Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 13 de maio de 2015

1243 - Uma quarta-feira de fortes emoções

A emoção para os fanáticos por futebol começou ainda na tarde desta quarta-feira, com a surpreendente classificação da Juventus de Turim, eliminando o todo poderoso Real Madrid de Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Gareth Bale. Batendo pênalti aos 23 minutos do primeiro tempo, o excelente atacante português Cristiano Ronaldo abriu o marcador, chegando à impressionante marca de 307 gols marcados com a camisa do Real Madrid, igualando-se a ninguém menos que o mito Alfredo Di Stéfano. Aos 12 minutos do segundo tempo, a Juventus empatou a partida com um gol de Morata, segurando até o final o resultado que lhe deu a classificação para a finalíssima da UEFA Champions League, a ser disputada no dia 6 de junho, em Berlim, na Alemanha, contra o Barcelona de Neymar, Suárez e Lionel Messi.
Real Madrid: Iker Casillas, Carvajal, Marcelo, Sergio Ramos, Varane, Toni Kroos, James Rodríguez, Isco, Gareth Bale, Karim Benzema (Chicharito) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Carlo Ancelotti. 
Juventus: Gianluigi Buffon, Lichtsteiner, Bonucci, Giorgio Chiellini, Patrice Evra, Claudio Marchisio, Andrea Pirlo (Barzagli), Arturo Vidal, Paul Pogba (Pereyra), Álvaro Morata (Llorente) e Carlos Tévez. Técnico: Massimiliano Allegri.


À noite, mais cedo, às 19h30, precisando da vitória a todo custo por ter perdido o primeiro confronto no Morumbi, na capital paulista, o Cruzeiro partiu para cima do time tricolor, fazendo uma marcação fortíssima e impedindo a saída de bola do São Paulo, que errava passes constantes. Pressão total! Os jogadores celestes tentavam chutes de fora da área e assustavam a defesa são-paulina. O São Paulo teve uma boa chance com uma falta muito bem cobrada por Michel Bastos, que passou perto do travessão de Fábio. O time da Toca da Raposa continuava sufocando o adversário, principalmente pelo lado direito, com Marquinhos. O atacante William tentou chutes de média distância por duas vezes e levou perigo ao gol de Rogério Ceni. 
O jogo seguia tenso e indefinido, com muita tensão e disputa estratégica entre os treinadores. Um verdadeiro jogo de xadrez. No time do São Paulo, Paulo Henrique Ganso, como sempre, muito técnico, mas pouco participativo, e com uma lentidão impressionante, não criava jogadas para o atacante Alexandre Pato, que, isolado na frente, nada produzia. 
Pelo Cruzeiro, William se destacava pela insistência nos chutes de fora da área e Leandro Damião disputava todas as jogadas, com a sua costumeira vontade. Mas o primeiro tempo terminou em 0 x 0.
Na volta para o tempo final, o Cruzeiro voltou bem melhor e novamente ditou o ritmo do jogo, sufocando o time paulista até que o gol saiu aos 9 minutos, através de Leandro Damião, que finalizou certeiramente após mais uma jogada iniciada pelo lado esquerdo da defesa tricolor, com Mayke. O Cruzeiro continuou apertando e o treinador Mílton Cruz fez a primeira substituição no São Paulo, com a entrada de Luís Fabiano no lugar de Pato. Pouco tempo depois, tirou Wesley para colocar Centurión, tentando mudar o panorama completamente desfavorável ao seu time, já que o Cruzeiro era muito superior em campo. Outras mudanças foram feitas nas duas equipes, mas nada que pudesse mudar o cenário de o Cruzeiro atacar e o São Paulo se defender. E assim terminou a partida, com a definição do vencedor a ser conhecida na disputa dos pênaltis.
O São Paulo começou a bater. Rogério Ceni converteu. Pelo Cruzeiro, Leandro Damião bateu para defesa de Rogério. Ganso marcou. Marquinhos também. Souza chutou alto, para fora. Arrascaeta converteu o seu. Luís Fabiano bateu para defesa de Fábio. Henrique colocou o Cruzeiro na frente, batendo muito bem. Centurión bateu forte e estufou a rede. Só Rogério poderia salvar o São Paulo. Manoel bateu muito mal e colocou mais emoção na decisão. Tudo igual no placar. A partir de então, cobranças alternadas. Fábio defendeu a cobrança de Lucão. Gabriel Xavier bateu bem e deu a classificação ao time mineiro. Cruzeiro 4 x 3, vitória emocionante nos pênaltis, passaporte liberado para as quartas de finais da Libertadores.
O Cruzeiro enfrentará o vencedor do jogo Boca Juniors x River Plate que será disputado nesta quinta-feira.
Cruzeiro: Fábio; Mayke (Willian Farías), Bruno Rodrigo, Manoel e Mena; Willians e Henrique; Marquinhos, De Arrascaeta e Willian (Gabriel Xavier); Leandro Damião.
Técnico: Marcelo Oliveira.
São Paulo: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Tolói, Lucão e Reinaldo; Denilson, Souza, Wesley (Centurión), Michel Bastos (Hudson) e Ganso; Alexandre Pato (Luís Fabiano).
Técnico: Milton Cruz.


