1181 - Apreciem o som do Nada Surf

Engraçado como às vezes (ou melhor, constantemente) me acho um ignorante total. Nunca havia sequer ouvido o nome desta banda americana de rock alternativo que descobri ao assistir ao bonito filme "Terra de Desafios" ontem. Gostei tanto da canção que fui consultar nos créditos no final do filme para descobrir de quem era. Após uma consulta na "Santa" Internet, no You Tube, lá estava a música "Blizzard of 77" e muitas outras de qualidade equivalente e aí não deu outra, me apaixonei de vez pelo som dos caras. É o tipo de música que eu adoro: belas letras, melodias harmoniosas, vocal apurado, violões, guitarras, baixo e bateria em uma combinação agradabilíssima.

A banda Nada Surf foi formada em 1992 na cidade de Nova Iorque, nos EUA, pelos músicos Matthew Caws (violão, guitarra, vocal), Ira Elliot (bateria, backup vocal) e Daniel Lorca (baixo, backup vocal). Atualmente Doug Gillard (guitarra) se juntou ao grupo. O grupo americano já lançou 6 discos de estúdio, o mais recente em 2012, um EP e mais 2 discos gravados ao vivo.
São eles:

Karmic - EP (1994)

High/Low (1996)
The Proximity Effect (1998)

North 6th Street - Ao Vivo (1999)
Let Go (2002)

Live in Brussels (2004)
The Weight Is a Gift (2005)
Lucky (2008)
If I Had A Hi-Fi (2010)

The Stars Are Indifferent to Astronomy (2012)

Deem uma olhada em alguns de seus sucessos abaixo. Espero que assim como eu, vocês também passem a apreciar mais essa banda de boa música.

Um grande abraço espinosense.

1180 - A Axé Music comemora 30 anos de vida

Tudo começou quando o multiinstrumentista baiano de Feira de Santana, Luiz Caldas, lançou o álbum "Magia" no ano de 1985 e fez a música "Fricote" embalar nas paradas de sucesso. O disco foi lançado pela gravadora independente WR, de Wesley Rangel, e conseguiu a surpreendente cifra de 100 mil cópias vendidas apenas em território baiano. Começava ali uma nova onda musical que anos mais tarde iria tomar completamente o país, a "Axé Music". O termo foi criado pelo jornalista e crítico musical baiano Hagamenon Brito. Inicialmente visto como um termo pejorativo, o axé (que significa boa vibração, sorte, felicidade, em iorubá) acabou se tornando a denominação para uma corrente musical potente e avassaladora, que com sua mistura de ritmos gerou uma indústria poderosa e deu chance para milhares de músicos baianos conquistarem seu espaço.

Desde que Dodô e Osmar haviam eletrificado o carnaval da Bahia, não surgia uma novidade tão importante. A coisa começou com certa ingenuidade e amadorismo e se transformou em uma indústria economicamente potente que tomou o país e que espalhou seus tentáculos por milhares de cidades durante o ano inteiro com as chamadas micaretas. Nem os próprios integrantes dessa onda imaginavam o sucesso que iriam conquistar.
Uma das primeiras mulheres a se destacar neste segmento foi a cantora Sarajane com a música "A Roda". Algum tempo depois "Daniela Mercury" explodiria com a música "O Canto da Cidade" e ganharia o país inteiro. Ela se tornou a primeira mulher a "puxar" um bloco grande no carnaval de Salvador. Tempos depois Ivete Sangalo e Cláudia Leitte despontaram para o estrelato, que se mantém até hoje, mas em um cenário de música pop. Outros nomes de vital importância na "Axé Music" são Olodum, Banda Reflexu´s, Gerônimo, Banda Mel, É o Tchan!, Ricardo Chaves, Timbalada, Banda Eva, Netinho, Chiclete com Banana, Asa de Águia e Margareth Menezes, entre outros. 

Não há como não reconhecer a importância cultural e econômica da "Axé Music" para a Bahia, como também negar a atraente batida dos tambores e a qualidade dos músicos que a fazem contagiar a moçada, mas como apreciador de boa música, não posso me enganar, tenho verdadeiro horror às péssimas letras da imensa maioria das canções do gênero. Só pelo título de algumas músicas pode-se perceber a qualidade das letras: Xenhenhem (Psirico), Tchuco no Tchaco (Parangolé), Lepo Lepo (Psirico), Tchubirabirom (Parangolé), Saia e Bicicletinha (Kaçamba), Piririm Pom Pom (Babado Novo), Rebolation (Parangolé), Cadê Xoxó? (Marcelo Quintanilha), Safado, Cachorro, Sem Vergonha (Babado Novo), Ela É Total Flex (Alexandre Peixe) e por aí vai. Infelizmente, ou felizmente, sei lá, jamais usei ou usarei o meu suado dinheirinho para comprar um disco de axé. Desculpem-me os aficionados, mas é uma questão de gosto pessoal apenas. Há até quem brinque com o assunto, como um texto publicado no site materiaincognita.com.br. Dê uma olhada clicando aqui.

