Levado por meu irmão José de Freitas Tolentino à capital Belo Horizonte pela primeira vez nos anos 70, vivi as mais belas emoções que um jovem garotinho de uma cidadezinha do interior jamais havia sonhado. Além de me assustar e me surpreender com o trânsito frenético e com os arranha-céus de concreto e vidro, pude conhecer e vivenciar de forma intensa e emocionante em pleno Mineirão, um clássico entre o meu Atlético e o Cruzeiro do meu mano querido. No meio daquela multidão de cerca de 100 mil pessoas, algo assim como três Espinosas, aquele garotinho ingênuo e caipira sentiu pela primeira vez na vida a trepidante emoção de ver ao vivo e a cores o seu Clube Atlético Mineiro jogar. E mais! Foi inesquecível ver em campo o genial ídolo da camisa 9, José Reinaldo de Lima, mostrar todo o seu extraordinário talento e cumplicidade com a bola, marcando o gol da vitória alvinegra por 2 x 1. Foi a primeira e única vez que vi o REI jogar, ao vivo. Mas felizmente ainda o vi desfilar pelos gramados do mundo pela TV, atuando pelo Galo e pela Seleção Brasileira, sempre hipnotizado por sua genialidade e coragem de explicitar para o mundo a sua posição política, sem medo de represálias, com seu gesto característico de punho fechado e braço levantado. O REI é eterno!
Como Deus é sempre muito bom comigo, tive a honra, a felicidade e o privilégio de me encontrar em três oportunidades com meu ídolo. Uma no Shopping Montes Claros, quando de uma entrevista dele e do Raul Plassmann na época da Copa do Mundo; outra no mesmo shopping, no lançamento de seu livro; e a terceira e última, ou melhor, mais recente, na visita que fiz à Arena MRV, em Belo Horizonte. Como sempre, apesar da fama internacional e do assédio constante, Reinaldo me tratou com a maior generosidade, atenção e humildade, um exemplo de profissional e ídolo do futebol.
Ontem, o REI da Nação Atleticana comemorou seus 67 anos de idade! Parabéns pelo aniversário, REI, e vida longa repleta de saúde e felicidade! Obrigado por tudo e gratidão eterna, gênio da bola!
Um grande abraço espinosense.