22 horas. E chegou a hora de Atlético e Internacional decidirem o seu futuro na Libertadores, em um Estádio Beira Rio completamente lotado. Que coisa bonita é o futebol!
A partida começa com estratégias cuidadosamente montadas pelos treinadores, onde o menor erro pode ser fatal. Todo mundo atento para neutralizar as jogadas adversárias e cometer o mínimo de erros. Patric foi lançado na área e teve boa chance de marcar o gol, mas furou escandalosamente, perdendo boa oportunidade de colocar o Atlético na frente. O Internacional respondeu com Lisandro López, que em um ótimo contra-ataque, desperdiçou uma boa oportunidade de marcar. Disputa intensa pela bola em todos os quadrantes do campo, com algumas jogadas mais duras de lado a lado. Até que aos 22 minutos, Valdívia recebeu bom lançamento e toca com extrema maestria por cima do goleiro Víctor, com uma consciência elogiável, e abriu o placar para o Internacional. Golaço! E a imensa torcida colorada presente no estádio enlouqueceu de vez quando, aos 46 minutos, o seu camisa 10, D´Alessandro, se livrou da defesa atleticana e tocou com categoria exacerbada no ângulo direito superior do goleiro Víctor e decretou o aumento no placar do jogo: 2 x 0. E assim terminou o primeiro tempo.
O Atlético voltou com mudanças para o segundo tempo. Levir Culpi colocou Maicosuel e Giovanni Augusto nos lugares de Thiago Ribeiro e Leandro Donizete, tentando melhorar o desempenho do time. Aos 13 minutos o Atlético começou uma reação e marcou o seu gol, com o artilheiro Lucas Pratto. A torcida atleticana mais uma vez se acendeu com o grito de "eu acredito!" E Luan perdeu a chance de empatar a partida aos 17 minutos, chutando no travessão de Alisson.
O Atlético pressionou em busca do gol que lhe daria o empate e a chance de decidir a classificação nos pênaltis. Mas em jogada de extrema infelicidade aos 36 minutos, Dátolo tentou recuar de cabeça um lançamento de Valdívia e cometeu o pecado de deixar Lisandro López na cara de Víctor, para fazer o terceiro gol do Internacional e decretar a despedida do Atlético da Libertadores 2015. A partir daí, o time alvinegro partiu com tudo para cima do colorado, mas sem sucesso. O Internacional segue adiante, com méritos. Ao Atlético, que lutou até o último segundo, resta o reconhecimento da torcida. O adversário do Internacional nas quartas de finais será o Independiente Santa Fé, que eliminou o Estudiantes.
Internacional: Alisson; Willian, Alan Costa, Juan e Ernando; Rodrigo Dourado, Aranguiz, Valdívia e D'Alessandro (Réver); Eduardo Sasha (Jorge Henrique, depois Nicolás Freitas) e Lisandro López.
Técnico: Diego Aguirre.
Atlético: Victor; Patric, Jemerson, Leonardo Silva e Douglas Santos (Jô); Rafael Carioca e Leandro Donizete (Giovanni Augusto); Luan, Dátolo e Thiago Ribeiro (Maicosuel); Lucas Pratto.
Técnico: Levir Culpi.


No outro jogo envolvendo times brasileiros, o Corinthians também deu adeus à Libertadores ao perder de 1 x 0, em casa, para o Guaraní do Paraguai.
Que mais emoções venham nas fases decisivas da Copa Bridgestone Libertadores da América! Parabéns ao Internacional e ao Cruzeiro que seguem na competição defendendo o futebol brasileiro. Boa sorte e um grande abraço espinosense.