Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

1107 - Mais uma partida memorável entre Atlético e Cruzeiro

Com a atenção de todo o mundo esportivo na noite desta quarta-feira, as equipes mineiras de Atlético e Cruzeiro proporcionaram mais um brilhante espetáculo do futebol, com o confronto pela semifinal da Copa do Brasil 2014. Com o Estádio Independência tomado apenas pela torcida alvinegra, cruzeirenses e atleticanos se contorciam de ansiedade pelas casas, bares e restaurantes do país, na expectativa de ver o seu time sair vencedor da partida que poderia valer a metade do passaporte para levantar mais um título nacional. O Cruzeiro, à procura do seu quinto título. O Atlético, em busca de um título inédito.
E começa a partida, com o apito inicial de Marcelo de Lima Henrique, árbitro do Rio de Janeiro. Como sempre, nos momentos iniciais do jogo, marcação cerrada de ambos os lados, tensão, ansiedade, erros de passes e o árbitro deixando o jogo correr solto, sem a marcação de muitas faltas. Se já é assim nos clássicos normais, imagine em uma final de uma Copa do Brasil! 
A torcida preta e branca presente ao estádio foi ao delírio logo aos 8 minutos, quando o pequenino e aguerrido Luan, impedido, cabeceou para o fundo das redes do goleiro Fábio após cruzamento perfeito de Marcos Rocha e abriu o marcador para o Atlético. Após o gol, o Atlético manteve a pressão e comandou o jogo no primeiro tempo, mesmo sem a criação de grandes oportunidades de gol pelos dois times. Como podia se notar pelas imagens da TV, o técnico Marcelo Oliveira estava torcendo para que o primeiro tempo terminasse logo, para que ele pudesse tentar reestruturar o posicionamento do seu time, já que o Atlético tinha mais volume de jogo na primeira etapa. E assim terminou o primeiro tempo: 1 x 0 para o Atlético.
Os times retornaram para o segundo com estratégias diferentes. O Atlético manteve o mesmo time, tentando manter o placar conquistado e na tentativa de aumentá-lo em uma jogada rápida de contra-ataque. O Cruzeiro fez uma modificação, entrando Nílton no lugar de Lucas Silva, com o intuito de melhorar a marcação e liberar mais o ataque com a intenção de fazer pelo menos um gol, o que lhe daria uma possibilidade maior na segunda partida decisiva, no Mineirão, dia 26 de novembro. 
Mas o controle do jogo permaneceu em poder do Atlético e se consolidou aos 13 minutos do segundo tempo, quando depois de uma jogada manjada do time alvinegro, com a cobrança de lateral de Marcos Rocha, saiu o segundo gol, através de um chute forte de Dátolo, depois de uma ajeitada de Carlos. O Atlético conseguiu segurar o resultado e sai em vantagem para a emocionante segunda partida da decisão, no dia 26 de novembro, no Mineirão, podendo perder por até um gol de diferença. Mas a história mostra que nada está definido. Será outra grande batalha. Outro grande espetáculo do futebol, com predomínio quase total da torcida cruzeirense, que certamente irá lotar o estádio para apoiar o seu time em busca da reviravolta no placar e mais uma conquista histórica.
Grandes emoções nos esperam, mas é muito gratificante ver o futebol mineiro no topo do futebol brasileiro, mais uma vez.
Um grande abraço espinosense.

   

1106 - A benéfica caminhada de (quase) todo dia

Tem certos dias em que o corpo da gente não está muito disposto e pede, sonolento e preguiçoso, para permanecer deitado mais um pouquinho e deixar para outro dia um tantinho só de movimento. É difícil, mas temos que respirar fundo, nos encher de motivação, tomar impulso e saltar da caminha quente e acolhedora para exercitar o nosso corpo frágil e sagrado, presente de Deus, mesmo porque a saúde é imprescindível na nossa vida e é de suma importância combater aquele tal de mau colesterol que, sorrateiramente, toma posse das nossas veias.
Assim, vamos às ruas e avenidas da cidade para fazer aquela caminhada necessária, mas que também pode-se tornar um passeio maravilhoso e gratificante, se abrirmos os nossos olhos para as belas coisas escondidas no caminho. E surpresas, como um helicóptero que fez um pouso no caminho.
Mesmo entre o asfalto quente, os edifícios colossais, os carros velozes e as pessoas apressadas, há muito o que apreciar. São árvores em plena transformação após a chegada da bendita chuva. São pássaros de todas as espécies voando e cantando por toda parte. É o espetáculo da Natureza no Parque Guimarães Rosa, ressuscitado pela mágica da chuva. É o maltratado Rio Vieira, que mesmo aprisionado em duras paredes de cimento, ainda consegue correr lento e sossegado, atraindo as cores e os cantos dos passarinhos, em meio ao rebuliço em volta. Com atenção, é possível descobrir o ninho do passarinho na árvore ali pertinho e apreciar a alimentação dos filhotinhos pelos pais. Até as lagartixas estão ali para se aquecer ao sol da manhã, em mais um dia de novembro.
O encontro com alguém conhecido, então, deixa a caminhada mais feliz e prazerosa. Cruzar com alguém que amamos, então, é ganhar o dia. O dia se torna maior, mais alegre, muito mais animador. O trabalho flui mais agradável, o bom humor impera. A vida abre novos horizontes, as lembranças das pessoas que amamos brotam serenas e intensas, nos levando a lugares e tempos idos, de tanta felicidade e prazer. Isso tudo até a volta para casa, com aquela incrível sensação de abrigo e proteção divina. É uma viagem, uma viagem no real e no imaginário. E vale cada minuto.
Um grande abraço espinosense.
































    

1105 - Encontros Memoráveis da Música: Lenine e Maria Gadu

Dois expressivos nomes da atual música brasileira se encontraram em uma vigorosa performance em show realizado no Teatro Gran Rex na capital argentina, Buenos Aires, em 16 de maio deste ano. Lenine e Maria Gadu, vozes estupendas e violões muito bem conduzidos na arte de produzir música de qualidade. A canção é "Miedo", de autoria de Lenine em parceria com Pedro Guerra.
Um grande abraço espinosense.

Miedo
Lenine e Pedro Guerra

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienem miedo de subir y miedo de bajar
Tienem miedo de la noche y miedo del azul
Tienem miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienem miedo de reir y miedo de llorar
Tienem miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienem miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo… que dá medo do medo que dá
Medo… que dá medo do medo que dá