Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 13 de janeiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 12

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Causam-me espanto e estranheza certas pessoas extremamente xenofóbicas, ignorantes, radicais e preconceituosas, sobretudo aquelas que ganham bem a vida fora das suas terras natais, em outras localidades do estado, do país e do mundo. Quantas pessoas nossas conterrâneas, nascidas sobre o solo quente e ressecado pela seca neste nosso Sertão Norte-Mineiro, estão espalhadas aí pelos quatro cantos do mundo, conquistando dignamente a sobrevivência, ou até mesmo aproveitando merecidamente o sucesso alcançado com labuta, suor e lágrimas? O mundo é de Deus e nós, seus filhos em pé de igualdade, não podemos ter a nossa liberdade restringida ou obstruída, nem por questões sociais, políticas, religiosas ou econômicas.
Na História da Humanidade, inúmeros migrantes, imigrantes e emigrantes foram de fundamental importância para o desenvolvimento de países e civilizações. Muitos de nós somos descendentes de cidadãos que deixaram seus países europeus, africanos, americanos ou asiáticos para aqui ganhar a vida. Basta um tiquinho só de raciocínio para perceber que o homem que descobriu o país já habitado por indígenas era português, Pedro Álvares Cabral. O cidadão que decretou a Independência do Brasil não nasceu nestas terras férteis em que se plantando tudo dá, Dom Pedro I. A senhora que assinou a Lei que libertava os negros escravizados também não era brasileira, Princesa Isabel. E assim milhões de outros estrangeiros que para o Brasil vieram em busca de uma vida melhor, fugidos da pobreza, de conflitos internos e dos grandes conflitos mundiais, como a Primeira Guerra Mundial. Entre estes, veio desembarcar aqui em terras espinosenses o alferes José de Nicolau de Tolentino, que iniciou o crescimento substancial da família de origem italiana pela cidade e região.




Como em qualquer lugar do mundo, Espinosa deve e muito a valorosos homens e mulheres que deixaram suas localidades natais e que aqui vieram viver, trabalhar e realizar os seus sonhos de crescimento pessoal e profissional. Estas pessoas foram e são de suma importância para o nosso desenvolvimento e evolução, com excelentes serviços prestados à nossa história. Em algum momento dos anos 90, se estou certo, seis desses ilustres senhores foram homenageados pela Câmara Municipal com a entrega do título de Cidadão Honorário da cidade, ação mais que justa e acertada. Conforme a fotografia acima, tirada na confraternização realizada à época nas instalações da AABB Espinosa, foram premiados na oportunidade os honrados senhores Naim Antunes de Souza, Antenor Alves de Farias, Nivaldo Faber da Silva, Manoel da Luz Fernandes, Carlos Ferreira e Gérson Rodrigues de Souza. Infelizmente, muitos deles já não estão mais conosco.
A estes distintos senhores, bem como a milhares de outros que nos adotaram como irmãos espinosenses e que tanto colaboraram com o crescimento da nossa cidade, a nossa gratidão e respeito eternos.    
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 11

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Como sempre faço, ao revisitar Espinosa, saio pela cidade observando as transformações por que passa a cidade ao longo do tempo, buscando perceber as melhorias e os retrocessos no seu desenvolvimento e descobrindo novas construções e empreendimentos. Nesta gostosa e agradável aventura, rememoro as mais prazerosas situações vividas nesta minha terra querida e me entristeço com o desaparecimento de locais em que experimentei sensações inesquecíveis. A derrubada e extinção do velho casarão da Rua da Resina, onde moraram por toda a vida a minha "Madrinha" Judith e meu tio Luizão, é um exemplo claro desta triste realidade de que tudo um dia acaba, inclusive nós, humanos. 




Nestas minhas andanças pelas ruas de Espinosa, em um dia de janeiro sete anos atrás, visualizei, curioso, surpreendido e enternecido, a bela cena de um menininho incógnito tratando com o maior carinho e cuidado um gatinho perdido no leito da via ferroviária em plena Avenida Raimundo Tolentino. De câmera na mão, fiz questão de registrar imediatamente o sublime acontecimento, que nos serve de exemplo para seguir adiante sempre espalhando amor e ternura, não só para os seres humanos, mas e também para os animais. Quem será e por onde andará hoje este cordial garotinho?
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.