, Lelo, Téo, Paulão, Merindão, Lucídio e Betão;
N/I, N/I, Tarcísio, Bertoldo, Valdomiro, Sidney, Dim e N/I.
Téo, Paulão e Bertoldo já não estão entre nós. N/I = Não identificado.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

2419 - Penosos tempos virulentos

Aprisionado voluntariamente em casa, ao lado da esposa Cléa e dos amigos fiéis Martin, Hunter e Nina, e seguindo racionalmente as recomendações da Organização Mundial de Saúde, dos Cientistas e dos Médicos, a gente acaba por refletir cada vez mais profundamente sobre a Vida, a Morte, o Destino, a Razão e a Esperança em um Futuro cada vez mais incerto e imprevisível.
Dessas conjecturas saíram esses modestos versos sobre o desolador e terrificante cenário que vivenciamos no Brasil e no mundo, em que a loucura tenta mais uma vez vencer a Sensatez, que a hipocrisia tenta vencer a Verdade, que a desumanidade tenta vencer o Amor, que uma doença sorrateira tenta vencer a Vida. Sem sucesso, eu espero! E que Deus nos livre de todo o mal!
Um grande abraço espinosense.





Uma Prece à Esperança, Um Chamado à Metamorfose Humana

Eis que de repente apareceu a pandemia
Estraçalhando sonhos, ceifando vidas
Espalhando medo, criando dicotomia
Distanciando pessoas, gerando feridas

Estupefatos, encaramos de frente a tragédia
Causada por um novo vírus, desconhecido
Ainda sem solução em nenhuma enciclopédia
Sem vacina, sem remédio ainda sabido

O Coronavírus pegou-nos a todos de surpresa
Alastrando-se rapidamente por todo o mundo
Espalhando por todo canto dúvida, dor, tristeza
Com milhares de pessoas em estado moribundo

Tivemos que nos adequar inevitavelmente à situação
Ficando em casa, assustados, tristes, enclausurados
Protegendo as nossas e demais famílias, em oração
Enquanto os milhares de contaminados são cuidados

Enquanto poucos mostram sua terrível face
De pouco ou nenhum apreço à vida humana
Descobrimos, orgulhosos, gente de alta classe
Que se dedica com amor aos irmãos em luta insana

São profissionais da Saúde, médicos, auxiliares, enfermeiros
Que arriscam suas vidas para salvar outras tantas vidas
E outros trabalhadores mais, garis, faxineiras, policiais, bombeiros
Que lutam diariamente em busca das missões cumpridas

Como todo flagelo é uma oportunidade de aprender
Espero que saibamos todos tirar da tragédia uma lição
Compreendendo que somos falhos e precisamos transcender
Praticando a empatia e espalhando amor, sem moderação

A verdade é que ninguém sairá ileso disso
De alguma maneira seremos todos afetados
Talvez descobrindo a urgência do compromisso
De mudar nossos conceitos sociais antiquados

Que saibamos dar o devido valor ao dinheiro
Sem entretanto, perder a empatia e a compaixão
Perceber que vidas humanas são o tesouro verdadeiro
E como é crucial a vitória da sensatez e da razão

O Brasil irá chorar muito as inúmeras vidas perdidas
Que infelizmente não poderemos totalmente moderar
Serão milhares de adeuses e despedidas doloridas
Que medidas eficientes e equilibradas poderiam evitar

Que as milhares de vidas perdidas na calamidade
Jamais sejam depreciadas, esquecidas e desprezadas
Que sejam respeitadas e acalentadas com solidariedade
As dores e lamentos de milhares de famílias enlutadas

A certeza que temos é de que um dia isso vai passar
E nós poderemos sair às ruas, ainda vítimas do cansaço
Olhando o céu, sentindo a brisa que vem do longínquo mar
Buscando o prazer e a alegria de um fraterno abraço

E que após vivenciarmos difícil e tenebrosa experiência
Que saibamos exprimir sentimentos e valores maiores
E que no cotidiano, em todos os momentos da nossa vivência
Consigamos nos tornar seres humanos muito melhores

Quando o Sol despontar no horizonte em raios democráticos
Iluminando o mundo inteiro com os vigorosos brilhos seus
Nos tornemos seres mais solidários, humanos, empáticos
Colocando em prática as lições de Jesus Cristo, Filho de Deus!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

