Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

2539 - Um dia perfeito!

Um dia perfeito! Não, não se trata do ótimo filme do diretor espanhol Fernando León de Aranoa lançado no Brasil em 2016. Não, também não me refiro à maravilhosa canção de Eduardo Dutra Villa Lobos e Renato Manfredini Junior que faz parte do álbum "O Descobrimento do Brasil", da Legião Urbana, lançado em 1993, e que afirma em seus lindos versos: "Não vou deixar me embrutecer, eu acredito nos meus ideais, podem até maltratar meu coração, que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar". Um dia perfeito foi tão somente este domingo ensolarado de início de novembro em que auspiciosos presságios explodiram retumbantes pelos ares do Universo, trazendo chuva no Sertão, Sol na paisagem mineira e esperança de dias melhores para o nosso magnífico e esférico planeta Terra.



Logo de manhã, a nossa Menina de Ouro Pathy já me encheu de alegria, ao mostrar mais uma vez seu talento e garra imensos, conquistando mais uma medalha de ouro no vôlei de praia, ao lado da parceira Rebecca Cavalcante, aumentando ainda mais nossa confiança em conquista de medalha nas Olimpíadas de Tóquio. Com esta alegria e mais a felicidade de ter a família reunida em casa, o domingo ainda viria trazer uma satisfação gigante, esta vinda do futebol. 



Pela 20ª rodada do Brasileirão, a primeira do segundo turno, o meu Atlético venceu novamente um dos nossos maiores rivais e o maior favorito à conquista do título brasileiro de 2020. E por goleada! Foram quatro gols marcados e nenhum sofrido. No primeiro turno havíamos vencido por 1 x 0, em pleno Maracanã, com um gol contra do Filipe Luís. Ontem marcaram Sasha (duas vezes), Keno e Zaracho.



Não poderia ter sido melhor! Mesmo sem a presença do técnico Jorge Sampaoli no banco de reservas, por estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o time se apresentou com uma performance exuberante, sendo extremamente eficiente na conclusão das jogadas e abrindo o placar logo nos primeiros minutos do jogo. Talvez contaminados pelo entusiasmo da torcida, que mesmo impedida de assistir ao jogo, fez uma festa maravilhosa nas imediações do Estádio Mineirão, com chuva de fogo na chegada do ônibus do clube, os jogadores iniciaram a partida bastante concentrados e determinados a buscar a vitória, mas desta vez se precavendo bem mais na parte defensiva. Nem bem terminou o minuto de silêncio, respeitado em memória às mais de 160 mil vítimas da Covid-19 no Brasil, e o Atlético partiu para decidir logo o jogo. Aos três minutos de partida, Savarino cruzou e o atacante Sasha, bastante contestado por parte da torcida, desviou junto com Gustavo Henrique para o fundo do gol de Hugo Souza, alucinando por completo a ressabiada Massa Atleticana. Com o sistema de três zagueiros adotado para esta partida, a defesa ficou mais protegida e o Atlético levou vantagem na disputa do meio de campo, fechando os espaços, compactando sabiamente o time e conseguindo impedir a criação de jogadas pelo excelente time rubro-negro da cidade eternamente maravilhosa. O segundo gol não demorou. Com outro passe preciso de Savarino, o Atlético marcou, desta vez com Keno aos 7 minutos, em belo chute colocado à esquerda de Hugo. 
O capitão Réver travava uma batalha de gigantes contra o excelente atacante Pedro, e para nossa alegria, vencia na maioria das vezes. O Flamengo assustou a gente em alguns belos lances de Pedro e Éverton Ribeiro, mas Everson estava em uma noite iluminada e fez lindas e providenciais defesas. Logo no início do segundo tempo, Everson e o travessão nos salvaram de levar um gol do Flamengo. Para alívio da Massa, aos 13 minutos, a estrela de Sasha brilhou novamente e ele marcou seu segundo gol na partida, de cabeça, após ótima jogada de Guilherme Arana pela esquerda. Aos 15 minutos, ele, o Sasha, teve a chance de se consagrar definitivamente e marcar o seu terceiro gol na partida, mas foi mal na conclusão da jogada e chutou para fora uma excelente oportunidade, praticamente sozinho diante de Hugo. Diversas mudanças de jogadores foram realizadas por ambas as equipes, no intuito de vencer as barreiras do adversário. E o Atlético foi mais feliz, pois aos 37 minutos, em mais uma assistência do jovem Savarino, o Atlético fechou a conta, marcando seu quarto gol através de Zaracho. O Flamengo estava inapelavelmente batido e não demonstrava mais forças para mudar o panorama da partida.





 
Desta vez com uma estratégia diferente e extremamente bem-sucedida, Sampaoli, mesmo suspenso, confirmou sua qualidade técnica, após uma semana de muitas críticas de jornalistas e torcedores mais exaltados. Todos os jogadores atleticanos estiveram em uma noite iluminada, com atuações proeminentes de Everson, Réver, Igor Rabello, Guilherme Arana, Keno, Savarino e Eduardo Sasha. O resultado foi uma vitória espetacular, irretocável, magistral. Ela confirma a qualidade e a competitividade do time alvinegro e o mantém firme nas primeiras posições da tabela de classificação, com chances renovadas de conseguir o almejado sonho do título brasileiro. Estamos na briga, mais vivos do que nunca!
O dia não poderia ter sido melhor! Que alegria! 
Um grande abraço espinosense.



Resumo do jogo
Atlético 4 x 0 Flamengo
Data: 08-11-2020
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Horário: 18h15
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade e José Reinaldo Nascimento Junior (DF)
Quarto árbitro: Rônei Candido Alves (MG)
Árbitro de vídeo (VAR): José Cláudio Rocha Filho (SP)
Assistente de VAR: Thiago Luís Scarascati (SP) e Esdras Mariano de Lima Albuquerque (AL)
Gols: Sasha (dois), Keno e Zaracho
Cartões amarelos: Júnior Alonso, Guilherme Arana, Borrero, Franco e Marrony (Atlético); Isla, Thiago Maia, Everton Ribeiro e Bruno Henrique (Flamengo)  
Atlético: Everson; Réver (Gabriel), Igor Rabello e Júnior Alonso; Guga (Zaracho), Allan (Borrero), Franco e Guilherme Arana; Savarino, Sasha (Bueno) e Keno (Marrony)
Técnico: Jorge Sampaoli  
Flamengo: Hugo Souza, Isla, Gustavo Henrique, Natan e Filipe Luís (Renê); Willian Arão, Thiago Maia (Michael), Gerson e Everton Ribeiro (Lincoln); Pedro (Gabriel) e Bruno Henrique
Técnico: Domènec Torrent