Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 4 de julho de 2025

3780 - Entrevista com Beto Guedes

"A UBC-União Brasileira de Compositores é uma associação sem fins lucrativos, dirigida por autores, que tem como objetivo principal a defesa e a promoção dos interesses dos titulares de direitos autorais de músicas e a distribuição dos rendimentos gerados pela utilização das mesmas, bem como o desenvolvimento cultural. A UBC foi fundada em 1942 por autores e atua até hoje com dinamismo, excelência em tecnologia da informação e transparência, representando mais de 60 mil associados, entre autores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras." Esta é a explicação dada pela UBC para a sua existência e finalidade. A instituição, em parceria com o Sonastério, apresenta a 2ª temporada do podcast "Palavra de Autor", com apresentação de Celso Fonseca, cantor, guitarrista e compositor carioca. Nesta nova fase, o programa segue valorizando a música autoral, já tendo entrevistado Maurício Tizumba, Trio Amaranto, Ronaldo Bastos, Michael Sullivan, Peninha, Bernardo Vilhena, Antônio Cícero, Vinícius Cantuária, Evandro Mesquita, Ana Vilela e agora Beto Guedes, o senhor montes-clarense de 73 anos batizado como Alberto de Castro Guedes.
Beto, com toda sua timidez e simplicidade, conta interessantes momentos da sua história de vida e de música, desde que nasceu em Montes Claros em 13 de agosto de 1951 e se mudou com a família para Belo Horizonte onde iria conhecer e se encantar com o som dos britânicos Beatles e a criatividade musical diferenciada de uma turma que tinha Lô Borges, Mílton Nascimento, e muitos outros mineirinhos iluminados pelo poder da canção. No bate-papo com o apresentador Celso Fonseca, Beto conta um tanto de boas histórias, desde a influência musical herdada do pai Godofredo, a Turma da Esquina e as inspirações para a composição de canções tão belas como "Amor de Índio", "O Sal da Terra", "Sol de Primavera" e "Gabriel".
Beto Guedes é um artista maravilhoso, um manancial de lindas canções que embalaram de forma gratificante minha vida e a vida de um bocado de gente por aí. Beto é um orgulho para nós, brasileiros, mineiros, e, especialmente, montes-clarenses. Vida longa, Beto Guedes!
Um grande abraço espinosense.


3779 - A transformação chegou: Choro das Três agora é Trio Meyer Ferreira!

Na nossa divina e bendita existência de final certo e irreversível, as mudanças e transformações são naturais e necessárias, obviamente sem que nos percamos no caminho deixando de seguir adiante mantendo os valores supremos da humildade, da honestidade, da solidariedade, da verdade, da paz e do amor, estes inegociáveis e jamais mutáveis ou extintos preceitos. A metamorfose é sadia, mas somente quando direcionada para o positivo na nossa vital e imprescindível evolução humana.  
Assim é que as doces e talentosas meninas irmãs do grupo de Chorinho "Choro das Três", a Corina Meyer Ferreira (flauta), a Elisa Meyer Ferreira (bandolim, sanfona) e a Lia Meyer Ferreira (violão de 7 cordas), resolveram realizar uma essencial mudança na carreira profissional e passarão a se denominar "Trio Meyer Ferreira", realçando o nome da família. Esta transformação se deve à natural necessidade de crescimento profissional das meninas que começaram bem cedo, ainda crianças, a fazer o que mais amam: tocar um instrumento, e mais, fazer isto valorizando uma importante vertente da nossa rica Música Popular Brasileira, o Chorinho. Outra questão importante é a saudade e o sentimento de vazio após o falecimento do percussionista que as acompanhava no pandeiro, seu pai Eduardo Ferreira, o coração e a alma do grupo por mais de 20 anos. Assim é a vida, com seus ciclos que começam e devem acabar, e seguir adiante é mais que preciso e impreciso.
 

Acostumadas a se apresentarem pelo mundo, as garotas da cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, também decidiram adiar a próxima turnê nos EUA, colocando à venda o motorhome que utilizam nas viagens pelo imenso país. O custo das taxas aumentou imensamente, assim como a repressão aos imigrantes, o que inviabilizou totalmente a trajetória de shows nos Estados Unidos.
As meninas do Choro já se apresentaram em mais de 30 estados dos EUA na turnê anterior, levando a novos públicos a nossa rica música tradicional, e, se Deus quiser e a paz, a liberdade e a sensatez retornarem aos Estados Unidos, elas voltarão a se apresentar por lá um dia.
Ficam aqui o meu carinho, respeito e gratidão a essas mulheres talentosas e guerreiras que saem pelo mundo sem medo de serem felizes e fazerem o que mais gostam: produzirem arte musical com todo o prazer.
Boa sorte e sucesso, "Trio Meyer Ferreira"!
Um grande abraço espinosense.