2418 - Morre em Montes Claros, Dona Ieda

Em meio a tanta tristeza com milhares de vidas perdidas na pandemia do Coronavírus, eis que mais um falecimento nos traz bastante consternação. Infelizmente ocorreu ontem à noite aqui em Montes Claros o falecimento de Dona Ieda, mãe do meu amigo, colega e conterrâneo Deraldo Henrique. Dona Ieda era viúva de Seu Gonçalo, com quem morou por muito tempo na nossa Espinosa, exemplo de integridade e dedicação à família. 
Aos meus amigos Márcio, Deraldo e Sá, bem como às demais irmãs e outros familiares, o meu abraço solidário neste terrível momento de dor e despedida e a minha prece para que Deus Todo-Poderoso possa lhes fortalecer com muita fé e resignação para conseguir atravessar essa separação de ente tão amado.
Que Dona Ieda, após sua trajetória guerreira neste mundo terreno, alcance os Céus e descanse em plena paz junto ao Criador.
O velório está sendo realizado nas instalações da Funerária da Santa Casa, Sala 03, e o sepultamento ocorrerá às 16 horas aqui mesmo em Montes Claros.
Um grande abraço espinosense.



terça-feira, 19 de maio de 2020

2417 - Formatura de Lídia Beatriz

Os tempos são duramente conturbados e sombrios, especialmente no nosso país, mas mesmo em meio a uma calamidade mundial e a notícias tristes e recentes de falecimentos de pessoas queridas, felizmente a esperança em futuros dias melhores continua firme e forte. Não se pode perder a fé e o entusiasmo, jamais! 
E para recobrar os ânimos um tanto acabrunhados, nada melhor que uma notícia alvissareira! É que a jovem Lídia Beatriz Aguiar Silva acaba de concluir o seu curso de Medicina na Funorte, trazendo uma enorme onda de alegria e de orgulho aos seus pais Levi Gomes Silva e Maria Lucélia de Aguiar Barbosa Silva, bem como aos seus irmãos Luiz Afonso e Laísa, ao namorado Rodrigo, e aos demais familiares e amigos. 
Meus cumprimentos aos pais Levi e Lucélia pela determinação inabalável de proporcionar aos filhos todo o suporte necessário a uma Educação de extrema qualidade, sempre presentes e encorajadores.
À Lídia, os parabéns e o reconhecimento pela grande e árdua conquista, rogando a Deus para que lhe conceda muita saúde, paciência e discernimento para exercer sua essencial e bonita profissão com humanidade, ética, respeito e carinho para com seus pacientes. E mais, que se realize completamente no ofício escolhido, conquistando prazer e satisfação na labuta do dia a dia. Boa sorte, garota!
Um grande abraço espinosense.



domingo, 17 de maio de 2020

2416 - Morreu Maura Antunes

Eis que mais uma triste notícia me chega de Espinosa, desta vez comunicando o falecimento de Maura Antunes da Silva. Ela atualmente residia em Belo Horizonte. 
Tive o prazer de ter Maura como colega de sala na Escola Estadual Joaquim de Freitas. Ela é irmã de Durvalino Nunes e Áurea Antunes. 
Maura era professora e deixou seu legado na área de Educação em Espinosa. 
Ao meu Mestre Durvalino, à minha também colega Áurea e aos demais familiares e amigos de Maura, o meu abraço solidário e os meus sinceros sentimentos de tristeza e pesar. Que ela descanse em completa paz no Reino do Senhor!
Infelizmente não possuo mais informações para passar para vocês. 
Que Deus conforte os corações de seus familiares e amigos neste momento tão doloroso da perda de um ente querido. 
Um grande abraço espinosense. 




2415 - Saiu o clipe de "Retrogade"

Em tempos de shows proibidos e da overdose de lives de todas as vertentes musicais de artistas estrangeiros, nacionais e, especialmente, locais, uma boa dica é o novo vídeo disponibilizado pela banda Pearl Jam da 11ª música do recém lançado álbum "Gigaton". A canção "Retrogade" é um desabafo contra a destruição suicida do nosso planeta pelos donos do poder e do dinheiro. Os resultados desta loucura já não são promessas para um futuro distante. Os estragos já estão acontecendo. O desmate das florestas, os gases do efeito estufa, o lixo nos mares, a degradação do meio ambiente já causam o aquecimento global, o derretimento das geleiras, o aumento das queimadas, a ampliação desenfreada da poluição e talvez, futuramente, o acréscimo do nível do mar, invadindo e destruindo cidades. 
Ainda ontem, escutava eu duas canções entre muitas, estas que já bem antes alertavam para a importância e a necessidade da proteção ao nosso planeta e à Mãe Natureza. Uma, "Planeta Água", composição belíssima do cantor e compositor paulista Guilherme Arantes, lançada em 1981. Foi uma das músicas finalistas do Festival MPB Shell de 1981, tendo ficado em 2º lugar. Outra, "O Sal da Terra", outra maravilhosa canção, é de Alberto de Castro Guedes, o montes-clarense Beto Guedes, em parceria com o compositor Ronaldo Bastos. Foi lançada em 1981 no álbum "Contos da Lua Vaga" e traz lindos versos como este:
"Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã..."
Não bastasse a incrível beleza da canção, o Pearl Jam inovou com um clipe extraordinariamente bonito dirigido por Josh Wakely. Utilizando o processo de animação, o vídeo faz conjecturas sobre o futuro da humanidade e as mudanças climáticas, através da figura de uma vidente, sua bola de cristal e suas cartas de tarô, onde aparecem os cinco integantes da banda. A inteligente e guerreira ativista ambiental Greta Thunberg aparece no clipe. As imagens catastróficas e sombrias aparecem em um cenário escuro e sombrio, com imagens de queimadas e da água do mar invadindo metrópoles como Paris, Londres e Nova York por conta do aquecimento global e do derretimento das calotas polares. A coisa é séria e deveria preocupar de verdade as autoridades mundiais. O Pearl Jam, sempre alerta e atualíssimo, faz o alerta com uma obra de arte, magnífica. A música também pode ajudar a mudar o mundo, e para melhor, claro!
Um grande abraço espinosense. 