Mesmo conseguindo projeção nacional e internacional, o gênero atualmente perdeu espaço e já não consegue manter a sua trajetória de sucesso conquistada sobretudo nos anos 90. A prova disso é que os grandes nomes há muito tempo se desviaram para outras correntes musicais. O Sertanejo, em especial o chamado Universitário, abocanhou boa parte desse sucesso e já invade até o carnaval da Bahia, que a cada ano se torna mais multifacetado. Se isso é bom ou ruim, eu sinceramente não sei. Só tenho certeza de uma coisa: tenho enorme saudade dos carnavais de Espinosa em que os Cardeais nos colocavam para pular e dançar a noite inteira, com suas marchinhas e músicas realmente de carnaval, abusando dos instrumentos de sopro e da alegria contagiante. Uma pena que isso se perdeu no tempo e é apenas um retrato na parede e uma visão um tanto já esmaecida na memória.

Um grande abraço espinosense.

1179 - Os vencedores do Grammy 2015

Mais uma entrega do mais importante prêmio da música mundial aconteceu em Los Angeles (EUA) na noite de 8 de fevereiro de 2015. Foi a 57ª festa anual do Grammy Awards que neste ano teve como destaque o cantor Sam Smith que abocanhou quatro prêmios: Gravação do Ano, Melhor Álbum Pop Vocal, Música do Ano e Artista Revelação. Ganharam três troféus Beyoncé, Pharrell Williams, Rosanne Cash e Bob Ludwig.

Confesso que desconheço quase que totalmente o trabalho musical desse pessoal que faturou os prêmios, mas nunca é tarde para conhecê-los, não é mesmo? A música Happy, do Pharrel Williams, ficou muito conhecida por aparecer em um comercial do Fiat Uno 2015 e em uma campanha do SBT, este último em uma versão em português.

Um grande abraço espinosense.

Sam Smith, o maior vencedor da noite

Taylor Swift e Madonna

Beyoncé e Paul McCartney

Jamie Foxx e Stevie Wonder

Confiram os principais vencedores:

Gravação do Ano: Stay With Me (Sam Smith)

Álbum do Ano: Morning Phase (Beck)

Música do Ano: Stay With Me (James Napier, William Phillips e Sam Smith)

Artista Revelação: Sam Smith

Melhor Performance Pop Solo: Pharrell Williams (Happy)

Melhor Performance Pop de Duo ou Grupo: A Great Big World With Christina Aguilera (Say Something)

Melhor Álbum de Pop Vocal Tradicional: Cheek To Cheek (Tony Bennett e Lady Gaga)

Melhor Álbum Pop Vocal: In The Lonely Hour (Sam Smith)

Melhor Performance de Rock: Lazaretto (Jack White)

Melhor Performance de Metal: The Last In Line (Tenacious D)

Melhor Música de Rock: Ain't It Fun (Hayley Williams e Taylor York) Paramore

Melhor Álbum de Rock: Morning Phase (Beck)

Melhor Álbum de Música Alternativa: St. Vincent (St. Vincent)

Melhor Performance de Rhythm and Blues: Drunk In Love (Beyoncé com participação de Jay Z)

Melhor Música de Rhythm and Blues: Drunk In Love (Shawn Carter, Rasool Diaz, Noel Fisher, Jerome Harmon, Beyoncé Knowles, Timothy Mosely, Andre Eric Proctor e Brian Soko)

Melhor Álbum Urbano Contemporâneo: Girl (Pharrell Williams)

Melhor Álbum de Rhythm and Blues: Love, Marriage e Divorce (Toni Braxton e Babyface)

Melhor Performance de Rap: I (Kendrick Lamar)

Melhor Música de Rap: I (K. Duckworth e C. Smith)

Melhor Álbum de Rap: The Marshall Mathers LP2 (Eminem)

Melhor Performance Country Solo: Something In The Water (Carrie Underwood)

Melhor Performance Country de Duo ou Grupo: Gentle On My Mind (The Band Perry)

Melhor Música de Country: I'm Not Gonna Miss You (Glen Campbell e Julian Raymond)

Melhor Álbum de Country: Platinum (Miranda Lambert)

Melhor Álbum de New Age: Winds Of Samsara (Ricky Kej e Wouter Kellerman)

Melhor Improviso Solo de Jazz: Fingerprints (Chick Corea)

Melhor Álbum Vocal de Jazz: Beautiful Life (Dianne Reeves)

Melhor Vídeo de Música: Happy (Pharrell Williams)

Melhor Álbum de Reggae: Fly Rasta (Ziggy Marley)

Melhor Álbum de Folk: Remedy (Old Crow Medicine Show)

Melhor Álbum de Blues: Step Back (Johnny Winter)

Melhor Álbum de Música Americana: The River and The Thread (Rosanne Cash)

Melhor Álbum de Pop Latino: Tangos (Rubén Blades)

Melhor Álbum Gospel: Help (Erica Campbell)