Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

3376 - Morre Franz Beckenbauer

Nem bem nos recuperamos do falecimento de um ícone do futebol mundial, Mário Jorge Lobo Zagallo, e eis que outro gigante nos deixa. O alemão Franz Anton Albert Beckenbauer, craque de primeira grandeza do futebol da Alemanha, morreu ontem, dia 7 de janeiro de 2024, aos 78 anos.



O Kaiser (Imperador) se notabilizou nos gramados como um jogador inteligente, versátil, habilidoso, elegante e vitorioso, sendo, ao lado do brasileiro Zagallo e do francês Didier Claude Deschamps, os únicos vencedores da Copa do Mundo de Seleções da FIFA como atleta e como treinador. A imagem mais impactante do astro alemão é a da sua intensa dedicação em campo, atuando mesmo com uma grave lesão na clavícula em boa parte da partida contra a Itália na semifinal da Copa do Mundo de 1970, no México, vencida pelo time italiano por 4 x 3, naquela que é considerada uma das mais lindas e perfeitas partidas da história do futebol.



Depois de se consagrar na Europa, foi jogar nos Estados Unidos, no Cosmos de Nova York, ao lado de Pelé, Marinho Chagas e Carlos Alberto Torres, ajudando a disseminar na Terra do Tio Sam o futebol. Após abandonar os gramados, continuou trabalhando no futebol como treinador, conquistando títulos com o Bayern de Munique, especialmente três Champions League em sequência (1973–74, 1974–75 e 1975–76) e levando a Seleção da Alemanha a duas finais de Copa do Mundo, sendo Vice-Campeão em 1986, derrotado pela Argentina de Diego Armando Maradona, e Campeão em 1990, vencendo na final a mesma Argentina.



O craque Franz Beckenbauer desfilou seu imenso talento pelos gramados do mundo, mostrando sua técnica apurada e seu futebol vistoso e elegante, conquistando admiradores, prêmios, vitórias e conquistas que o levaram a ser reverenciado por aficionados pelo futebol do mundo inteiro. Não à toa em Espinosa, muito tempo atrás, um garotinho muito bom de bola que integrava a nossa equipe do Cruzeirinho, treinada por Domingão de Gino, recebeu o apelido que o acompanha até hoje: Zezinho Beckenbauer.
O astro do Bayern de Munique, da Seleção Alemã e do Cosmos, foi atleta, treinador, comentarista esportivo, presidente de clube e dirigente da FIFA, uma trajetória de sucesso.
Descanse em paz, gênio da bola Franz Beckenbauer!
Um grande abraço espinosense.

Centenário de Espinosa - Postagem 2

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Não tenho muito o que reclamar da vida, pois apesar de algumas vicissitudes passadas, como acontece com todo mundo, ainda estou vivo, com alguma energia e saúde e com uma memória razoável, o que me faz lembrar direitinho desses personagens da fotografia abaixo.


    
Esta velha fotografia foi tirada no quintal da casa de meus tios João Fernandes Vieira e Maria Geralda Tolentino Vieira, esta minha amada Tia Lia. A casa ainda existe e está situada nos fundos da atual Escola Estadual Betânia Tolentino Silveira. Naquela época, além de trabalhar no Grupo Dom Lúcio como merendeira, Tia Lia trabalhava incessantemente assando biscoitos no forno de lenha, os mais crocantes e saborosos da Terra, para ajudar a sustentar a família. Nesta época, nós ainda adolescentes, eu e os seus filhos e meus primos Carlos Magno, o Magrão, Marco Aurélio, o Lelo, e Júlio César, curtíamos a liberdade jogando futebol e lendo revistinhas em quadrinhos. Como pode-se notar na imagem, Lelo está segurando a bola e eu, com a mão no queixo e um olho fechado por conta da intensa claridade do Sol que incomodava a minha miopia, estou segurando uma revistinha do Mickey e do Pateta, certamente. Magrão estava com alguma contusão no joelho, visto que usava uma faixa no esquerdo. E Júlio usava no seu cabelo liso e grande, uma touca de plástico de carregar frutas, bastante comum naqueles tempos. Mulheres normalmente naquela época não usavam calças compridas, quase que só vestidos e saias, como pode se notar na foto, onde aparecem, a partir da esquerda, Vera Oliva, minha mãe Juvercina (Zu) Tolentino, minha irmã Joana D´Arc, minha Tia Lia e meu Tio João de Crispim Vieira.
Bons tempos!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 1

