Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 10 de dezembro de 2022

3093 - Braga morreu em Juiz de Fora

Agora há pouco, através da página do Facebook da minha amiga atleticana e conterrânea da Rua da Resina, Rita de Cássia Lopes, tomei conhecimento do falecimento do senhor Osvaldo Gonçalves Cruz, mais conhecido pelo apelido de Braga. Ele morava na cidade de Juiz de Fora.
Braga era um digno cidadão, sempre entusiasmado com o seu clube do coração, o Atlético, e muito querido pelos familiares e amigos. Pertencia às numerosas famílias Gonçalves e Cruz, com ligação forte com a nossa Espinosa, apesar de residir distante há algum tempo.
Aos seus familiares, o meu sincero sentimento de pesar pela perda e a oração para que o Criador os console, dando-lhe fé, força e resignação para aceitar e compreender a transitoriedade da nossa existência terrena.
Que Braga descanse em paz!
Um grande abraço espinosense. 




3092 - Os quatro gigantes sobreviventes em busca do título da Copa

Quem imaginava que as surpresas haviam ficado para trás, enganou-se completamente. Após quartas de finais espetaculares, com partidas memoráveis recheadas de reviravoltas e emoções prorrogadas, chegamos às semifinais da Copa do Catar com três gigantes do futebol mundial e a surpreendente Seleção do Marrocos ainda sonhando com a glória. Argentina de Lionel Messi (camisa 10), Croácia de Luka Modric (camisa 10), França de Kylian Mbappé (camisa 10) e o incrível Marrocos de Hakim Ziyech (camisa 7) continuam adiante na tentativa de ganhar a mais cobiçada taça do futebol de seleções. A África está representada nas semifinais de uma Copa do Mundo pela primeira vez na história, um feito espetacular. Para chegarem entre os quatro melhores do mundo foi preciso muito talento, garra, dedicação, força mental, sabedoria, humildade, estratégia e, por que não, uma boa pitada de sorte para alguns. 



Assim eles chegaram às semifinais, após confrontos carregados de tensão, frieza e sacrifício:  
 
Sexta-feira, 09 de dezembro de 2022, meio-dia em Brasília, e a Seleção Brasileira entrou em campo no Estádio Cidade da Educação, no Catar, para enfrentar um selecionado bem inferior tecnicamente na busca por uma vaga nas semifinais da Copa. E deu errado, com mais uma eliminação para equipes europeias, a quinta desde 2006. Mesmo com a vantagem de ter marcado um gol na primeira etapa da prorrogação, um golaço de Neymar (camisa 10), vacilamos feio e fomos punidos por um único chute da Croácia no gol de Álisson (camisa 1), que desviado em Marquinhos (camisa 4), nos custou a disputa nos pênaltis e a dolorosa derrota e volta para casa. Análise deste jogo na postagem anterior.



