Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

3392 - Aniversário de Mauro César Ramires Soares

A casa do querido conterrâneo alcunhado na adolescência de "Popô Garapa" foi o palco da comemoração do aniversário do amigo e colega de BB Mauro César Ramires Soares na noite da chuvosa quinta-feira passada, 8 de fevereiro de 2024. Aos que desconhecem quem é "Popô Garapa", explico, sem mais delongas. Trata-se do espinosense José Geraldo Leão Cangussu, professor e batalhador ativista político e ferrenho defensor da Democracia, mais conhecido na cidade de Montes Claros pelo seu outro apelido de "Kojak". No maravilhoso espaço nos fundos de sua residência, está instalada a famosa Cachaçaria do Kojak, que reúne centenas de espécimes de boa cachaça fabricadas em diversos lugares do país, inclusive Espinosa. 
Foi ali, com a presença de alguns amigos mais próximos que Mauro e sua namorada Cibele promoveram um encontro festivo para celebrar o aniversário dele. A chuva abençoada que molhava o esturricado chão do Sertão do Norte de Minas em nada prejudicou a animação e o contentamento do aniversariante e dos seus convidados, todos irmanados na confraternização pacífica e harmoniosa e encantados com as saborosas comidas disponíveis, com as cervejas estupidamente geladas e a enxurrada de estimulantes clássicos do Samba e da MPB interpretados perfeitamente pela ótima dupla Fabiana Lima & Bruno Andrade. 





Foi agradabilíssimo poder estar presente para festejar mais um aniversário do amigo Mauro e confraternizar com pessoas tão maravilhosas que também estiveram presentes. E foi gratificante perceber a alegria estampada no seu rosto com a comemoração de mais um ano de vida, com muita amizade, fartura e música de excelente qualidade. 
Parabéns e vida feliz, longa e saudável a Mauro! 
Um grande abraço espinosense.



Centenário de Espinosa - Postagem 70

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Certamente, o acontecimento mais aguardado e comemorado pela população espinosense é a sangria da Barragem do Estreito. Como bravos habitantes do Sertão Norte-Mineiro, acostumados a enfrentar e vencer os danosos efeitos da insensível seca que incessantemente nos castiga, a chegada das abençoadas chuvas, que peregrinam pelos leitos antes secos dos nossos rios e desaguam em grande quantidade nas nossas barragens, reacendem a nossa esperança e nos fortalecem para seguir adiante na busca pela sobrevivência e por uma vida mais prazerosa e confortável.
A Barragem do Estreito foi construída nos anos 60 e é a fonte de abastecimento de água da cidade de Espinosa, sendo esta operação administrada pela Copasa. 













A sangria da Barragem do Estreito não é um fato corriqueiro. Acontece de vez em quando, em anos de chuvas abundantes, com grandes cheias nos rios que inundam, da abençoada água, as barragens do Estreito e da Cova de Mandioca, ocasionando o transbordamento no paredão de concreto localizado no lado mineiro da imensa instalação hídrica. Quando isto ocorre, muitos de nós, espinosenses, deixamos nossas casas e vamos apreciar de perto esta maravilha da Natureza. Sozinhos ou na companhia de familiares e amigos, vamos para lá comemorar com a devida alegria e esperança a beleza da vida, tomando banho, pescando ou fazendo aquela farra.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

Centenário de Espinosa - Postagem 69

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

A história de uma cidade não se resume aos fatos históricos e às personalidades locais. Lugares, construções, empreendimentos e até alguns veículos tornam-se figuras relevantes na trajetória evolutiva da cidade. Os mais atentos e observadores, e mais antigos, obviamente, certamente se lembrarão da Rural de Quincão, da Rural de Bola, da Rural de Didi Freitas, do Fenemê de Yeyé Antunes, do Dodge Dart de Amável, do Aero Willys de Zezé Sepúlveda, do Fusca de Wanderley do BB, do Ford Maverick de Plínio do BB, do DKW-Vemag de Negão da Oficina e do Jeep de Sêo Vavá, entre tantos outros automóveis, picapes e caminhões históricos. 
Este último foi protagonista de muitas e saborosas histórias e entrou definitivamente para as nossas vidas, nós da Rua da Resina. O Jeep era o xodó de Sêo Florisvaldo Lopes Cruz, o querido Vavá da Caixa. Funcionário da extinta instituição financeira Minas Caixa, Sêo Vavá comprou o Jeep basicamente para levá-lo às caçadas que tanto gostava de fazer no mato, ao lados dos filhos e dos amigos. Mas o Jipão, como o apelidamos carinhosamente, tornou-se o único meio de locomoção de toda a nossa turma para todas as circunstâncias. Com espaço concebido para duas pessoas nos bancos da frente e para quatro pessoas na parte traseira, o Jipão era tão generoso que acomodava o dobro disso ou até mais, mostrando sua força e bravura. Às vezes, em movimento, soltava uma das rodas dianteiras, mas mesmo assim se mantinha firme e ereto, sem consequências para seus ocupantes. Era nele que, sob a direção do saudoso Gera, íamos para a fazenda de Clóves Cruz comprar litros da famosa pinga "Ingazeira" para fabricar as "batidas" distribuídas nas nossas festinhas. Era nele, com Gera ou Quinha na direção, que pongávamos em bando para sair pelos botecos da cidade curtindo a juventude, sem medo de ser feliz. Era também nele que passeavam na cidade as filhas de Sêo Vavá e a nossa turma se deslocava para os passeios nos recantos naturais da região, como por exemplo o Açude de Clóves. 






Nos animados Carnavais de Espinosa, o Jipão era aquele que nos levava em carreata pelas ruas, acomodando uma inacreditável quantidade de foliões até mesmo sobre o capô. A última fotografia acima, apesar de pouco nítida e um tanto cortada, é uma prova inequívoca da importância e da robustez do velho Jipão de Sêo Vavá que tanto nos serviu e nos proporcionou momentos memoráveis. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.