3778 - A dor da perda em uma canção

São muitas as canções escritas como um desabafo sincero e dolorido sobre perdas de pessoas queridas ou admiradas. Amo muitas delas, como a pungente "Tears In Heaven" que Eric Clapton compôs em parceria com Will Jennings para demonstrar sua imensa dor pela perda do seu filho de 4 anos Conor após ele cair do 53° andar de um arranha-céu em Nova Iorque em março de 1991; ou a linda "Candle In The Wind", composta pela dupla Elton John e Bernie Taupin e imortalizada por Elton homenageando em 1973 a atriz Marilyn Monroe que havia falecido em 4 de agosto de 1962 de uma overdose de barbitúricos. Posteriormente, em 1997, a genial dupla de compositores britânicos recriou a letra da canção, como um tributo a Diana, Princesa de Gales, falecida em um trágico acidente automobilístico. Outras clássicas canções também tratam do tema da perda dolorosa de alguém, casos de "Jeremy" (Pearl Jam), "Love In The Afternoon" (Legião Urbana), "All My Love" (Led Zeppelin), "Sometimes You Can't Make It On Your Own" (U2), "Brendan's Death Song" (Red Hot Chili Peppers), "Naquela Mesa" (Nélson Gonçalves), "O Anjo Mais Velho" (O Teatro Mágico), entre tantas outras.
Abordando essa situação dramática e angustiante de perda de pessoas amadas, onde a dor e a saudade batem forte no peito, a banda de Rock norte-americana formada na cidade de Jacksonville, Flórida, em 2001, a Shinedown, compôs a música "Three Six Five", lançada há poucos dias nas plataformas musicais. A letra da música usa o tempo de um ano, 365 dias, para mostrar que fatos tristes podem ocorrer em nossas vidas de maneira abrupta e irreversível, mas que é preciso ter força para suportar a dor e seguir adiante.





A banda é formada atualmente por quatro integrantes: Brent Smith (vocal), Barry Kerch (bateria), Zach Myers (guitarra, baixo, piano, backing vocals) e Eric Bass (baixo, guitarra, piano, backing vocals). Passaram pela banda Brad Stewart (baixo - 2001 a 2007), Jasin Todd (guitarra - 2001 a 2008) e Nick Perri (guitarra - 2008). A Shinedown já lançou sete discos de estúdio: "Leave a Whisper" (2003), "Us and Them" (2005), "The Sound of Madness" (2008), "Amaryllis" (2012), "Threat to Survival" (2015), "Attention Attention" (2018) e "Planet Zero" (2022). 
A música é um necessário e importante recurso que podemos utilizar para amenizar a dor da perda de um ente querido, ainda mais se for uma criação de suprema beleza.
Um grande abraço espinosense. 



THREE SIX FIVE (TRÊS SEIS CINCO)
Brenton Smith e Eric Bass

There's a hurricane, and it's on the way (Tem um furacão, e tá vindo aí)
I've been sitting in this house for days (Tô sentado nessa casa há dias)
I'm in here waitin' on the flood (Tô aqui esperando a enchente)
I've been hanging out and holding on (Tô só curtindo e segurando firme)
To every word of our favorite song (Cada palavra da nossa música favorita)
These headphones, are thicker than blood (Esses fones, são mais fortes que sangue)
If I could hitch a ride on a time machine (Se eu pudesse pegar uma carona numa máquina do tempo)
I would bring you right back here with me (Eu te traria de volta aqui comigo)
And I wouldn't have to watch you disappear (E não precisaria ver você sumir)
Even though I said all the things that mattered most (Mesmo que eu tenha dito tudo que importava)
While I held on tight to the end of the rope (Enquanto eu segurava firme na ponta da corda)
I could keep you close, but I couldn't keep you here (Eu poderia te manter perto, mas não conseguiria te ter aqui)
A lot can happen in a year (Muita coisa pode acontecer em um ano)
Giving in not giving up (Se entregando, mas não desistindo)
Maybe I didn't care enough (Talvez eu não tenha me importado o suficiente)
I wish I could let you know somehow (Queria poder te fazer saber de algum jeito)
If I could hitch a ride on a time machine (Se eu pudesse pegar uma carona numa máquina do tempo)
I would bring you right back here with me (Eu te traria de volta aqui comigo)
And I wouldn't have to watch you disappear (E não precisaria ver você sumir)
Even though I said all the things that mattered most (Mesmo que eu tenha dito tudo que importava)
While I held on tight to the end of the rope (Enquanto eu segurava firme na ponta da corda)
I could keep you close, but I couldn't keep you here (Eu poderia te manter perto, mas não conseguiria te ter aqui)
A lot can happen in a year (Muita coisa pode acontecer em um ano)
A lot can happen in a year (Muita coisa pode acontecer em um ano)
A lot can happen in a year (Muita coisa pode acontecer em um ano)
Keep looking up not looking down (Continue olhando pra cima, não pra baixo)
You won't find the answers in the ground (Você não vai encontrar as respostas no chão)
So where will we be 12 months from now (Então onde estaremos em 12 meses a partir de agora)
And if I could hitch a ride on a time machine (E se eu pudesse pegar uma carona numa máquina do tempo)
I would bring you right back here with me (Eu te traria de volta aqui comigo)
And I wouldn't have to watch you disappear (E não precisaria ver você sumir)
Even though I said all the things that mattered most (Mesmo que eu tenha dito tudo que importava)
While I held on tight to the end of the rope (Enquanto eu segurava firme na ponta da corda)
I could keep you close, but I couldn't keep you here (Eu poderia te manter perto, mas não conseguiria te ter aqui)
A lot can happen in a year (Muita coisa pode acontecer em um ano)