Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Tenho absoluta certeza de que muita gente jovem da nossa Espinosa desconhece completamente o cenário precário da iluminação pública noturna da cidade há uns 55 anos. Ainda mais pequena, a nossa Espinosa se utilizava, até meados dos anos 70, de uma estrutura básica para a geração de energia elétrica. Em um velho prédio da Rua Getúlio Vargas, bem diante da famosa caixa d´água, funcionava um gerador de energia tocado por um potente motor a diesel que fornecia a força necessária para a iluminação da cidade, mas que tinha horário de funcionamento restrito, sendo desligado todos os dias por volta das 22 horas. A partir deste horário, ruas e casas da cidade ficavam às escuras e a população tinha que se virar com as velas, lanternas a gás e os antigos candeeiros, ou os populares fifós, fabricados com latas de óleo vazias, para iluminarem o ambiente. O encarregado pela manutenção e perfeito funcionamento deste tal motorzão, como era conhecido, era o competente, sereno, dedicado e responsável funcionário municipal Argemiro Tolentino, o Miro, ou Mirão, como era carinhosamente tratado pela comunidade.
Miro faleceu aos 98 anos de idade no ano passado, deixando saudades e uma trajetória invejável de integridade moral e ótimos serviços prestados à comunidade como excelente profissional eletricista. Tive o prazer de ter contado com seus ótimos serviços em várias oportunidades e, mais importante, ter usufruído da sua verdadeira e leal amizade.
A energia elétrica chegou a Espinosa durante a administração do prefeito Horácio Cerqueira Tolentino, no início dos anos 70, consolidando-se como um avanço exponencial no desenvolvimento da cidade que podia, a partir dali, ter residências e logradouros iluminados a noite inteira, melhorando sobremaneira a vida de todos nós, proporcionando especialmente às crianças e adolescentes um período maior para brincar nas noites da cidade. Os boêmios, apreciadores da vida noturna, também foram bastante beneficiados, assim como os proprietários de bares e restaurantes, uma pequena mas vital revolução tecnológica daqueles tempos.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
3 comentários:
Eustáquio, você ter prestado um relevante serviço à comunidade espinosense, com suas postagens, vc descreve e mostra registros em fotos e vídeos que muito contribuem para um relato da história e fatos recentes de nossa cidade. Meu nome é Clarício Tolentino, sou mais um integrante dessa família tão tradicional de nossa terrinha. Carrego no peito o orgulho da minha origem humilde, quando, como vc citou, sair pelo mundo em busca de uma vida melhor deixando pais e demais familiares para trás. A saudade ainda é um tormento que ás vezes machuca, mas alegro-me por ter tido a oportunidade de alcançar grande parte daquilo que sonhei um dia: Família decente, moradia e melhores condições financeiras e de conhecimento do universo que me cerca. Parabéns, sou lá do Mingu, lembro-me de tê-lo visto inúmeras vezes lá na rua da Risina ao lado do seu tio, o saudoso Luizão. Moro em BH já há 44 anos, construir minha carreiro profissional aqui na PBH, onde exerço a função de gerente regional de limpeza urbana da regional Venda Nova. Grande abraço.
Meu caro, Eustáquio! Lembro-me de tê-lo visto inúmeras vezes ao lado de seu tio, nosso saudoso Luizão, lá na rua da Resina. Parabéns pelo seu blog, suas postagens nos remete aos tempos em que vivíamos na nossa querida Espinosa, da qual a saudade me machuca incessantemente, mesmo morando aqui em BH há 44 anos. Orgulho-me de pertencer à tradicional família Tolentino, conhecida em vários rincões deste país e até do mundo. Sair de Espinosa não foi uma decisão fácil, porém necessária. Tudo o que vc posta me faz recordar de tudo e de todos, os que já se foram e os que ainda vivem por lá, todos inesquecíveis pelo que representam e representaram em minha vida. De modo marcante, o futebol foi, sem dúvida, algo relevante o MEC Mingu Esporte Clube, fundado por meu amado e inesquecível pai, zé bigode, fez história quando em pleno "campão¨ ganhou o torneio início, se não me engano em meados dos anos 80, liderado pelo meu ex cunhado Negão de Isaias, seu irmão Branco e meu irmão Tião, um craque, que anos depois, desfilou elegantemente nos gramados dos campos amadores de BH e Santa Luzia. Grande abraço, Eustáquio, continue nos brindando com a história e acontecimentos recentes de nossa inesquecível Espinosa. Nos fale mais dos eventos previstos para a comemoração do centenário de nossa cidade.
Bom dia, Clarício!
Fiquei feliz por suas palavras. Saber que você é meu conterrâneo, integrante dos Tolentino e que gosta do que escrevo deixou-me contente.
Espero que possa estar presente em Espinosa no período da comemoração do nosso Centenário. A programação oficial ainda está sendo preparada. Só temos confirmada a festa dos Espinosenses Presentes e Ausentes na noite do 8 de março e os shows na praça no final de semana do Centenário.
Muito obrigado pela visita e um grande abraço espinosense.
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