As quatro mais importantes competições do futebol brasileiro atraem a atenção de milhões de aficionados pelo esporte, com emoção até o final. Nesta temporada a torcida são-paulina já comemorou, e ainda comemora com razão, o inédito título da Copa do Brasil, após a brilhante conquista sobre o Flamengo. Entretanto a luta ainda continua, e acirrada, nas demais competições: no Brasileirão, na Copa Libertadores e na Copa Sul-Americana.
Na Copa Sul-Americana, uma grata surpresa brasileira. O Fortaleza, comandado há um bom tempo pelo competente treinador argentino Juan Pablo Vojvoda, fez uma bonita campanha até agora e conseguiu a façanha de chegar à disputa do título, quando enfrentará a equipe da LDU-Liga Deportiva Universitaria, do Equador. Para chegar à decisão o Fortaleza eliminou, nas semifinais, o Corinthians, com um empate de 1 x 1 em São Paulo, na Neo Química Arena, e uma bela vitória por 2 x 0 no Castelão, em Fortaleza. A LDU de Paolo Guerrero passou pelo argentino Defensa y Justicia de Lucas Pratto com uma vitória por 3 x 0 em Quito e um empate em 0 x 0 em Lanús. A grande final em jogo único será disputada no dia 28 de outubro no estádio Domingo Burgueño Miguel, em Punta del Este, no Uruguai. O atacante Gonzalo Mathías Mastriani Borges, do América Mineiro, é o artilheiro da competição com nove gols marcados.
Na Copa Libertadores da América teremos dois clubes gigantes brigando pelo título, um argentino e um brasileiro. O Boca Juniors de Edinson Cavani utilizou da sua tradicional garra e dedicação tática para eliminar o poderoso Palmeiras de Rony e Raphael Veiga, em duas batalhas extremamente concorridas. Para chegar à final, o Boca Juniors do treinador Jorge Almirón empatou sem gols em La Bombonera e empatou novamente em 1 x 1 no Allianz Parque, vencendo o acirrado confronto na disputa de pênaltis, onde brilhou o goleiro Sergio Romero. A outra vaga no jogo único da final saiu de um confronto de gigantes brasileiros. Depois de um emocionante empate em 2 x 2 na primeira partida disputada no Maracanã, o Fluminense de Fernando Diniz foi mais eficiente no Beira-Rio e venceu o Internacional de Eduardo "Chacho" Coudet por 2 x 1, de virada em uma partida espetacular, conquistando o direito de disputar o título da Libertadores após 15 anos. O artilheiro é o eficiente atacante do Fluminense, Germán Cano, com 12 gols marcados. A grande final será disputada no sábado, 4 de novembro, no Maracanã, no Rio de Janeiro.
No Campeonato Brasileiro a briga pelo título anda para lá de acirrada e emocionante, com o surpreendente Botafogo ainda isolado na dianteira, com sete pontos de distância para o ainda mais surpreendente Red Bull Bragantino, agora segundo colocado na tabela de classificação. Grêmio e Palmeiras, ambos com 44 pontos, estão ali na cola dos primeiros, seguidos por Flamengo com 43 na quinta posição, Fluminense com 41, os dois Atléticos com 40 e o Fortaleza com 39 pontos conquistados. Lá na rabeira, a briga também é pesada, com Coritiba e América praticamente já rebaixados. Outros grandes clubes do futebol brasileiro estão na desesperada batalha para se salvar do descenso, casos de Bahia, Vasco, Goiás, Santos, Internacional, Corinthians, Cruzeiro e Cuiabá. Destes aí, ninguém ainda está a salvo, precisando pontuar o máximo possível para atingir o quanto antes o número mágico de 45 pontos para respirar aliviado. São oito equipes tentando sair fora das duas vagas que irão levar para a Série B em 2024.
O futebol confirma mais uma vez sua fama de imprevisível e emocionante. A história nos mostra que não basta ser melhor, mais avassalador e mais ofensivo para ganhar jogos e classificações em torneios de mata-matas. O Internacional de Eduardo "Chacho" Coudet anulou completamente o Fluminense na primeira etapa do segundo confronto da semifinal, perdeu inúmeras chances de aumentar o placar no segundo tempo e "matar" definitivamente o jogo, mas foi brilhantemente batido pela ousadia e coragem do Fernando Diniz em pouco mais de seis minutos, com dois gols que decretaram a vitória tricolor e a desejada vaga na final. Com o Palmeiras aconteceu coisa parecida. O Verdão dominou a partida, criou mais chances, teve mais posse de bola, mas nada disso resolveu o jogo. O Boca Juniors jogou com inteligência, obediência tática exemplar e a vontade característica argentina para segurar o time alviverde e decidir com eficiência nos pênaltis, usando a incrível capacidade de pegar pênaltis do goleiro Romero. Teremos duas equipes de estilos completamente diferentes na grande final, uma bastante ofensiva e que prioriza a posse de bola, o Fluminense, e outra que aposta na marcação cerrada e na verticalidade em direção ao gol para decidir as partidas, nem que seja nos pênaltis, o Boca Juniors. Duelo sem favoritos, imagino eu.
Vou torcer para que o Fluzão do meu amigo Vazão ganhe a sua primeira taça da Libertadores. Na Sul-Americana, é claro que sou Fortaleza desde pequenininho. Vamos ganhar, Lion! No Brasileirão estou torcendo muito para que o Botafogo dos amigos Paulo Tito, Paulinho de Florival, Mizael Nascimento (IM) e Nivaldo Faber (IM) conquiste o título. O time teve uma queda de desempenho nas últimas partidas, mas ainda acredito na sua recuperação bem rápida. Quanto ao meu Atlético, se a gente conseguir uma vaga na Libertadores estará ótimo, já que o ano não nos foi tão gratificante e positivo como esperávamos.
É isso! Vamos aguardar os acontecimentos e que os vencedores comemorem com toda alegria e paixão e que os derrotados saibam aceitar a derrota com humildade, justiça e paciência, sem apelos ao ódio e à violência imbecil e estúpida. Futebol é paz e alegria!
Um grande abraço espinosense.