Retrograde
Pearl Jam (Mike McCready/Eddie Vedder)

Comes the summer rain
Cue the lightning and far off thunder again
Projecting through the clouds
In meditations, lifting out in the sound

The more mistakes, the more resolve
It's gonna take much more than ordinary love
To lift this up

Stars align they say when
Things are better than right now
Feel the retrograde spin us 'round, 'round
Seven seas are raising
Forever futures fading out
Feel the retrograde all around, 'round

Accelerate the change
Feeling equal and opposite all the same
Momentum rearranged
Shout, the echo, returning back but now changed

The rusted shapes refuse to fall
It's gonna take much more than ordinary love
To lift this up

Stars align they say when
Times are better than right now
Feel the retrograde spin us 'round, 'round
Seven seas are raising
Forever futures fading out
Feel the retrograde all around, 'round

Hear the sound
In the distance now
Could be thunder
Or a crowd

(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)
(Hear the sound)


Retrógrado

Vem a chuva de verão
Dá a deixa ao relâmpago e aos trovões ao longe
Projetando através das nuvens
Em meditações, levantando-se no som

Quanto mais erros, mais resoluções
Vai levar muito mais do que um amor comum
Para espairecer isso

As estrelas se alinham, elas dizem quando
As coisas estarão melhores do que agora
Sinta o retrógrado nos girar, girar
Os sete mares se levantam
Futuros eternos desaparecendo
Sinta o retrógrado por toda parte, parte

Acelere a mudança
Sentindo-se igual e oposto ao mesmo tempo
Momento reorganizado
Grite, o eco volta, mas agora é diferente

As formas enferrujadas se recusam a cair
Vai levar muito mais do que um amor comum
Para espairecer isso

As estrelas se alinham, elas dizem quando
Os tempos estarão melhores do que agora
Sinta o retrógrado nos girar, girar
Os sete mares se levantam
Futuros eternos desaparecendo
Sinta o retrógrado por toda parte, parte

Ouça o som
À distância, agora
Poderia ser um trovão
Ou uma multidão

(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)
(Ouça o som)

