Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 16 de abril de 2014

952 - Tempos que não voltam mais

Há alguns dias, recebi um e-mail de uma internauta, a Maria Aparecida Matos Rocha, que me reivindicava a publicação de uma postagem sobre a Festa do Algodão, prestigiado evento realizado nos anos 80 em Espinosa. Como quem manda aqui são vocês, tenho a obrigação de atendê-la, e com o maior prazer. Peço desculpas à Maria Aparecida por estar fazendo isso com um pequeno atraso, mas é que a sobrecarga no trabalho não está me proporcionando um tempo maior para me dedicar ao nosso blog.
Naqueles tempos saudosos de Espinosa em que o algodão era a nossa maior riqueza, a agência do Banco do Brasil contava com cerca de 50 funcionários fixos e mais alguns outros que vinham de outras agências para reforçar a equipe, atuando como adidos na época dos financiamentos rurais para o plantio do algodão. Era uma festa para nós, uma oportunidade única de conhecer gente nova e ampliar o rol de amigos. Pessoas maravilhosas passaram pela cidade, deixando saudades. Um funcionário, em especial, se destacava na administração da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), promovendo festas inesquecíveis e de extremo bom gosto e organização. Era o presidente da AABB, Manoel, de quem não tive mais notícias e desconheço onde se encontra atualmente.
No ano de 1980, se não me engano, foi organizada uma espetacular festa no pequeno salão de festas da AABB, que elegeu a Rainha e as Princesas do Algodão. A atração maior do evento foi nada menos que Elke Maravilha, famosa modelo, atriz e caloura de televisão que fazia o maior sucesso no país naquela época. Para quem não sabe de quem se trata, Elke Maravilha, nome artístico de Elke Georgievna Grunnupp (Leningrado, atual São Petersburgo, 22 de fevereiro de 1945), é uma manequim, modelo e atriz nascida na Rússia, naturalizada alemã, mas que vive no Brasil desde a infância. Fez imenso sucesso atuando como jurada de calouros em programas de auditório comandados por Sílvio Santos e Chacrinha. Atuou em várias peças de teatro e participou de vários filmes, entre eles "Zuzu Angel" (2006), "Pixote - A Lei do Mais Fraco" (1981) e "Mato Sem Cachorro" (2013).
Pois bem, a festa foi um sucesso e movimentou a pequena cidade, com a presença de pessoa tão famosa. Consegui apenas duas fotografias da festa, mas são especiais por mostrar uma fase tão interessante da vida social da cidade. Lá estão ainda bem jovens, o funcionário do BB, Plínio, sua esposa Kátia de Larry, e as lindas meninas Selene de Carlito, Luciana de Juca Cruz, Claudinha de Zé Patim e Letícia de Zete, entre outras duas que não consegui identificar. Em uma das fotos pode-se ver lá no fundo Julinho Figueiredo e Chico do Avião, elegantemente vestidos. Bons tempos!
Um grande abraço espinosense.



951 - A tradição da Sexta-Feira Santa em Espinosa

Conforme a Wikipedia, a Sexta-Feira Santa, ou "Sexta-Feira da Paixão", é a sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultamento de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição estabelece ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-Feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira sexta-feira após a primeira lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e 23 de abril. Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

Em Espinosa, permanece firme a tradição da celebração da Paixão do Senhor Jesus Cristo, com a tradicional via sacra sendo realizada pelas ruas do centro da cidade e a penitência dos fiéis na difícil subida ao Morro do Cruzeiro. Infelizmente, há muitos anos morando fora, não posso participar deste elogiável ato de nossa fé cristã. Assim, quero homenagear a todos os cristãos espinosenses que permanecem com a sua crença inabalável em Deus, em especial a figura de Danilo Tolentino Salviola e sua turma, que participaram ativamente da preparação e limpeza do espaço da cruz no Morro do Cruzeiro, para que o local estivesse propício à visitação da população espinosense na Sexta-Feira da Paixão. 
Publico algumas fotografias "surrupiadas" da sua conta do Facebook, esperando que ele não se zangue comigo. Fiquem com Deus!
Um grande abraço espinosense.