2775 - Paulinho Boca de Cantor está de volta com sua boa música

É bem possível que muita gente nem saiba quem ele é, mas certamente sua enorme importância na Música Popular Brasileira está garantida pelos que conhecem o mínimo do cenário musical brasileiro. Ao lado de Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Luiz Galvão, Baby do Brasil, Jorginho Gomes e Dadi Carvalho, o cantor Paulinho Boca de Cantor fez história com a música revolucionária e embaralhadora de Rock and Roll, Samba, Samba-Rock, MPB, Choro, Frevo, Bossa Nova, Rock Psicodélico, Ijexá, que levou ao estrelato a banda Novos Baianos. 

Nascido aos 28 de junho de 1946 na cidade baiana de Santa Inês, Paulo Roberto Figueiredo de Oliveira tornou-se artista e crooner com o apelido de Paulinho Boca de Cantor, ou Boca, para os amigos. Fundador dos Novos Baianos, lançou dez álbuns de estúdio com o grupo, entre eles o premiado, primoroso e antológico "Acabou Chorare", considerado por muitos o melhor álbum brasileiro da história. Foi Paulinho quem incluiu em 1976 o vocal nos trios elétricos da Bahia, até então só com músicas instrumentais. Com o fim dos Novos Baianos, passou a investir na sua carreira solo, lançando sete álbuns até este mais recente após 10 anos de hiato, "Além da Boca", contendo onze canções de vários estilos, entre Brega, Samba e Xote.

Canções inéditas de "Além da Boca", álbum da Gravadora Deck com produção musical de Betão Aguiar, seu filho e com participações de Zeca Baleiro, Biel Basile, Tim Bernardes, Edgar Scandurra, Marcelo Jeneci e Anelis Assumpção:

1) Eu Vou Deixar Essa Canção no Ar (Paulinho Boca de Cantor, Anelis Assumpção e Betão Aguiar) - 5:32

2) Um Verso de Amor, um Universo de Amor (Paulinho Boca de Cantor) - 4:35

3) Essa Patrícia (Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão) - 4:58

4) Ah! Eugênio (Zeca Baleiro, Zélia Duncan e Paulinho Boca de Cantor) - 3:53

5) Além do Céu, das Estrelas (Jair Luz e Paulinho Boca de Cantor) - 4:10

6) O Céu da Bahia na Boca do Cantor (Paulinho Boca de Cantor) - 4:27

7) Ligeiro Demais (Paulinho Boca de Cantor) - 3:39 

8) Que Nada (Paulinho Boca de Cantor) - 4:25 

9) O Jogo é 90 Minutos (Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão) - 3:50

10) Se Você Deixar, Nada Me Segura (Chagas Nobre e Paulinho Boca de Cantor) - 3:47

11) Fé e Festa (Paulinho Boca de Cantor e Jorge Alfredo) - 3:17

Discografia:

1979 - Paulinho Boca de Cantor (CBS)

1981 - Valeu (JQN Discos)

1982 - Prazer de Viver (Polygram)

1984 - Cantor Popular (EMI)

1985 - Carnaval Já (EMI)

1986 - Brincar Pra Valer (EMI)

1997 - Todos os Sambas (RGE)

2021 - Além da Boca (Deck)

Paulinho continua como sempre, fazendo música de qualidade, agregando gerações, misturando ritmos e espalhando seu talento para o mundo inteiro com sua sonoridade irrefreável e universal.
Um grande abraço espinosense. 

2774 - A bela de corpo e voz poderosos

O mundo tem dezenas de países esparramados pelos cinco continentes, cerca de 195 aceitos pela ONU, cada um com suas peculiaridades e sua cultura própria. Mas o extraordinário poder econômico dominador dos Estados Unidos da América faz com que sua cultura, especialmente a musical e cinematográfica, seja exportada por todo canto, influenciando milhões de pessoas pelo planeta inteiro. Nesse contexto de predomínio amplo e monopolizante, a música americana se sobrepõe nos cenários musicais de todos os países, fazendo com que não tenhamos acesso a muita coisa boa criada nos quatro cantos do mundo. Só mesmo através de filmes, de documentários e da Internet é que podemos descobrir que há vida musical e de qualidade, por exemplo, na Croácia.

Dia desses descobri uma cantora sensacional, uma espécie de Shakira ou Beyoncé croata. Dona de uma voz belíssima e de um carisma enorme, a atriz e cantora Lidija Bacic, a Lille, encanta plateias com seu talento, seus dotes artísticos e também, e por que não, por seu corpo escultural e belíssimo e sua sensualidade marcante nas performances nos palcos. A cantora nasceu em 4 de agosto de 1985 na cidade de Split, a segunda maior cidade da Croácia e a maior cidade na região da Dalmácia. Começou com apenas 10 anos de idade a se apresentar em festivais e competições locais, ganhando um prêmio no Festival Dječji em 1997, com 12 anos. No início do ano de 2000, Lidija Bačić se juntou ao grupo Perle, tornando-se a principal vocalista e se apresentando por vários festivais da região. Iniciou-se na carreira solo lançando seu primeiro álbum em 2010, denominado "Majčina Ljubav" ("Amor de Mãe"). Depois vieram os álbuns "Daj da Noćas Poludimo" (2011), "Viski" (2015), "Tijelo Kao Pjesma" (2017) e o mais recente "Revolucija" (2020), este disponível nas plataformas de streaming, CD e LP.

Por mais que tentemos, a nossa humana capacidade de adquirir conhecimento é finita e impossível conhecer tudo o que existe de arte neste mundo. Fico imaginando quanta coisa boa e bonita no campo da arte e da cultura existe em cada um dos países que jamais teremos a oportunidade de conhecer. Uma pena ficarmos limitados só na nossa maravilhosa e rica cultura tupiniquim e, pior ainda, reféns e bitolados na cultura ianque. Alargar os horizontes é fundamental para conhecermos o mundo e toda sua diversidade. E vida longa e sucesso à linda e poderosa Lille!

Um grande abraço espinosense.