sábado, 16 de maio de 2020

2414 - Lembranças do velho campo de terra da AABB Espinosa

Eu amo fotografias! É através delas, das velhas imagens de um passado que nunca volta, que revivemos situações, momentos e lugares especiais e que nos recordamos de amigos e colegas de outrora. E também de espaços que um dia existiram, nos deram alegrias, mas que desapareceram por conta do progresso e das mudanças agora muito mais rápidas de um mundo globalizado e altamente tecnológico.
Antes de falar das especiais figuras da fotografia, vou reportar alguns fatos do velho, duro e poeirento campo de futebol da AABB. Ali, principalmente na época do famoso e polêmico "horário de verão", nos anos 90, aconteciam animadas peladas durante a semana nos finais de tarde, reunindo dezenas de craques e pernas-de-pau de funcionários do Banco do Brasil, dos associados da AABB e do pessoal do Bairro Santos Dumont. Como tinha gente demais para jogar, às vezes os times eram formados com mais de 11 jogadores, chegando até a uns 15 de cada lado, numa bagunça organizada. Nesses "babas" a disputa era intensa, até com rivalidade entre as equipes. Uma coisa bastante positiva era a integração harmoniosa entre os participantes. Havia uma gozação pesada sobre o desempenho dos jogadores, com os menos habilidosos sendo chamados de "múmia", termo muito usado para tentar manchar a reputação futebolística dos atletas. Por ali ríamos demais de algumas figuras singulares, como o zagueirão Dinha e os atacantes Zé Maria e Tibá, o "Romário". Terminada a pelada, o ambiente de confraternização e gozação desenfreada continuava no boteco da AABB, com casos e mais casos recheados de bom humor. Bons tempos de muitas gargalhadas!
Agora vamos aos protagonistas da foto. Trata-se de uma imagem de um time de funcionários do Banco do Brasil ali no final dos anos 70 e início dos anos 80. Como não estavam de uniforme, tudo indica que era apenas uma pelada. Na fotografia estão em pé, Antônio Felisberto Fernandes, o Tuka, um que não identifiquei (parece-me o Mangaba), o Gerente-Geral da agência de Espinosa na época, Zé Trindade, e o nosso conhecidíssimo Francisco Gomes da Rocha, o Xará. Agachados estão o eterno cruzeirense João Carlos, o craque de bola Camilo, com sua filhinha, e por último, Valdevino Alves Sobrinho. 
Uma imagem de uns 40 anos atrás, que nos faz recordar de bons momentos vividos neste campo que já não existe. Lembrei-me agora de uma situação inusitada ocorrida aí. O nosso timaço de veteranos, o 9 de Março, sempre que jogava contra o time de Urandi, ganhava todas, fácil. Aí compramos um novo uniforme e para inaugurá-lo, convidamos o time de Urandi, eterno freguês. Como não tínhamos campo disponível para o jogo neste dia, tivemos que jogar aí mesmo no campo da AABB. E a maldição da estreia de camisas se fez valer mais uma vez. Perdemos o jogo por 1 x 0. Coisas do futebol!
Sobre esses amigos e colegas aí, o Camilo parece residir no Paraná, se não me engano; o meu grande amigo Tuka mora em São José dos Campos, em São Paulo; o Zé Trindade, que encontrei há uns anos atrás, mora em Belo Horizonte; o Valdevino mora em Montes Claros e o encontro de vez em quando no Bar Skema de Zé Maria para um bom papo; e os velhos amigos Xará e João Carlos continuam vivendo na nossa querida Espinosa, onde os encontro quase sempre. Que Deus os proteja!




Ainda sobre este campo "desgramado", foi nele que realizamos uma partida de futebol em setembro de 1989 para nos despedirmos do nosso amado colega José Américo Antunes Brant, o "Mão de Onça", pessoa especial, grande e fiel amigo e um goleiraço de futebol de salão, que havia sido transferido da agência do Banco do Brasil de Espinosa. O jogo de confraternização envolveu as equipes da AABB Espinosa e da Toca dos Craques, uma reunião inesquecível de gente da melhor qualidade. Bons tempos!
Logo abaixo as fotografias dos dois times com suas respectivas identificações.
Um grande abraço espinosense.


Time da AABB Espinosa:
Roberto Pé-Duro, Ádson, Zé Américo, Carlúcio, Nivaldo Faber (In Memoriam), Dino e Quites;
 Flori, Quinha, Eustáquio, Júlio César e João Carlos.

Time da Toca dos Craques:
Ricardo (Tu), Carlão, Guim, Eliseu, Zé Américo, Beto de Horácio, Lelo, Álisson (Major) e Luís Cláudio;
Fonso, Paulinho, Sidney, Célio, Nívio, Claudão e Rubens.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

2413 - Espinosa perde Dona Neusa Pereira

Agora há pouco, com grande tristeza, recebi o comunicado do falecimento de Dona Neusa Pereira ocorrido em Espinosa. 
Dona Neusa, esposa de Moacir Cândido, tinha 62 anos de idade e era figura de imensa respeitabilidade na nossa cidade, dona de uma reputação impecável e merecedora do grande carinho que a comunidade lhe destinava. Era religiosa atuante e uma professora bastante respeitada. Trabalhou por muito tempo na Escola Estadual Virgínio Cruz. 
Deixa o esposo Moacir, seus filhos, netos e demais familiares com imensa tristeza e dor nos corações, a quem eu envio fraternalmente o meu abraço solidário e os meus sentimentos de pesar neste momento tão doloroso.
Que o bom Deus a receba em Seu Reino com todas as glórias! Que descanse em sua infinita paz!
Um grande abraço espinosense.



