Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

1566 - É tempo de Olimpíadas! Não de ódio, intolerância e preconceito!

Estamos em plena efervescência das Olimpíadas do Rio de Janeiro, evento esportivo que congrega países de todo o mundo em clima de muita competitividade nas disputas, mas que celebra a paz e a unidade entre os povos. E que maravilha é poder sediar os jogos, acolhendo gente de todas as partes do planeta, sempre com a nossa famosa hospitalidade.
Neste período, somos bombardeados com competições de todos os esportes a todo momento, com transmissões ao vivo pela TV. E essa imensa cobertura é bancada pelas poderosas empresas que patrocinam as redes de televisão, com as suas marcas sendo incessantemente apresentadas aos telespectadores. 
Entre tantas campanhas publicitárias já divulgadas, uma em especial chamou-me a atenção e me conquistou. O vídeo denominado "Esporte Une Todos", da marca esportiva norueguesa XXL Sport and Villmark, produzido pela Camp David e a South West Productions, com colaboração da brasileira Hungry Man, mostra a aventura de um garotinho que, na tentativa de devolver ao dono uma carteira perdida, desperta a atenção da polícia, que suspeita que ele tenha cometido um crime de roubo, iniciando uma agitada perseguição pelas ruelas da favela até chegar à praia, onde se revela um final surpreendente, com a presença de uma figura de enorme notabilidade.
Gostei muito da criatividade dos autores, com a mostra da prática dos esportes como pano de fundo das cenas e da aguda cutucada no preconceito. E a mensagem é bastante clara: o esporte tem o incrível poder de unir as pessoas. Simples, mas direto. Merece aplausos!
Um grande abraço espinosense.




1565 - A escultura de António Teixeira Lopes

Quisera eu tornar-me um artista desde tempos idos, seja na música, no futebol ou em qualquer outra seara da arte. Mas o Criador decidiu, por alguma razão não me comunicada até o presente, distanciar-me do poder da criatividade. Não sei cantar, não sei tocar qualquer instrumento musical, não sei pintar, não sei desenhar, não sei esculpir, não sei fazer qualquer performance mínima de interpretação, não sei compor nenhuma canção e a única coisa que fazia razoavelmente quando jovem, que era jogar futebol, a inclemência do tempo já provoca seus estragos inevitáveis na tarefa. Mas se não consigo criar nada repleto de magia e beleza com a minha cabeça-dura, Deus deu-me pelo menos a humildade de saber apreciar e aplaudir o talento alheio. E como tem grandes artistas espalhados por este tão vasto mundo!
De Portugal, descobri o escultor António Teixeira Lopes, nascido em Vila Nova de Gaia, aos 27 de outubro de 1866 e falecido aos 21 de junho de 1942, em  São Mamede de Ribatua, Alijó. Ele é filho de Raquel Pereira Meireles Teixeira Lopes e do ceramista e escultor José Joaquim Teixeira Lopes, com quem aprendeu os primeiros passos na ate de esculpir. Estudou na Academia Portuense de Belas-Artes e logo depois na Escola de Artes Decorativas, dirigida por Gautier, e posteriormente na Escola de Belas-Artes, em Paris, França. A partir daí foi criando belas obras que resultaram em fama e prêmios. "Comungante e Caim", "A Viúva" (que recebeu uma medalha de ouro em Berlim), "Rainha Santa", monumento fúnebre de Oliveira Martins; "A História" (Cemitério dos Prazeres, Lisboa); "Flora" - monumento de homenagem ao horticultor e floricultor José Marques Loureiro (Jardim da Cordoaria, Porto) e "Verdade" - monumento de Eça de Queiroz, 1903 (Largo Barão de Quintela, Lisboa, 1907) são obras suas.
Suas obras no Brasil são as imponentes portas de bronze da Igreja de Nossa Senhora da Candelária, na cidade do Rio de Janeiro (de 1901), como também o monumento onde repousam os restos mortais de Bento Gonçalves, na praça Tamandaré, em Rio Grande.
Em Portugal, na Vila Nova de Gaia, está localizada a Casa-Museu Teixeira Lopes, um edifício projetado pelo irmão do artista, o arquiteto José Teixeira Lopes para funcionar como residência e oficina de escultura. Ali, António Teixeira Lopes viveu e criou as suas obras, até a sua morte no ano de 1942. O local foi doado ainda em vida pelo artista, juntamente com o seu espólio artístico e hoje funciona como um museu recheado de obras de arte.
O triste é perceber que muitas destas lindas obras expostas nas praças, ruas e avenidas das cidades são sumariamente despercebidas pela população. Em Espinosa mesmo, aposto que muita gente sequer percebe a presença em busto, na Praça Coronel Heitor Antunes, de um dos maiores filhos da cidade, Doutor José Cangussu.
Um grande abraço espinosense.