Mais tarde, ainda na sexta, às 16 horas, um jogaço de bola, teste para cardíaco, mesmo que não argentino ou holandês. A Argentina passou momentos de tensão máxima, viu a vantagem inicial de dois gols ser desmontada no último minuto do tempo regulamentar, mas se manteve firme e concentrada, e no sufoco da prorrogação, conquistou a tão almejada vaga nas semifinais da Copa. A partida começou como esperávamos, um verdadeiro jogo de xadrez, com a Holanda tendo uma mínima vantagem na posse de bola, mas sem ameaçar o gol de Emiliano Martínez (camisa 23). A Argentina é quem criou as melhores chances. Aos 34 minutos, o prêmio. Lionel Messi (camisa 10), sempre ele, deu um passe preciso entre os muitos defensores holandeses para colocar o lateral-direito Nahuel Molina (camisa 26) na cara do gol. E ele não falhou, tocou certo para o fundo do gol de Andries Noppert (camisa 23) e colocou a equipe albiceleste na dianteira do placar. Na segunda etapa, o técnico Louis Van Gaal fez o necessário, trocou jogadores e partiu para a tentativa do empate. Mas, aos 27 minutos, o ótimo lateral-direito Denzel Dumfries (camisa 22) fez besteira, cometendo um pênalti desnecessário sobre Marcos Acuña (camisa 8), que o gênio Lionel Messi (camisa 10) cobrou com frieza e habilidade, aumentando o placar para 2 x 0. Quando tudo parecia decidido, eis que o imponderável surgiu em campo. O centroavante Wout Weghorst (camisa 19), vindo do banco de reservas, mudou a história do jogo, marcando duas vezes no segundo tempo, aos 37 e no minuto final dos acréscimos, deixando trêmula, assustada e incrédula a torcida argentina. Teríamos tempo extra de novo na Copa! E a prorrogação se deu com muito cansaço, respeito ao adversário, cuidado defensivo e boas chances de gol criadas de lado a lado, com mais chances criadas pelos argentinos. Mantida a igualdade no placar, a decisão foi para os pênaltis, onde tudo poderia acontecer. E aí brilhou o goleiro argentino Emiliano Martínez (camisa 23), que defendeu as cobranças de Virgil Van Dijk (camisa 4) e Steven Berghuis (camisa 11). Teun Koopmeiners (camisa 20), Wout Weghorts (camisa 19) e Luuk De Jong (camisa 9) marcaram para a Holanda, enquanto Enzo Fernández (camisa 24) perdeu sua cobrança, a quarta da Argentina, mas Lionel Messi (camisa 10), Leandro Paredes (camisa 5), Gonzalo Montiel (camisa 4) e Lautaro Martínez (camisa 22) converteram com eficiência e colocaram a Seleção Argentina nas semifinais onde enfrentará a Croácia que despachou o Brasil para casa. Mais uma memorável partida para ficar na história dos Mundiais! 



Sábado, 12 horas de Brasília, eis que o surpreendente time do Marrocos veio para mais uma chance de chocar o mundo, desta vez diante do excelente time de Portugal, tão bom que não sobrou espaço para o astro Cristiano Ronaldo (camisa 7), colocado na reserva pelo técnico Fernando Santos. E depois de um primeiro tempo muito movimentado e equilibrado, a equipe marroquina mostrou o porquê de estar fazendo história na Copa do Catar. Mesmo sem posse de bola, o Marrocos se destacou pela objetividade. Aos 41 minutos, Youssef En-Nesyri (camisa 19) aproveitou ótimo cruzamento da esquerda, subindo nas nuvens para ganhar a disputa pela bola com o goleiro português Diogo Costa (camisa 22) e colocá-la no fundo das redes, determinando 1 x 0 no marcador. Para tentar reverter o estrago, o treinador português colocou em campo, logo no início da segunda etapa, o astro Cristiano Ronaldo (camisa 7), visivelmente contrariado com sua presença no banco de reservas. Portugal tentava a todo custo penetrar na área adversária em busca do empate, mas o time do Marrocos seguia obedientemente sua estratégia de se fechar na defesa, segurando a vantagem e esperando uma chance de matar a partida no contra-ataque. De forma estúpida, o atacante Walid Cheddira (camisa 21) foi expulso já no finalzinho da partida, colocando mais emoção no jogo, dominado por Portugal na busca desesperada pelo gol de empate que o livraria da eliminação em curso. No finalzinho, em contra-ataque rápido, Zakaria Aboukhal (camisa 14) perdeu a chance de aumentar o placar diante do goleiro português. O zagueiro Pepe (camisa 3) ainda teve uma última chance de marcar, de cabeça após escanteio, mas não aproveitou a oportunidade. Assim o tempo acabou e mais um gigante sucumbiu na Copa do injusto, desigual, homofóbico e machista Catar. Marrocos está nas semifinais, um feito inédito, uma façanha admirável. O incrível time do Marrocos eliminou em sequência nada menos que Bélgica, Espanha e Portugal, uau! Fica esperta, França!  