2412 - Um resgate dos ícones do esporte de Montes Claros

Reconhecimento! Fazer justiça e reconhecer a importância e a história construída em toda uma vida por um cidadão comum, não é muito fácil de se encontrar por aí. Então tenho o maior prazer em divulgar um projeto que pretende reconhecer e enaltecer o valor de grandes figuras do esporte da cidade de Montes Claros. A ideia louvável vem do professor de Educação Física, treinador de futsal, jornalista e craque de futebol, Heberth Halley, que começou há pouco uma série de entrevistas com nomes de substancial relevância no cenário esportivo montes-clarense. 
A primeira figura de destaque a ser entrevistada no programa denominado "Galeria dos Atletas" foi o craque Denarte D´Ávila, atacante lendário da história de Montes Claros que defendeu as cores do Ateneu, do Cassimiro de Abreu e da AABB. O segundo entrevistado da série foi outro ícone do esporte, o famoso e estimado Professor Bonga, o João Bispo, que foi atleta e é professor e treinador de futebol há algumas décadas, sendo respeitadíssimo pela sua longa e digna trajetória. O terceiro astro a aparecer no programa, ainda ontem, foi o grande zagueiro e figura humana Odair, que teve passagens significativas no Cruzeiro e em times de Portugal, além de jogar no Atlético, no Democrata e nos times locais.  
Nas curtas entrevistas de cerca de 15 minutos, os convidados contam detalhes das suas vivências no esporte, com histórias de como se iniciaram nas equipes que defenderam e sobre casos interessantes sobre jogos e colegas e também escalam os seus times preferidos com os jogadores que viram atuar.
Além de merecer aplausos pelo espaço aberto aos grandes destaques do esporte, é louvável o intuito de Heberth de prestar com isso, sua homenagem a essas figuras fundamentais na construção da história do esporte montes-clarense.
Para assistir às entrevistas, basta acessar as páginas de Heberth Halley no You Tube, Instagram e Facebook. Inscreva-se nelas para receber as futuras entrevistas. Certamente veremos outros grandes nomes da história do esporte de Montes Claros sendo entrevistados, como Bené, Coró, Nicodemos, Bolão, Bentinho, Alonso, Túlio, Everaldo, Victor e outros mais. Não deixem de prestigiar! 
Um grande abraço espinosense. 


    

domingo, 10 de maio de 2020

2411 - O mundo dá adeus a um ícone do Rock and Roll

Pouca gente saberia dizer quem é o senhor Richard Wayne Penniman. Mas se explicar que este é o nome real de um tal de Little Richard, aquele que inventou algo musical, maluco e genial como "A-wop-bop-a-loo-bop-a-wop-bam-boom", aí a coisa certamente muda de figura. Ao lado de Chuck Berry e Jerry Lee Lewis, Richard pode ser considerado um dos criadores da febre mundial que encantou o mundo no meio dos anos 50 a partir dos Estados Unidos da América. Essa febre tinha o nome de Rock and Roll e colocou todo mundo para rebolar e saracotear o corpo de forma quase ensandecida.
Little Richard nasceu em 05 de dezembro de 1932, na cidade de Macon, no estado da Geórgia, EUA. 
Como todo negro naquela época segregacionista na Terra do Tio Sam, Richard teve uma vida difícil. Nascido em uma pobre e numerosa família bastante religiosa, foi expulso de casa ainda adolescente, por conta das suas maneiras extravagantes, na realidade sua homossexualidade. Retornou aos 20 anos, após o assassinato do seu pai. Trabalhou lavando pratos na lanchonete da rodoviária de Macon e começou cantando música gospel na igreja, participando de programas de calouros e gravando músicas comportadas até explodir em 1955 com sua canção "Tutti Frutti", um petardo insurreto. Aquela música diferente deu uma chacoalhada no status quo do cenário musical da época e dali em diante vieram outros estrondosos sucessos: "Long Tall Sally", "Rip It Up" (1956), "Lucille" (1957), "Good Golly Miss Molly" (1958).



Em 1959 tornou-se pastor batista, afastou-se do Rock e até casou-se com uma mulher, talvez para manter as aparências mais propícias para um líder religioso. Mas sua vida não seria tão certinha assim, pois teve períodos conturbados de vício em drogas. Mas o que encantava a todos eram suas apresentações eletrizantes que impactavam vigorosamente o público, além de influenciar grandes nomes da música que viriam mais tarde solidificar o Rock, como os Beatles, os Rolling Stones, David Bowie, Prince e Elton John, entre tantos outros admiradores. Suas roupas extravagantes, seu bigodinho extremamente fino e seu topete gigante, marcas do seu visual espalhafatoso, chamavam bastante atenção, mas o que fazia o público delirar de verdade eram suas performances ao piano, tocando em pé e até jogando a perna por cima do instrumento, em coreografias malucas e incandescentes. 
Little Richard quebrou tabus, chocou plateias com suas letras transgressoras, mostrou o poderio criador do negro, ajudou a inventar um novo gênero musical e revolucionou para sempre a música no mundo, tornando-se uma lenda. Ele faleceu ontem aos 87 anos. Viva Little Richard!
Um grande abraço espinosense.


