Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

2845 - Ainda não acabou...

Perdoem-me os caros internautas visitantes deste humilde blog que têm no coração o amor pelo Cruzeiro Esporte Clube ou pelo Clube de Regatas do Flamengo ou ainda por outros grandes clubes brasileiros, mas eu não poderia deixar de preencher este meu democrático espaço na rede mundial de computadores com a mais genuína alegria pela gigantesca conquista do meu amado Clube Atlético Mineiro.



Após anos e anos de espera, com injustiças ocorrendo em algumas situações, eis que finalmente chegou o maravilhoso momento de a imensa e apaixonada Massa Atleticana soltar em uníssono o grito entalado na garganta, de Bicampeão Brasileiro! E como sempre acontece com o Atlético, as coisas vêm com overdose de emoção e angústia. Contra o Bahia, na partida memorável que sacramentou a nossa conquista, tivemos que fazer aqueles milagres conseguidos sob as energias emanadas de milhões de atleticanos pelo mundo, com uma vitória espetacular. Ontem, no jogo da comemoração, em pleno Mineirão, com entrega do cobiçado troféu e das medalhas aos grandes campeões, mais uma epopeia do elenco alvinegro, com uma outra vitória inesquecível sobre o competitivo Red Bull Bragantino. Muita alegria, muita alegria mesmo!



Depois de mais uma expressiva vitória, a cerimônia de entrega da taça foi perfeita, maravilhosa, justa, notável, digna de aplausos, com mosaico lindo com os escudos do clube e a frase que virou meme: "O Galo ganhou!". Nada mais justo que a taça fosse carregada do túnel até o gramado pelo grande ídolo e artilheiro do Atlético, o centroavante Dario Maravilha. A decisão da diretoria de abrir espaço no palco da comemoração para os familiares dos atletas e da comissão técnica merece elogios. Mais elogios ainda para a escolha de nomes relevantes da gloriosa história atleticana para o gesto mágico do levantamento do troféu ao alto. O eterno massagista e ídolo Belmiro teve a honra de levantar o singular troféu juntamente com o gênio Reinaldo e os dois líderes da equipe, os capitães Réver e Junior Alonso, em uma demonstração de humildade, união e ausência completa de vaidade. Outro aspecto de suma importância que merece aplausos foi o da valorização pela diretoria e pela torcida, dos jogadores que fizeram a história do clube no passado, com a presença de Paulo Isidoro com a camisa número 77, em alusão ao título perdido contra o São Paulo, de Reinaldo e Éder, ambos com a camisa 80, número de outra frustração na trajetória atleticana, bem como dos demais jogadores presentes ao Mineirão e homenageados, casos de Alves, Batista, Buião, Cento e Nove, João Leite, Jorge Valença, Luisinho, Palhinha, Sérgio Araújo e Valdir Benedito.



Os fogos de artifício invadiram o céu de Belo Horizonte, espocando e enfumaçando o ambiente, sob o barulho ensurdecedor da Massa que já havia cantado com todo vigor e contentamento a clássica canção "Vou Festejar" e o lindo hino do clube. Foi uma emoção gigantesca, sem a menor chance de conseguir segurar as lágrimas que insistiam em cair furtivamente dos olhos cansados de enxergar tamanhas injustiças, dentro e fora das quatro linhas durante muito tempo neste nosso país tão encantador, mas iníquo. Foi maravilhoso ver o Mineirão lotado, com as arquibancadas preenchidas com milhares de idosos, adultos, crianças, homens e mulheres das mais variadas profissões e credos, unificados e elegantemente vestidos com os seus mantos sagrados de maioria pretos e brancos, soltando a plenos pulmões o grito de Campeão. Novo recorde foi batido: 61.573 corações atleticanos em polvorosa. Emocionante também ver torcedores e famílias portando fotografias dos seus entes queridos que já partiram deste mundo, mas que onde estiverem, certamente estão comemorando junto conosco esta imponente vitória. 



Já bastaria esta conquista inesquecível para o ano ser considerado um sucesso para a nação atleticana, mas ainda não terminou nossa jornada nesta temporada. No próximo domingo entraremos novamente em campo para buscar mais uma realização histórica na Copa do Brasil, outro bicampeonato. Que a sorte esteja novamente ao nosso lado para se juntar ao excelente trabalho realizado e à competência gigante demonstrada em campo pelos nossos profissionais do futebol, levando-nos a todos os atleticanos a mais uma overdose de gratidão, felicidade e alegria! 
Obrigado, meu GALO, por tanta emoção e alegria!  
Um grande abraço espinosense e bicampeão brasileiro.