Sábado, 16 horas, uma saga de gigantes europeus. Inglaterra e França em campo na batalha pela última vaga para as semifinais da Copa do Catar. E elas fizeram sim o espetáculo da bola, em um jogo repleto de estratagemas para a tentativa da vitória. A França, com a habilidade técnica incrível dos seus jogadores, trocou passes com rapidez e chegou ao ataque com perigo, até que Aurelien Tchouaméni (camisa 8) acertou um chutaço de fora da área que não deixou chances de defesa ao goleiro Jordan Pickford (camisa 1). Aos 16 minutos, a França saiu na frente do placar, 1 x 0. Com Kylian Mbappé (camisa 10) muito bem marcado, a Inglaterra se sobressaía na partida em busca do empate, colocando Hugo Lloris (camisa 1) para trabalhar. O goleiro francês tornou-se nesta partida o jogador com mais jogos disputados pela França nas Copas, 18, superando Barthez, Griezmann e Henry, com 17, e Giroud, Thuram e Varane, com 16. Ele atuou nas Copas de 2010, 2014, 2018 e 2022. Mas a França terminou em vantagem no primeiro tempo. Na etapa segunda, a Inglaterra continuou apertando a França, conseguindo um pênalti após falta de Aurelien Tchouaméni (camisa 8) em Bukayo Saka (camisa 17). O capitão Harry Kane (camisa 9) assumiu a tarefa e fez bonito, empatando o jogo em bela cobrança da penalidade aos 8 minutos. Com este gol, o 53º, Harry Kane se iguala a Wayne Rooney como o maior artilheiro da história da Seleção Inglesa. O confronto continuava emocionante, tenso, extremamente competitivo, com um futebol de altíssima qualidade. Aos 32 minutos, o artilheiro Olivier Giroud (camisa 9) recolocou a França em vantagem, marcando um belo gol de cabeça. É o 53º gol do atacante com a camisa francesa. Poucos minutos depois, com ajuda do VAR, o árbitro brasileiro Wilton Sampaio marcou o 19º pênalti na Copa do Catar. Novamente o escolhido para bater a penalidade foi o capitão Harry Kane (camisa 10), que teria a chance de suplantar mais uma vez seu colega Hugo Lloris (camisa 1), com quem joga junto há quase 10 anos no Tottenham. Mas a felicidade da primeira cobrança não se repetiu. Kane chutou nas nuvens, perdendo a chance do empate. Foi o sexto pênalti perdido na Copa do Catar, cinco em defesas dos goleiros. Eram 38 minutos de jogo, faltava pouco tempo para a reação, mas a Inglaterra continuou tentando a igualdade no placar. O English Team teve a última oportunidade já nos acréscimos em falta batida por Marcus Rashford (camisa 11), para fora, passando perto do travessão. A atual Campeão do Mundo, França, foi eficiente, venceu o grande duelo e agora vai se chocar com o surpreendente Marrocos nas semifinais. 



Artilheiros da Copa até agora:
Kylian Mbappé (França) - 5 gols
Lionel Messi (Argentina) - 4 gols
Olivier Giroud (França) - 4 gols
Enner Valencia (Equador) - 3 gols
Richarlison (Brasil) - 3 gols
Álvaro Morata (Espanha) - 3 gols
Gonçalo Ramos (Portugal) - 3 gols
Cody Gakpo (Holanda) - 3 gols
Bukayo Saka (Inglaterra) - 3 gols
Marcus Rashford (Inglaterra) - 3 gols

Está quase terminando a Copa do Mundo 2022! A Copa demora quatro longos anos para acontecer e quando chega, depois de um tsunami de jogos em sequência no início, vai se afunilando e acaba bem rápido. Terminadas as quartas de final, vamos agora para as semifinais, com apenas quatro equipes sobreviventes na batalha pelo título e somente mais quatro partidas para o encerramento do torneio. O nosso Brasil, assim como gigantes como Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Espanha ficaram pelo caminho. Ficarei satisfeito com qualquer das quatro seleções conquistando a taça, talvez mais com o Marrocos, mas acho mais que justo, e vou torcer muito, para que o gênio da bola Lionel Messi e sua Argentina sejam campeões do mundo. Ninguém mais do que Messi merece esta conquista! Que a Justiça seja feita então! 
Um grande abraço espinosense.