    

sábado, 9 de maio de 2020

2410 - Nossas Divinas Mães

Tomei a liberdade de reunir algumas imagens do meu acervo de fotografias para criar um vídeo em homenagem às nossas queridas Mães. Como o propósito é apenas prestar uma singela homenagem às Mamães de todos nós, espero que nenhum dos que aparecem nas imagens se sinta constrangido ou indignado por ter sua figura exposta publicamente. Minha intenção é a mais carinhosa e desprendida possível, por isso não me empenhei em pedir autorização a ninguém. Entretanto, se eu feri suscetibilidades e alguém se sentir incomodado, por favor entre em contato comigo que excluirei imediatamente sua imagem, sem o menor problema ou rancor.
Preciso esclarecer que todas as mães que no vídeo aparecem são pessoas por quem tenho enorme carinho e consideração. Isso não significa que outras que aqui não aparecem não mereçam o meu afeto e respeito. Se não aparecem é simplesmente porque eu não tenho fotografias delas junto aos seus filhos no meu acervo. Ou se tenho, não as encontrei na pesquisa rápida que fiz. Não se sintam excluídas da minha amizade e do meu apreço, por favor.
A intenção é apenas homenagear essas mulheres tão especiais que nem sempre têm o seu valor reconhecido no mundo inteiro. Este ínfimo tributo é direcionado a todas as Mães do mundo, especialmente às mães do meu convívio pessoal e muito especificamente àquelas que sofrem como nunca neste dia, por carregarem no fundo da alma a dor impiedosa e perene da perda de um filho. Que Deus lhes conceda toda a força, a fé e a resiliência para suportar esse sofrimento terrível e angustiante que jamais cessará, por mais que passe o tempo.
O meu afago, o meu carinho, o meu amor, o meu respeito a todas vocês, Mamães!
Um grande abraço espinosense.


2409 - Uma pequena homenagem às Mães

Amanhã é comemorado o Dia das Mães. Como se fosse possível, aceitável e justo dedicar, a quem nos gerou e nos cuidou com tanto carinho e dedicação desde o nascimento, apenas um único e inexpressivo dia. 
Dia de comemorar e louvar e bendizer e abraçar e beijar e respeitar e agradecer às Mães é todo santo dia, de preferência de manhã, de tarde e de noite. E que isso seja feito aqui e agora, pois amanhã poderá ser tarde demais, pois que elas não são eternas e imortais, já que falíveis e humanas como todo mundo. Eternas e imortais elas continuam sim, nos nossos corações despedaçados e repletos de saudades que nunca cessam. 
O meu carinho, reconhecimento e gratidão a todas as Mães de todo o mundo!
Um grande abraço espinosense.


sexta-feira, 8 de maio de 2020

2408 - O Guarani

Encontrei esta velha fotografia em preto e branco deste time de futebol e nem me recordo mais se algum dia eu a publiquei aqui no nosso blog. Ela nos mostra o time do Guarani, um time de jovens futebolistas espinosenses que eram, na época ali dos anos 70, algo como a categoria dos juniores. Em Espinosa existiam os times adultos, como o Espinosense e o Santa Cruz; os times mirins, como o Cruzeirinho, o Atletiquinho e o Saionara; e os times juvenis, como o Milan e o Guarani. Havia outros mais, em vários períodos, em uma fase maravilhosa de muito esporte na cidade, mesmo com campos sem a menor infraestrutura, sem gramado, alambrado, vestiário ou muros de proteção. Jogava-se então com kichutes, um calçado que esquentava bastante, machucando os pés e causando calos. As bolas eram ruins e quando molhadas pesavam uma tonelada. Mas mesmo com todos esses obstáculos, o futebol apresentado em campo era de excelente qualidade em todos os níveis, com craques espalhados por todos os bairros e na zona rural da cidade.
Nesta fotografia da equipe do Guarani consegui identificar quase todos. São eles, da esquerda para a direita: garotinho desconhecido, Gera Alves, Negão de Izaías, Tarcísio, goleiro não identificado, Peba, Valdomiro, Dedé e Carlinhos Pé-de-Chumbo (olhando para trás); Zé do Covão, João Carlos, Geraldinho, Oreia de Nélson Piru e o último eu conheço, lembro-me dele, mas a memória falhou na hora de lembrar o nome, infelizmente.
O tempo passa, e rápido. Desses jogadores aí, na foto com seus 15 a 18 anos, muitos já abandonaram o futebol, e um já deixou este mundo, o Dedé de Tone Fuminho. Também já nos deixou o atleticano Carlinhos Pé-de-Chumbo. Tive o prazer de jogar junto com muitos deles, casos de Tarcísio, Peba, João Carlos e Valdomiro. Espero que estejam todos bem de saúde e em paz! 
Um grande abraço espinosense. 



