Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

3387 - Rodrigo Borges e Ian Guedes em Montes Claros

"Filho (e sobrinho) de peixe, peixinho é", já diz há tempos a sabedoria popular. Assim, Ian Guedes, filho caçula de Beto Guedes, e Rodrigo Borges, filho de Marilton Borges e sobrinho de Lô e Márcio Borges, uniram-se musicalmente para homenagear o brilhante, encantador, qualificado e porreta Clube da Esquina, tesouro da arte musical mundial.



Na noite da sexta-feira, dia 26 de janeiro de 2024, Ian Guedes e Rodrigo Borges levaram o seu show "Outras Esquinas" ao palco do Bar e Restaurante Casa da Mãe Joana na cidade de Montes Claros, desfiando o novelo de clássicos e obras-primas inesquecíveis de Beto Guedes, Mílton Nascimento, Lô Borges, Tavito, Flávio Venturini, Guarabyra, Márcio Borges, Fernando Brant, Ronaldo Bastos etc.
Foi a minha segunda oportunidade de assistir ao show desta ótima dupla mineira. Ano passado, tive a satisfação de poder vê-los se apresentarem no Bar e Museu do Clube da Esquina em Belo Horizonte, na companhia da esposa Cléa e dos amigos Zé Lúcio Antunes, Reginaldo Cangussu e Djalma Tolentino.
A bendita chuva que caiu na cidade em grande quantidade não atrapalhou o espetáculo nem muito menos causou desânimo nas dezenas de aficionados por boa música que estiveram presentes na Casa da Mãe Joana na noite da sexta-feira. Muitos acompanharam felizes e animados os excelentes músicos, cantando junto as músicas maravilhosas e eternas compostas pelos ídolos da canção mineira e universal. Antes de Rodrigo Borges e Ian Guedes subirem ao palco para "mandarem ver" nos clássicos da nossa rica MPB, houve uma apresentação preliminar da dupla Carol Boaventura e Lucas Nobre.



Não poderia ter sido melhor a noite! Chuva no Sertão Norte-Mineiro, local agradável, atendimento gentil e ligeiro, cerveja gelada com preço justo, tira-gosto apetitoso, boa companhia ao lado da esposa Cléa e dos amigos Jesana e Maurício e uma sucessão quase infinita de canções extraordinariamente belas e saborosas interpretadas de forma especial com alma e coração pelos rebentos das musicais famílias Borges e Guedes. Valeu!
Um grande abraço espinosense. 


  

3386 - Faleceu Dona Rosinha

Em contraste com a alegria proporcionada aos conterrâneos pelas volumosas chuvas que caem na nossa Espinosa, enchendo os rios e trazendo esperança de dias melhores e mais fartos, uma notícia nos entristece, o comunicado do falecimento da senhora Altair Sepúlveda Ribeiro. 
A professora Dona Rosinha, como era carinhosamente tratada na cidade, prestou relevantes serviços na área da Educação municipal, sendo de fundamental importância na formação de uma boa parcela dos nossos jovens estudantes. 
Aos seus filhos e demais familiares, registro aqui o meu profundo sentimento de pesar e expresso a minha solidariedade cristã neste momento de tamanha tristeza e dor. 
Que Deus a acolha no seu Reino de Amor! E que Dona Rosinha descanse na mais absoluta paz!
Um grande abraço espinosense. 



Centenário de Espinosa - Postagem 42

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Tenho absoluta certeza de que muita gente jovem da nossa Espinosa desconhece completamente o cenário precário da iluminação pública noturna da cidade há uns 55 anos. Ainda mais pequena, a nossa Espinosa se utilizava, até meados dos anos 70, de uma estrutura básica para a geração de energia elétrica. Em um velho prédio da Rua Getúlio Vargas, bem diante da famosa caixa d´água, funcionava um gerador de energia tocado por um potente motor a diesel que fornecia a força necessária para a iluminação da cidade, mas que tinha horário de funcionamento restrito, sendo desligado todos os dias por volta das 22 horas. A partir deste horário, ruas e casas da cidade ficavam às escuras e a população tinha que se virar com as velas, lanternas a gás e os antigos candeeiros, ou os populares fifós, fabricados com latas de óleo vazias, para iluminarem o ambiente. O encarregado pela manutenção e perfeito funcionamento deste tal motorzão, como era conhecido, era o competente, sereno, dedicado e responsável funcionário municipal Argemiro Tolentino, o Miro, ou Mirão, como era carinhosamente tratado pela comunidade. 