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Poderia começar esta série falando de tanta coisa e tanta gente que fiquei indeciso, mas resolvi iniciar falando de uma dupla de personagens especiais e singulares, por quem eu, e acredito muita gente na cidade, tinha enorme carinho e admiração. Falo do casal Waldir e Lia do Bakana.
Enquanto Waldir era um sujeito sossegado, sereno e de fala quase sussurrante, sua amada esposa Lia era opostamente elétrica, agitada e de dar sonoras gargalhadas. Eles se completavam felizes no cotidiano de batalhar da maneira mais digna e íntegra pela sobrevivência na gestão do barzinho Bakana, vencendo na vida e tendo a clarividência de encaminhar os seus três filhos no caminho da educação e do bem.
Por muitas vezes estive no Bakana, tomando cerveja no reservado lá do fundo junto com os amigos, ainda adolescente. Já adulto, saíamos do Banco do Brasil para "molhar a palavra" lá com uma cerveja gelada e "encher o bucho" com os seus tradicionais frangos assados, além de, é claro, bater um prazeroso papo com os amigos e escutar com atenção os inúmeros e hilários "causos" do farto repertório de Waldir.
Com toda certeza, ambos, Waldir e a cruzeirense Lia, estão em um bom lugar, com o Criador.  
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 




3375 - A voz cristalina e saborosa de Vanessa da Mata

Minhas cantoras preferidas, acho que já contei aqui para vocês em diversos momentos quais são elas. 
Foi ao assistir na TV Globo a um show de Elis Regina no ano de 1980, na interpretação da música "Atrás da Porta" (composição de Chico Buarque e Francis Hime), que me apaixonei imediata e profundamente pela "Pimentinha". Arrepiei-me todo ao ver e escutar aquela baixinha talentosa e poderosa cantar daquela maneira mágica e impactante, com lágrimas nos olhos, mas sem perder a voz e a técnica impecável. E continuo me emocionando quando assisto novamente a esta cena histórica da melhor cantora do Brasil de todos os tempos. Na minha opinião, obviamente.
Depois de Elis, a primeira isolada no pódio, vêm Gal Costa, Maria Bethânia, Cássia Eller, Paula Toller, Beth Carvalho, Marisa Monte e Leila Pinheiro. E tem também uma mulher linda que eu adoro, com seus longos cabelos cacheados, nascida na pequenina cidade de Alto Garças, no Mato Grosso, aos 10 de fevereiro de 1976, a senhorita Vanessa Sigiane da Mata Ferreira. Compositora de qualidade e possuidora de uma voz linda, cristalina e cativante, Vanessa da Mata já conquistou o público e o sucesso com músicas gostosas demais como "Ainda Bem", "Boa Sorte/Good Luck", "Não Me Deixe Só", "A Força Que Nunca Seca", "Ai, Ai, Ai...", "Amado" e seus oito álbuns de estúdio lançados.
 
Álbuns de estúdio:
Vanessa da Mata (2002)
Essa Boneca Tem Manual (2004)
Sim (2007)
Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias (2010)
Vanessa da Mata canta Tom Jobim (2013)
Segue o Som (2014)
Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina (2019)
Vem Doce (2023)


O que mais ouvimos por aí dos melancólicos e nostálgicos é que a música brasileira de qualidade sumiu do mapa. Mentira! Fake News! Conversa fiada! Papo furado! É só apego ao passado e uma preguiça danada de procurar. A produção musical brasileira continua a todo vapor, com milhares de antigos e novos artistas produzindo maravilhas nos mais diversos ritmos. Hoje temos disponíveis a Internet e vários serviços de streaming que nos permitem viajar pelo universo da música e descobrir inúmeros tesouros escondidos, canções as mais belas e saborosas. Como estas duas músicas da Vanessa da Mata aqui embaixo. Apreciem sem moderação.  
Um grande abraço espinosense.