quarta-feira, 6 de maio de 2020

2407 - Faleceu seu Odorico José de Sá

Acabei de tomar conhecimento agora há pouco do falecimento do senhor Odorico José de Sá, cidadão bastante conhecido da população espinosense. Com uma reputação ilibada construída em toda sua trajetória de vida, Seu Odorico morou muito tempo no topo da Avenida Doutor José Cangussu, onde mantinha um estabelecimento comercial no ramo de bar e mercearia. Com seu comportamento sem máculas, Seu Odorico conquistou o carinho e o respeito da comunidade espinosense. Atualmente, vivia na cidade baiana de Luís Eduardo Magalhães, juntamente com alguns familiares seus. Ele faleceu lá hoje, por volta das 16 horas.
Com muito trabalho, serenidade e dignidade, Seu Odorico construiu uma família numerosa e unida, respeitada em toda cidade de Espinosa. Aos seus filhos e demais familiares, o meu sentimento de pesar pela sua passagem para o além. Rogo a Deus para que Ele lhes concedam força, fé e resignação para atravessar este momento de tamanha dor e tristeza. Que ele descanse na paz do Senhor!
O velório será realizado a partir das 8 horas de amanhã, dia 7 de maio, na Casa Mortuária e o sepultamento logo em seguida no Cemitério Municipal.
Um grande abraço espinosense.



segunda-feira, 4 de maio de 2020

2406 - A Covid-19 leva embora o grande Aldir Blanc

Após ser internado no dia 10 de abril com infecção urinária e pneumonia no Hospital Miguel Couto e ser posteriormente transferido para uma UTI no Hospital Universitário Pedro Ernesto, ambos no Rio de Janeiro, faleceu na madrugada de hoje, 4 de maio, por conta do Covid-19, o compositor Aldir Blanc, indubitavelmente um dos maiores letristas da rica Música Popular Brasileira.
Aldir Blanc Mendes tinha 73 anos. Ele nasceu em 2 de setembro de 1946 no bairro do Estácio, na zona norte do Rio de Janeiro. Como bom virginiano, detalhista, curioso e observador, captou como ninguém o cenário popular das ruas da cidade maravilhosa, com seus encantos mil, sua gente diversificada e sua cultura abrangente, apaixonando-se pelo futebol, com o Vasco da Gama; o Samba, com o Salgueiro; e a poesia que se transformava em música. Após formar-se em Medicina, na área da Psiquiatria, descobriu logo que aquilo não era o seu destino nem sua fonte de prazer. Abandonou-a em 1973, quando compreendeu que, sem poder salvar suas filhas gêmeas prematuras da morte precoce, não havia motivo para continuar na profissão. A música e a poesia eram o seu caminho. Isso se confirmou quando conheceu o cantor e compositor João Bosco, quando se deu um casamento perfeito entre o letrista do lirismo e do cotidiano e o músico talentoso de harmonias pulsantes e sofisticadas. Esta frutífera parceria nos presenteou com canções especiais como "Linha de Passe", "Corsário", "O Mestre-Sala dos Mares", "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá", "Bala Com Bala", "Cabaré", "Kid Cavaquinho", "Caça à Raposa" e a belíssima e tocante "O Bêbado e a Equilibrista", esta que encantou e emocionou o país na voz da nossa maior cantora, Elis Regina, transformando-se em um hino de defesa da Liberdade e da Democracia.


E não só! A lista de canções valiosas criadas pelo artista é grande. "Amigo É Pra Essas Coisas" (com Sílvio da Silva Júnior), "Nação" (com João Bosco e Paulo Emílio), "A Viagem" (com Cleberson Horsth), "Catavento e Girassol", "Nítido e Obscuro" e "Baião de Lacan" (com Guinga), "Resposta ao Tempo (com Cristóvão Bastos), "De Esquina em Esquina" e "Ela" (com César Costa Filho), "Recreio Das Meninas II", "Pra Que Pedir Perdão?" e "Só Dói Quando Rio" (com Moacyr Luz), e mais uma centena delas. 

"Todo boêmio é feliz
Porque quanto mais triste
Mais se ilude...

Esse é o segredo de quem
Como eu, vive na boemia
Colocar no mesmo barco
Realidade e poesia...