Miro faleceu aos 98 anos de idade no ano passado, deixando saudades e uma trajetória invejável de integridade moral e ótimos serviços prestados à comunidade como excelente profissional eletricista. Tive o prazer de ter contado com seus ótimos serviços em várias oportunidades e, mais importante, ter usufruído da sua verdadeira e leal amizade. 
A energia elétrica chegou a Espinosa durante a administração do prefeito Horácio Cerqueira Tolentino, no início dos anos 70, consolidando-se como um avanço exponencial no desenvolvimento da cidade que podia, a partir dali, ter residências e logradouros iluminados a noite inteira, melhorando sobremaneira a vida de todos nós, proporcionando especialmente às crianças e adolescentes um período maior para brincar nas noites da cidade. Os boêmios, apreciadores da vida noturna, também foram bastante beneficiados, assim como os proprietários de bares e restaurantes, uma pequena mas vital revolução tecnológica daqueles tempos.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 41

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Um dos maiores e mais bem-sucedidos esportistas da nossa Espinosa, indubitavelmente, foi o jogador de futebol e goleiro Gilsivan Soares da Silva. Ivan para a mídia brasileira e Van para os amigos, o hoje aposentado atleta profissional de 39 anos retornou às suas origens em Espinosa, deixando registrada sua trajetória percorrida em importantes clubes do país como Goiás, Paysandu, Joinville, Chapecoense e Santo André. Seu melhor momento na carreira foi sem dúvida vestindo a camisa do Joinville, onde foi Campeão Brasileiro das séries B (2014) e C (2011). Entrou definitivamente para a história do clube catarinense ao marcar um gol de pênalti contra o Marcílio Dias, na Copa Santa Catarina de 2012, feito inédito nos 40 anos de existência do clube.
Em 2015, Van perdeu de forma trágica o seu irmão mais velho, Juciano Bruno, atropelado por um trem de carga em Espinosa. Van infelizmente se envolveu em uma tremenda confusão no ano de 2019, tendo sua imagem arranhada nos maiores jornais do país, como acusado de agredir e roubar o celular da sua então ex-namorada. Entretanto, destacou-se positivamente ao promover em 2014 uma gigante demonstração de humildade, solidariedade e generosidade ao distribuir milhares de brinquedos no Natal às crianças carentes de Espinosa. Outra belíssima ação do nosso ilustre atleta aconteceu quando ainda jogava pelo Joinville, em 2013, conseguindo de presente a camisa do craque Neymar na sua despedida do Santos, em partida válida pela Copa do Brasil. O valioso presente foi leiloado e os recursos arrecadados foram direcionados por Van para uma torcedora do JEC que passava por dificuldades para realizar um tratamento de saúde.









Conheci Van ainda jovem, em um domingo em que ele foi convidado para atuar como goleiro para o nosso time máster do 9 de Março. Depois não tive mais notícias suas até que ele reapareceu já brilhando pela equipe do Joinville, tornando-se ídolo e exemplo positivo para todos os nossos jovens espinosenses. No Natal de 2017 tive um rápido encontro com ele durante uma partida amistosa de final de ano realizada no Estádio La Bombonera, no Bairro Ponta Nova, quando consegui registrar esta fotografia acima.
Espero que ele esteja bem, saudável, tranquilo, realizado e feliz, agora que pendurou as chuteiras profissionalmente.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.