Rindo da própria agonia
Vivendo em paz ou sem paz
Pra mim tanto faz
Se é noite ou se é dia..."
(Versos de "Me Dá a Penúltima")

Livros:
"Rua dos Artistas e Arredores" (Ed. Codecri, 1978)
"Porta de Tinturaria" (1981)
"Brasil Passado a Sujo" (Ed. Geração, 1993)
"Vila Isabel - Inventário de Infância" (Ed. Relume-Dumará, 1996)
"Um Cara Bacana na 19ª" (Ed. Record, 1996)


Em mais de 50 anos de carreira, Aldir Blanc escreveu livros, contos, críticas, artigos de jornal e criou mais de 500 músicas. Teve como parceiros, além de João Bosco, nomes como Maurício Tapajós, Edu Lobo, Sueli Costa, Wagner Tiso, Djavan, Hélio Belmiro, Guinga, Cristóvão Bastos, Carlos Lyra, Ivan Lins, Paulo César Pinheiro, Roberto Menescal e Moacyr Luz. 
Aldir, amante por anos da vida boêmia, afastada nos últimos tempos de reclusão sóbria em casa, conseguiu, com significativo brilhantismo, captar a essência da vida cotidiana dos cariocas e do ambiente da mais linda cidade do país, deixando um legado de raro valor cultural. Que descanse em paz, sabendo que sua abrangente e preciosa obra continuará inesquecível!
Um grande abraço espinosense.


A sua mais famosa canção, imortalizada pela melhor cantora de todos os tempos no Brasil...

   

sexta-feira, 1 de maio de 2020

2405 - Viva o Trabalhador de todo o mundo!

Hoje, 1º de maio, é o dia dedicado ao trabalho, ou melhor, ao trabalhador, este ser de várias faces que carrega o mundo nas suas costas, nem sempre valorizado e infelizmente, muitas vezes, inconsciente da sua essencial importância na sociedade de qualquer lugar do mundo.
A data da comemoração se deve a um episódio fundamental da luta dos trabalhadores por mais segurança no trabalho, por melhores salários e por uma jornada diária menos massacrante. Isso se deu em 1º de maio de 1886, em Chicago, Estado de Illinois, nos Estados Unidos. Em protesto contra uma carga de trabalho excessiva, de sufocantes 12 horas, com salários extremamente baixos, ambientes insalubres e inúmeros casos de acidentes nas fábricas, os trabalhadores entraram em greve. Exigiam mudanças nas relações profissionais e mais tempo livre, com 8 horas para o trabalho, 8 horas para o sono e outras 8 horas para o lazer. Depois do início em 1º de maio, os protestos continuaram nos dias seguintes, angariando apoio de outros trabalhadores, até que no dia 4 de maio, com os manifestantes reunidos pacificamente na Praça Haymarket, uma bomba estourou próximo de onde estavam os policiais, matando um deles e ferindo outros sete. A reação policial foi violenta, com disparos de armas de fogo contra os manifestantes, resultando em um cenário de guerra, com onze mortos, dezenas de feridos e mais de cem manifestantes presos. Por conta deste trágico incidente, mesmo sem provas, sete manifestantes foram condenados à morte e o outro foi condenado a 15 anos de prisão. Posteriormente, quatro desses acusados foram enforcados em 11 de novembro de 1887, dois tiveram a pena de morte comutada a mando do governador de Illinois Richard J. Oglesby, passando a ser condenados à prisão perpétua, e outro deles cometendo suicídio na cela. Em 1893, os réus sobreviventes foram perdoados pelo novo governador de Illinois, John Peter Altgeld.
Essa data só se tornaria feriado no ano de 1919, na França, quando lá também se adotou a carga diária de trabalho de oito horas. No ano seguinte, foi a vez da Rússia aderir à ideia. No Brasil, o 1º de maio se tornou feriado durante o governo de Artur Bernardes, em 1924. 


A história mostra que, infelizmente, todas as vitórias dos trabalhadores não vêm de maneira tranquila ou de mão beijada, quase sempre são conquistadas com muito sangue, suor e lágrimas. E seus direitos duramente conquistados são constantemente atacados de quando em sempre. E o mais desolador, com a cumplicidade de alguns próprios trabalhadores sem noção. Uma lástima!
Espero que todos os trabalhadores do mundo inteiro tenham sua importância reconhecida e valorizada, não só em tempos de pandemia mundial, mas sempre, no cotidiano, nos dias de paz e calmaria. O meu apreço e meu respeito a todos os trabalhadores de todo o planeta, nas mais variadas funções, da mais braçal até a mais cerebral, da menos paga até a mais bem remunerada, da mais simples até a mais sofisticada. Todos nós somos importantes, uns mais outros menos, mas todos somos fundamentais neste mundo globalizado. 
Um grande abraço espinosense.